domingo, 28 de julho de 2019

MUNDIAL COREIA 2019: Duas novas estrelas fecham os trabalhos!


Consumado o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS da Coreia, não só a piscina da Universidade de Nambu, em Gwangju viu grandes tempos, marcas espetaculares e, principalmente, o nascimento de duas novas estrelas, duas revelações, que muito farão na próxima década: Benedetta Pilato (ITA - na foto) e Regan Smith (EUA).

A italianinha de 14 anos já havia nadado abaixo de 29 nos 50 peito e tinha tudo, mas tudo mesmo, para vencer Lilly King (EUA) e Yuliya Efimova (RUS). Ela não venceu Lilly - a americana venceu com 29.84 - mas foi a segunda colocada com 30 segundos exatos, vencendo Efimova por 15 centésimos. A emoção de, tão cedo, ter conseguido triunfar foi tamanha que ela caiu em lágrimas após saber do resultado: "Eu realmente não esperava, mas não vou mudar, mantenho os pés no chão, ainda tenho que entender o que fiz e, se o fiz, é graças às pessoas certas que estão comigo", disse, grata, Pilato, à Gazzetta dello Sport. E ela foi convicta: "ir para as Olimpíadas? Sim, vou chegar lá!".

Já nos 4 x 100 medley feminino, derradeira prova desta competência, os EUA bateram mais um recorde mundial com Lilly King (1:04.81), Kelsi Dahlia (56.16) e Simone Manuel (51.81) - Simone, que antes ganhara os 50 livre com 24.05, destronando Sarah Sjoström por dois centésimos. Faltou alguém? Sim, e logo a segunda estrela desta matéria: Regan Smith, que mais uma vez comprovou ser o grande nome americano no nado costas para a década que vem. Simplesmente abriu com espetaculares 57.57, colocando ao chão os 58.00 que Kathleen Baker (EUA) fizera. Ajudou muito no triunfo e, mais que isso, teve o melhor índice técnico da competição pela semifinal monstruosa nos 200 borboleta com o WR de 2:03.35.

Na prova masculina, quem esperava EUA no alto do pódio foi surpreendido pela grande prova da Grã-Bretanha de Luke Greenbank (53.95), Adam Peaty (57.20), James Guy (50.81) e, principalmente, pelo blaster 46.14 de Duncan Scott, tempo mais rápido em revezamento sem trajes. Restou aos EUA a prata que, pelo menos, deu a oitava medalha a Caeleb Dressel (EUA), que, assim, tornou-se o primeiro nadador do mundo a ter oito medalhas, seis ouros e dois bronzes. Um verdadeiro país. Merecidamente o melhor atleta do Mundial! Será que ele vai superar Michael Phelps? Ah, o Brasil encerrou os trabalhos no sexto posto, com bons 3:30.86, feitos por Guilherme Guido (Pinheiros, 53.20), João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros, 58.80), Vinícius Lanza (Minas/Indiana, 51.29) e Marcelo Chierighini (Pinheiros, 47.57).

Aí vale um pequeno parênteses para falar do Brasil: diante da interminável crise que a CBDA enfrenta, talvez até lembrando a TV Manchete em 1998, fizemos o que nos foi esperado. Assim como em Kazan, saímos novamente com Ana Marcela Cunha (Unisanta) nos dando ouros, com Bruno Fratus (Minas) sendo o solitário medalhista em provas olímpicas e comemorando a dobradinha monstruosa de João e Felipe Lima (Minas/Auburn), que foi nosso melhor atleta nos jogos, décimo quinto geral. Mas, talvez por erro no polimento ou no planejamento, até pelos JOGOS PAN-AMERICANOS de Lima coincidirem, fica a sensação de "podemos ter feito mais". Esperemos melhora no Pan, até para tirar um grande peso das costas.

Nas demais provas, poderios mudaram, mas também se mantiveram: nos 50 costas masculino, Zane Waddel (AFS), que não estava nem entre os favoritos, venceu os russos Evgeny Rylov e Kliment Kolesnikov com 24.43. Já nos 1500 livre, sem Sun Yang (CHN), parecia que Gregorio Paltrinieri (ITA) levaria a melhor. Mas Florian Wellbrock (ALE), vencedor nos 10 km em Yeosu, estava inspirado e tirou a vitória do italiano já a partir dos 1000. Com 14:36.58, ele tornou-se o primeiro vencedor dos 10 km e dos 1500 livre na história da jornada. Nos 400 medley, porém, os reis se mantiveram: tri masculino para Daiya Seto (JAP), com 4:08.95, mesmo quase tendo sido alcançado por Jay Litherland (EUA), prata com 4:09.22, no fim; penta (tetra consecutivo) feminino para Katinka Hosszu (HUN), absoluta com 4:30.39. Isso porque a Iron Lady só venceu duas.

Bem, com tudo isso, terminou mais um Mundial. As feras das águas vão continuar se preparando para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020. Já em Mundial, todos só vão pensar quando recomeçar tudo, em Fukuoka (JAP), daqui a dois anos. A natação não para.

Aqui, os resultados completos das jornadas de Gwangju.

(informações do Best Swimming, SwimSwam, Swimming World, Globoesporte.com e Swim Channel - foto da Reuters)

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