domingo, 2 de agosto de 2015

KAZAN 2015: Lembrar e esquecer

Se para essa guria, o dia foi daqueles para ser eternamente lembrado, o primeiro dia da natação do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), para a natação brasileira, tem de ser apagado da memória. Com exceção, claro, de Nicholas dos Santos (Unisanta). Como sempre, tivemos uma noite de fortes emoções e grandes surpresas abrindo os trabalhos na Kazan Arena.
O primeiro grande momento da noite foi o que vemos lá em cima: o recorde mundial dos 100 borboleta para o fenômeno sueco Sarah Sjostrom, destronando a norte-americana Dana Vollmer e seus 55.98 do Mundial de Roma. E olha que foi a segunda semifinal e é difícil dizer se ela vai manter o pique amanhã, mas os 55.74 eram a gota que faltava para Sjostrom entrar no Olimpo das grandes nadadoras mundiais. Ficar de olho também em Jeanette Ottensen (DIN), que superou o atentado que ela e Marco Loughran (ING), seu noivo, sofreram no final de Junho em Copenhaghen, e fez o segundo melhor tempo mesmo com o dedo destruído: 57.04.
Nos 400 livre, não houve recordes, mas deu a lógica. No masculino, doce regresso para Sun Yang (CHI), com uma prova de estratégia, deixando para trás James Guy (ING), que liderou nos primeiros 300 metros dominara a prova. O Chinês fez 3:42.58 e o inglês, 3:43.75. No feminino, se Katie Ledecky (EUA) não tivesse se cansado na reta final, com certeza iria além do 3:59.13 que lhe deu o recorde de campeonato, e até bateria o recorde mundial. Simplesmente ela passeou e deixou a concorrência para trás. E ainda tem os 800 e 1500 livre para ela.
Nos 200 medley delas, Katinka Hosszu (HUN), sempre ela, fez o segundo melhor tempo da história com 2:06.84, com longa distância à concorrência. Siobhan Marie O'Connor (ING) foi a mais forte da sua série com 2:08.45. Já Joanna Maranhão (Pinheiros) teve um péssima parcial de peito, e como é o peito que define as provas de medley como diz Djan Madruga, ela não foi além do 11º lugar com 2:12.64.
Já nos 100 peito, como explicar a eliminação de Felipe França (Corinthians) e Felipe Lima (Minas), que eram favoritos junto com Adam Peaty (ING) e Cameron Van Den Burgh (AFS). Simples: talvez pelo cansaço de tentar acompanhar o inglês, talvez por dores, talvez pelo erro numa braçada qualquer, é inexplicável o 11º lugar geral do nadador de Cristo com 59.8 e o penúltimo de Lima com 1:00.19. Peaty, para variar, quebrou RC com 58.18, o segundo melhor tempo ever da prova.
Enfim, só Nicholas deu-nos alegrias neste domingo, vencendo sua série dos 50  borboleta com 23.05. O problema é que o Carrasco Florent Manaudou (FRA) fez 22.89 e agora tem o melhor tempo do ano. Sorte de Cesar Cielo (Minas) que, apesar de ter errado feio na chegada, garantiu o oitavo tempo com 23.29. O tri é difícil, mas se ele melhorar...
No revezamento 4 x 100 livre masculino, ELE fez uma falta. A França, óbvio, ganhou, com Manaudou comendo a bola e 3:10.74. A Rússia foi prata com 3:11.79. Mas lembra que o Coach Pussieldi falou que 47 era o número mágico? Pois é, foi o que faltou para Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), Matheus Santana (Unisanta), Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) e João de Lucca (Pinheiros/North Carolina): todos no 48, enquanto Felipo Magnani fez um final espetacular à Itália e lhe garantiu o bronze com 3:12.53 e deixando o Brasil fora com 3:13.22. No feminino, a Austrália dominou.
Amanhã, caros, torcida máxima porque Nicholas tem grande chance de medalhar nos 50 borboleta, mas ainda tem 100 costas, 100 peito e 200 medley, por exemplo. Vamos engrenar?

(informações do Best Swimming e da Yes Swim e foto da transmissão do SporTV)

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