quarta-feira, 8 de maio de 2024

SELETIVA OLÍMPICA: Yes, nós temos Nick Albiero!

 


Metade da SELETIVA OLÍMPICA se foi na piscina da UNIFA, no Rio de Janeiro. E, uma vez mais, em termos de índice, ficamos devendo: só um, e mesmo assim, de um naturalizado. Falamos de Nicolas Albiero (Minas), nascido nos EUA, mas filho de Arthur Albiero, que fez sucesso em São Caetano e história em Louisville. Optando por se naturalizar e, por isso, com residência mudada para Belo Horizonte, conseguiu o primeiro índice para PARIS 2024 sem ser de salvaguarda.

Foi nos 200 borboleta, prova dominada por ele desde quando morava nos EUA, quando, de ponta a ponta, faturou com ótimos 1:55.52, indo abaixo do 1:55.78. Por pouco, pouco mesmo, ele não ganhou a companhia de Leonardo de Deus (Unisanta), que fez 1:56.24. "Estou muito feliz com esse índice e com o fato de me tornar um atleta olímpico. Eu fui criado com raízes brasileiras e não foi uma decisão difícil defender o Brasil", disse Nick, ainda in english. Mas ele arriscou um "muito obrigado".

Na prova seguinte, os 100 costas feminino, não era esperado que alguém fosse abaixo de 59.99, mas isso não tirou o ânimo de Malu Pessanha (Pinheiros). Dominante, ela venceu com seu melhor tempo ever, o de 1:01.66, que pode lhe dar a possibilidade do 4 x 100 medley misto. Ela dedicou o triunfo ao pai, Fábio Pessanha, também seu treinador: "Eu tava bem esperançosa, eu treinei bastante, nos 100 borbo fiquei aquém do esperava, foi difícil botar a cabeça no lugar. Agradeço ao meu técnico, que também é meu pai, e à minha família. E dez anos eu tentava sair do 1:02. Hoje consegui".

Quem também conseguiu seu primeiro grito de vencedor no Troféu Brasil foi o Corinthians, com o também estreante em vitórias Guilherme Camossato. Nos 200 peito, o índice de 2:09.68 era impossível, mas Camossato quer mostrar que pode ser um nome no ciclo LA 2028. Ele deixou Caio Pumputis (Pinheiros) para trás por nove centésimos: 2:12.20 contra 2:12.29. ""Diferente dos 100, os 200 é a prova que mais gosto de nadar. Vim dos EUA e vejo que todo esforço vale a pena", disse o também nadador da Texas Christian.

Nos 200 medley, se não fossem os 25 metros finais, poderíamos estar celebrando a classificação de Nathália Almeida (Unisanta). Ela deixou tudo na piscina da Unifa, mas "morreu" no fim e não foi além de 2:13.81 - eu já imaginava que ela fosse abaixo do 2:11.47. Gabi Roncatto (Unisanta) completou a dobradinha com um belo fim, tendo feito 2:14.73. "Pelo menos consegui fazer o que era proposto, que era nadar sem pressão", disse. A ver se ela tem sorte melhor nos 400.

Mas a maior decepção do dia - desculpem a franqueza - foi os 100 costas. Guilherme Bassetto (Unisanta) parecia que ia conseguir ir abaixo de 53.74. Não conseguiu. Ficou exatos 4 décimos acima e ele mesmo reconheceu que perdeu uma grande chance: "Foi uma prova difícil, mas graças a Deus saí vitorioso. O Brasil contava com meu índice. Não deu, mas fiz o que pude". Pelo menos vale elogiar Pedro Motta (Unisanta), terceiro colocado com seu melhor tempo ever, 55.28.

Com isso, assim está a classificação do Troféu Brasil. O Pinheirão acordou...


Nesta quinta, o quarto dia, teremos a prova mais nobre da natação, os 100 livre feminino e masculino. Mas também os 200 peito feminino, 200 medley masculino e 1500 livre masculino. Queremos mais índices!

(informações do Swim Channel, Best Swimming e CBDA - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)


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