E daí que foi prata? Nicholas dos Santos (Unisanta) finalmente conseguiu não apenas a medalha almejada num MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS como salvou a natação brasileira num dia - outro - para se esquecer. Ele fez 23.09 nos 50 borboleta e só foi superado pelo maior nome das provas de velocidade e melhor nadador da França atualmente: claro que falamos do Carrasco Florent Manaudou, com 22.97. László Czeh (HUN) e Konrad Czesniak (POL) completaram o pódio dividindo o bronze. Já Cesar Cielo (Minas) parece que vai sucumbindo a lesão no ombro e chegou na sexta colocação: 23.21. Já vimos este filme com um tal de Gustavo Kuerten. Mas o que vale é que Nicholas honrou mais uma vez a bandeira brasileira com mais uma prata com sabor de ouro.
Mas este foi o único grande bom momento do Brasil nas águas. Nas semifinais dos 100 costas, Guilherme Guido (Pinheiros) até que começou bem na sua eliminatória, mas se cansou e ficou na sétima posição com 53.88, em série vencida por Matt Greavers (EUA), com 52.73. Já Etiene Medeiros (SESI) chegou perto da vaga, melhorou seu tempo, com 59.9, mas ficou fora da final. O melhor tempo foi de Emily Seebohm (AUS), 58.56.
Já João de Lucca (Pinheiros) nem foi a sombra da sombra do que foi no Pan, sendo o último de sua série nos 200 livre, com 1:48.23. O inglês foi o melhor de sua série, 1:45.43. Tem que ver isso aí, CBDA.
MAS EMOÇÃO NÃO FALTOU
Mais cedo, a destruidora de recordes Katie Ledecky (EUA) destruiu mais um. Nos 1500 livre, em plenas E-L-I-M-I-N-A-T-Ó-R-I-A-S, ela simplesmente destruiu. Detonou. 15:27.71, novo WR, e amanhã é promessa de mais um grande show na finalíssima.
Nos 100 peito deles, uma disputa espetacular entre Cameron Van Der Bergh (AFS) e Adam Peaty (ING), com o sul-africano dominando 90% da prova e Peaty ultrapassando no metro final e levando com 58.52 contra 58.59. Sem dúvida, uma das provas mais épicas dos 100 peito.
Um pedido ao Pinheiros: preparem bateria de escola de samba e o escambau a quatro pra Sarah Sjostrom (SUE). Desde ontem confirmada pra defender o Pinheiros que vai sediar o TROFÉU JOSÉ FINKEL, ela segue deitando na Kazan Arena. Hoje, na final dos 100 borbo, uma atuação perfeita, 3 décimos mais rápida que seu tempo das semifinais de ontem, e outro WR: 55.64. Sensacional! Agora, uma salva de palmas também para Jeanette Ottensen (DIN), que largou bem e também tem o que comemorar, com seus 57.04 que lhe deram prata, com dedo destruído e tudo mais. Guerreira.
E o grande momento do dia só poderia ser da Iron Lady, da número 1, de Katinka Hosszu (HUN). Diante de tanto show que ela tem dado, faltava só um recorde mundial. F-a-l-t-a-v-a. Hoje ela estraçalhou o recorde de 200 medley, o que seria difícil depois que encerrada a era dos trajes, com 2:06.12, deixando para trás a japonesa Kanako Watanabe e a britânica Siobhan Marie O'Connor. Foi um momento de emoção, com Katinka e Shane Tsup, o marido-técnico, chorando sob a ovação da Kazan Arena.
E seguem as perguntas: vai o Brasil melhorar? Vem mais recordes? É melhor nem perder, estamos só no início.
(Foto de Satiro Sodré/SSPress)
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