sábado, 20 de abril de 2019

TBML: Um dia cheio de emoção



O penúltimo dia do TROFÉU BRASIL MARIA LENK, o autêntico Campeonato Brasileiro de Natação, que acontece até este domingo de Páscoa no Parque Aquático de mesmo nome, na Barra, foi cheio de emoção e boas marcas. Tivemos melhor tempo do mundo, segundo melhor tempo do mundo e mais um com índice, somando assim 18 (contando apenas duas mulheres...).

Como imaginado, nas provas olímpicas femininas, domínio total gringo. Nos 200 medley, terceira para a conta de Ilaria Cusinato (ITA/Minas), desta vez com 2:13.96, com Florência Perotti (ARG/Pinheiros) vindo logo atrás, 2:15.37. A Iron Baby Gabrielle Roncatto (Unisanta) foi a melhor brasileira com o tempo de 2:15.96 e pode ter garantido vaga no Pan. Sempre pensando positivo, Gabi, que ainda foi a sexta nos 400 livre com 4:17.44, vê com bons olhos o futuro da natação feminina: "também acho que falta apoio (do COB e da CBDA), mas eu acho que a gente está tentando dar o melhor e evoluído muito. A gente tem a Etiene Medeiros (SESI) que já é medalhista em campeonatos internacionais. Eu acho que aos poucos a gente está chegando lá. É só ter calma, também, que não vai ser de um dia para o outro, mas estamos chegando". De Etiene falarei já já.



Nos 400 livre antes falado, faltou pouco para Delfina Pignatiello (ARG/Pinheiros) superar o recorde continental de 4:06.02, de Andreína Pinto (VEN), mas a campeã mundial júnior bonificou o azulnegro por ter, com 4:09.22, nadado abaixo do 4:09.41 de Joanna Maranhão (então na Unisanta), ainda hoje o RB. Mas Aline Rodrigues (Minas) foi, atrás apenas de Viviane Jungblut (GNU, 4:13.28), a segunda melhor brasileira na prova com 4:13.68 e não conteve a emoção: "só tenho a agradecer pelo apoio do Minas. Foi minha última prova nesta competição e a mais longa da minha vida. Estava muito cansada, ansiosa, mas quando cheguei atrás do bloco, o apoio da minha família e do meu time foi essencial". Sobre a mudança do Pinheiros para o Minas: "não estava me sentindo feliz lá. Então acho que o quesito felicidade é o que está me ajudando muito. Estou feliz com a estrutura do Minas", nos disse, às lágrimas.


Enquanto isso, nos 200 medley masculino, três abaixo dos dois minutos: o vitorioso Caio Pumputis (Pinheiros/Georgia Tech), com 1:57.70, a 59 centésimos do RC que ainda é de Thiago Pereira (então no Minas), Leonardo Coelho Santos (Pinheiros), 1:59.56 e Gabriel Ogawa (Pinheiros), 1:59.92. Para Léo, um peso a menos: como o índice para o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS era 2:04.43, deve constar seu nome - Pumputis já estava - na lista para a Coreia: "sabia que a prova ia ser muito difícil. Aqueles oito centésimos (que faltaram nos 200 livre) ficaram entalados. Eu queria estar no Mundial, por ser a prévia da Olimpíada de daqui a um ano. Então visei este índice e fui com tudo para ele. Não foi minha melhor prova, mas vou para minha terceira seleção seguida, e estou muito feliz".

Nas provas mais curtas femininas, vencemos (só que só os 50 livre constam para índice). Nos 50 borbo, deu Daiene Dias (Flamengo), com 26.31, tendo atrás Giovanna Diamante (Pinheiros) e Luanna Nunes (Pinheiros), ambas com 26.65. Esta é a primeira vez de Luanna no pódio em competições absolutas nacionais: "estou muito feliz. Consegui fazer meu melhor tempo, estava precisando. Estava mantendo o 26 há dois anos já e consegui baixar".


Já nos 50 costas, o melhor tempo do mundo no ano para Etiene Medeiros - quem mais? - com 27.36, novo recorde de campeonato, além de grandes chances de bicampeonato mundial na Coreia. Mas outro destaque foi para Fernanda Celidônio (ASBAC), que, aos 15 anos, após a prata no TROFÉU JOSÉ FINKEL, consegue a primeira medalha absoluta em piscina longa, com o quarto lugar - terceiro entre as brasileiras por Andrea Berrino (ARG/Unisanta) ter feito 28.59 e o segundo posto - no tempo de 28.77, não seu melhor tempo: "eu gostei bastante da minha prova, sim. Não estava tendo uma competição muito boa, piorei meu tempo nos 100 costas. Estou no sufoco do Mundial Júnior, mas deu tudo certo e ainda tenho os 200 costas para fechar", disse. Filha de dois grandes nadadores, Hélio Celidônio e Miriam Simone Gomes Celidônio, ela tem tudo para continuar a boa obra que os dois fizeram enquanto nadadores nos anos 80 e 90. Ah, ela também é irmã de Luiza Celidônio, que, além de ser nadadora, nos cede algumas das fotos deste certame.


Já nas versões masculinas, os veteranos dominam. Nos 50 costas, outra para a conta de Guilherme Guido (Pinheiros), a décima oitava - é um dos maiores campeões em atividade do Brasil - e o sexto tempo do mundo, com 24.94. Já nos 50 borboleta, outra vitória líquida e certa do vovô-garoto Nicholas dos Santos (Unisanta), com 22.77, dessa vez sem recordes, mas segundo tempo do mundo no ano. "Temos que esperar mudança de critério. Fiquei feliz por ter feito esse tempo. Por isso estou à disposição. Semana que vem começo a disputar a FINA CHAMPIONS SERIES na China, depois Hungria e EUA. Vamos ver depois". Oremos para que a CBDA faça que nem em 2017...

E FALTANDO UMA ETAPA...
O Coelhinho da Páscoa ainda não sabe se trará a vitória ao Minas ou ao Pinheiros, porque a disputa está acirrada. Falta uma etapa para tudo acabar. Confiramos:


Tudo o que é bom tem que terminar. Neste domingo, restam os 400 livre masculino, 50 livre, 200 costas, 50 peito e 4 x 100 medley. Depois, só ano que vem. Temos que aproveitar...

(direto do Rio de Janeiro - informações adicionais da CBDA, Best Swimming e Globoesporte.com - fotos deste repórter e de Luíza Celidônio) 

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