quinta-feira, 16 de julho de 2015

JOGOS PAN-AMERICANOS: Reconhece a queda e não desanima...

Esta, senhoras e senhores, para nós, brasileiros, e até para a história dos JOGOS PAN-AMERICANOS, foi a mais simbólica de todo o terceiro dia da natação. Thiago Pereira (Minas/Florida), às 20:50 desta quinta, com o tempo de 4:14.08, se convertia no maior medalhista pan-americano de todos os tempos, com 22 medalhas, junto ao ginasta cubano Erick Flores. Mas, às 20:55, o placar do Centro Aquático de Toronto anunciava que o vencedor era Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), novo Recordista Mundial Júnior com o tempo de 4:14.47, e que Thiago estava DESCLASSIFICADO.
Uma pergunta tomou conta dos presentes e dos telespectadores mundo afora: o que houve? Que pecado cometeu Thiago que o impediu de entrar para a história do Pan? A solução veio de Cyro Delgado, medalha de bronze nas Olimpiadas de Mosco|u em 1980 no revezamento 4 x 200 livre: Thiago teria virado com apenas um braço do nado peito para o crawl, e a regra diz que a virada tem que ser com os dois braços. "Parece que a mão esquerda não toca. Continua se deslocando, porque ele está embaixo da água. A mão direita está saindo da parede, mas parece que a esquerda está se deslocando. Seria o toque deslocado. Acho difícil que Thiago ganhe esta medalha", garantiu, na transmissão do SporTV, o Coach Alexandre Pussieldi. A comissão oficial também entendeu assim e confirmou a vitória do Dragão do Timão, sua primeira em Pans.
Ele fez a prova de sua vida. Além de se credenciar como grande favorito no MUNDIAL JÚNIOR DE SINGAPURA, sua vitória (ou não) foi comemorada por todos nas redes sociais. O garoto tem estrela e, independente do que acontecer, vai ser um grande astro da nossa natação.
Cedo, algo parecido aconteceu com a canadense Emily Overholt, na mesma prova: errou na virada do costas para o peito e perdeu o ouro e o recorde panamericano para Catlin Leverenz (EUA), que fez 4:35.46. Quem também vibrou foi Joanna Maranhão (Pinheiros), que havia chegado em quarto com seu novo recorde sulamericano de 4:38.07 que se converteu num bronze com sabor de ouro: "comemorei muito. Para mim não importou se veio medalha ou não: importou o tempo e exorcizei meu segundo fantasma", disse a noiva de Luciano Corrêa. 
Ela ainda ajudou as meninas do 4 x 200 livre a garantir uma sensacional prata, após disputa com os Estados Unidos. Maranhão, ao lado de Jéssica Bruin Cavalheiro (SESI), Manuella Lyrio (Pinheiros) e Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) só não foram ouro pela boa atuação de Alison Smitt (EUA) e pela estratégia norte-americana. No fim, os 7:56.36 são dignos de aplausos. Olha a natação feminina do Brasil chegando!!
De outros resultados, vale a pena destacar o quarto lugar de Daynara de Paula (SESI) nos 100 borboleta. Se não fosse o cansaço no final, poderia ter alcançado americana Kelsi Worrell, e as canadenses Noemi Thomas e Katerine Savard. Mas ela não ficou triste: ainda tem muito o que melhorar. Já na versão masculina, novo recordista temos: Giles Smith (EUA) fez 52.04 e quebrou o recorde de Kaio Márcio. Arthur Mendes (Corinthians/Auburn) foi só o sétimo com 52.73.
Amanhã, o Brasil pode reagir. Thiago pode reagir. Agora, é torcer pelos 100 costas, 400 livre, 100 peito e, em especial, os 50 livre. Agora é levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, porque grandes coisas ainda estão por vir.

(capturas da transmissão do SporTV, foto de Satiro Sodré e informações da Best Swimming e da Yes Swim)

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