quinta-feira, 14 de abril de 2016

SELETIVAS: Todo dia, um 7 x 1 diferente

Finda a Seletiva Australiana para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 e em movimento a Seletiva Britânica, na véspera da nossa, o TROFÉU MARIA LENK, chegamos à uma conclusão: continua o 7 x 1 dos gringos na gente. Cansamos de nos falar: pouco treino, pouco investimento, poucas competições, pouco polimento, pouca raspagem e pouca visibilidade são os grandes pecados capitais da natação brasileira, e isso, pelo contrário, não é visto na Austrália nem na Grã-Bretanha. Os grandes resultados na seletiva de Adelaide se deve a uma coisa: aprendizado. Depois do fracasso em Londres 2012, o governo investiu mais, preparou melhor a base e as consequências são melhores tempos do mundo (sem traje, inclusive), beira de recordes mundiais e a melhor natação do mundo. Já na Grã-Bretanha, apesar de índices mais fortes, vemos quase a mesma coisa. Dito isso, resumamos tudo:

AUSTRÁLIA
Cameron McEvoy e as irmãs Campbell não devem ser deste planeta, porque nos 50 livre eles novamente mostraram para o mundo quem manda. Na quarta, Cameron, melhor tempo do mundo nos 100 livre sem trajes, fez o segundo melhor tempo do mundo nos 50 neste ano: seus 21.44 só são dois centésimos superiores aos que o Carrasco Florent Manaudou fizera na seletiva francesa. Inclusive, ele foi o único classificado para os Jogos com Índice A. No dia seguinte, foi a vez de Cate Campbell repetir um quase-WR na mesma prova: 23.84. Por míseros 11 centésimos, ela não superou a marca de Britta Steffen (ALE), feita em Roma, mas já é o melhor tempo do mundo sem trajes. Bronte, a mana, não ficou atrás e fez 24.24. E aposto minhas fichas de que os recordes de Cesar Cielo (ELE - Minas/Arizona) e de Steffen não durem até a Olimpíada do Rio. Outro destaque é para os sensacionais 14:39.54 da sensação de 19 anos Mack Horton, agora o melhor tempo do mundo nos 1500 livre. Os demais resultados conferem aqui.

GRÃ-BRETANHA
Apesar de poucos resultados bons, dois resultados são dignos de nota: os 100 peito de Adam Peaty. O recordista mundial fez o já melhor tempo do mundo com 58.41, classificando-se para a sua primeira Olimpíada como favorito, seguido de Mack Horton, segundo colocado e segundo melhor tempo da temporada: 59.31. Disse Peaty: "eu não fiz um tempo melhor porque não estava 100% descansado. Mas, quanto mais você acredita em você, melhor. Eu sonhei com esse momento desde pequeno, é um processo de oito anos".
Ainda tivemos o segundo melhor tempo do mundo nos 400 livre: James Guy fez 3:43.84, só não melhores que os 3:41.65 de Horton em Adelaide.



E isso porque não falamos da seletiva canadense. As meninas estão dando um show. A Yes Swim falou de Penny Oleksiak, uma garota de 15 anos que tem quebrado recordes atrás de recordes no país e já está garantida na Olimpíada. Inclusive, com novo Recorde Mundial Júnior nos 100 livre: incríveis 53.31. Confira melhor aqui.

Oremos para que a partir de amanhã, saiam tempos decentes e suficientes para índices no Parque Aquático Olímpico. A natação brasileira tem que renascer, e logo.

(informações da Best Swimming e Yes Swim, fotos da Swimming World)

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