MUNDIAL COREIA 2019: Kristof Rasovszky foi e venceu!

E já temos o primeiro campeão mundial das águas abertas em 2019. É Kristof Rasovszky (HUN), que, depois de chegar a anunciar que declinaria da prova de cinco quilômetros do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS da Coreia, resolveu, de última hora, ir até a praia de Yeosu para competir e vencer, até com facilidade, confirmando o favoritismo por ter vencido tal prova no Europeu..

As condições da água e o tempo nublado com chuviscos ajudaram o "Tubarão de Balafon", também excelente nadador de piscina. Ele esteve sempre no primeiro pelotão e, na última volta, assumiu a liderança e abriu para não mais perder, completando a prova com 53:22.1. Completaram o pódio, chegando de maneira acirrada, Logan Fontaine (FRA, 53:32.2) e Eric Hedlin (CAN, 53:32.4).

Os brasileiros até começaram bem, mas do meio para o fim ficaram só no pelotão do meio. Fernando Ponte (GNU) não repetiu o quinto lugar de 2017 e foi só o 25º, com 53:43.60, junto com Denis Adeev (RUS), que chegara a liderar. Já Diogo Villarinho (Minas), que na primeira volta chegou a ser o sétimo, foi apenas o 36º com 53:55.40.

Mesmo com a prova terminada, houve um momento de emoção. É que o último colocado, Mohamed Ibrahim (SUD), mesmo já sem tempo o bastante para ser contado (passou quinze minutos após o húngaro), tentou vencer o cansaço para, pelo menos, tocar no pórtico, e mesmo com as dores do corpo, conseguiu e foi aplaudido pela arquibancada que lotou a praia, comprovando que o que importa mesmo é competir. Aqui está o resultado completo.

AGORA É COM ELA (E COM A JUNGBLUT)

Mas o que vale é neste sábado: a prova pré-olímpica de 10 km feminina, que tem como grande favorita Ana Marcela Cunha (Unisanta). Ela está cada vez mais em grandiosa fase e quer, já nesta prova, carimbar o passaporte para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020, os segundos dela, depois de ter sido atrapalhada no Rio por uma competidora (por ética, não diremos quem e nem nos importa) durante a primeira hidratação. Agora está claro que seu grande objetivo é ser uma das dez primeiras, que conseguem a vaga direta.

"Todo o planejamento desta temporada foi traçado com foco para o Mundial e está sendo executado 200%. Conseguimos alcançar tudo o que foi planejado, que era subir no pódio em todas as etapas do Circuito Mundial. Conquistamos o ouro em Doha (Catar), Setúbal (Portugal) e Balatonfüred (Hungria) e a prata em Seychelles. Certamente, isso dá confiança e mostra que estamos no caminho certo", disse a atual líder do circuito.

Mas as pedreiras são enormes: Sharon von Rouwendaal (HOL), a atual campeã olímpica, as italianas Rachele Bruni e Arianna Bridi, a campeã de 2015 Aurelie Muller (FRA), Kalliopi Arauzou (GRE), Xin Xin (CHN), as norte-americanas Ashley Twichell e Haley Anderson, Samantha Arévalo (EQU) e, por que não dizer, Viviane Jungblut (GNU) estão lá para tentar tirar a coroa da baiana.

Ana, entretanto, não liga para isso e quer começar bem sua maratona, visto que ela também está nas provas individuais: "É preciso manter o foco para garantir uma das dez vagas na seletiva olímpica e é claro que nossa meta continua sendo o pódio. Sem dúvida, a prioridade é a prova dos 10km as demais, (5km e 25km, nessa ordem) serão encaradas no momento adequado, passo a passo", diz ela.

Vale demais nossa torcida logo mais, às 20. Aqui, o start list.

(informações do Best Swimming, Swim Channel e da assessoria de imprensa de Ana Marcela Cunha - fotos da Reuters e de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)