quinta-feira, 22 de abril de 2021

SELETIVA OLÍMPICA: Tem natação feminina brasileira em Tóquio, sim senhor!!!


Finalmente! Valeu a pena torcer pela nossa natação feminina, porque hoje foi um dia deveras especial: conseguimos três índices femininos para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020+1, com direito até a recorde brasileiro, na quarta jornada da SELETIVA OLÍMPICA, no Parque Aquático Maria Lenk. Mais do que isso, ainda cravamos mais sete índices. O tempo ajudou, já que não choveu!

Para começar com o pé direito, tivemos uma apoteose nos 1500 livre feminino. Mesmo sem a presença de Viviane Jungblut (GNU), recuperando-se da Covid, as meninas vieram determinadas. E Beatriz Dizotti (Minas) que o diga! Nadando muito bem desde o início, dominante e veloz, conseguiu o inacreditável tempo de 16:22.07, novo recorde brasileiro da prova, derrubando o 16:22.48 de Jungblut. Mais do que isso: Ana Marcela Cunha (Unisanta) nadou com 16:25.76 e Betina Lorscheitter (Corinthians), 16:27.73, ambas abaixo do índice de 16:32.04. Nem é preciso dizer que isso foi comemoradíssimo por todo o parque aquático!


"Foi um trabalho muito bem pensado. Eu acho que o Minas me ajudou muito. Tive uma tendinite rápida no meio da temporada mas, por incrível que pareça, voltei ainda melhor. Fiz uma tomada de tempo muito boa. Eu já estava imaginando e vou realizar meu sonho olímpico", disse. Ana, entrementes, deixou claro que irá priorizar a maratona aquática: "Talvez essa seja a segunda vez que eu saia contente. Vou deixar a placa seja para a Vivi ou a Betina. Vou guardar esta placa e espero entregar no dia 12 de Junho", disse, lembrando que a gaúcha terá a segunda chance nesta data. 


Nos 100 livre, não houve 47, mas houve afirmação: André Calvelo (Unisanta) confirmou estar na melhor fase de sua vida ao fazer 48.15, seguido de Pedro Spajari (Pinheiros), 48.31. Completarão o revezamento os pinheirenses Breno Correia (48.74) e Marcelo Chierighini (48.83). "É um sonho grande, mas Estados Unidos e Rússia estão em outro patamar. Mas o vamos ver é nas Olimpíadas. Se estivermos na melhor forma possível, o pódio pode acontecer. Vamos treinar muito pesado porque o que vale é lá. E quanto aos 47, vamos lutar para fazer isso nas Olimpíadas", disse Calvelo.

Há de se exaltar também nosso revezamento 4 x 200 livre feminino, que agora é o segundo na repescagem após fazer 8:00.92, com Larissa Martins Oliveira (Flamengo) fazendo 1:59.21, Nathália Almeida (Flamengo), 2:00.23, Gabrielle Roncatto (Flamengo), 2:01.97 e Aline Rodrigues (Minas), 1:59.51. Daqui a duas semanas, vale secar as que participarão no Europeu e quem, por ventura, tentar tempo até 31 de Maio. "Para quem não tem acompanhado, no Pan a gente fez 8:07 e abaixou para 8:00. Não é um trabalho só meu, mas de toda comissão técnica. Temos potencial até para uma final ou resultado mais expressivo", disse Larissa.

Nos 200 borboleta feminino, não era mesmo fácil o índice de 2:08.43. Giovanna Diamante (Pinheiros) venceu, com 2:15.93, 39 centésimos acima do que fizera pela manhã. Mas o quase mais dolorido foi nos 200 peito masculino, onde Caio Pumputis (Pinheiros/Georgia Tech) fez as três primeiras piscinas impecavelmente, mas logo no finzinho travou, ficando com 2:11.81, 1 segundo e 46 centésimos acima do índice de 2:10.35. "A estratégia era essa. Meu estilo de prova é passar forte. O finalzinho pesou muito mais do que eu estava pensando. Fiquei chateado porque já tinha nadado abaixo do índice. Amanhã vou tentar de novo o sonho olímpico (nos 200 medley)", disse Caio.

Enfim, a seletiva está chegando à reta final. Teremos não só os 200 medley masculino, como também os 200 costas masculino, 100 livre feminino, 200 peito feminino e os 1500 livre masculino. A expectativa é de melhora até no tempo. Será que enfim virá mais gente para o trem para Tóquio?

(informações de CBDA, Best Swimming, Swim Channel e Surto Olímpico - imagens de Satiro Sodré/SSPress/CBDA e Luiza Celidônio)

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