segunda-feira, 4 de abril de 2016

SUL-AMERICANO: Em dia de recordes e de Venezuela, Brasil é campeão

O último dia da natação no SUL-AMERICANO DE ESPORTES AQUÁTICOS, que aconteceu em Assunción (PAR), mostrou que, sim, tal competição valeu à pena. Recordes de campeonato caíram e, ontem, dois sul-americanos viraram história. Uma competição fortíssima, da qual o Brasil, como há 32 anos, saiu novamente campeão. Em pontos, 449. Em medalhas, 41 medalhas, sendo 18 de ouro, 13 de prata, 10 de bronze. A Argentina, que protagonizou um grandioso duelo com o Brasil durante a jornada no Centro Aquático Olímpico, logrou 417 pontos e 37 medalhas, 5 de ouro, 12 de prata, 10 de bronze. A Venezuela, que deu um grande show neste domingo, teve 287,5 pontos e 26 medalhas, 7 de ouro, 7 de prata, 12 de bronze.
Comecemos então falando da Venezuela: neste domingo, os bolivarianos tiveram domínio total. Albert Subirats, recordista sul-americano dos 100 borboleta, depois de precisos nove anos, nadou para 51 e garantiu vaga aos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 após vencer com 51.90, também RC (que era do potiguar e minastenista Marcos Macedo, com 52.81). Nesta prova, Leonardo de Deus (Corinthians) foi só o sétimo, com 54.31. Nos 200 peito, Carlos Claverie conseguiu o prêmio de melhor índice técnico, com os 2:10.44 que lhe deram o recorde nacional e a vaga olímpica, seguido de Carlos Maecha (COL, 2:16.57) e Henrique Barbosa (Unisanta, 2:16.87). Nos 800 livre delas, nem concorrência teve para Andreína Pinto, de longe a melhor atleta desta competição, vitoriosa com mais um índice olímpico, 8:32.31, sem polir nem raspar. Bruna Primati (SESI) chegou a ir bem nos primeiros 400 metros, mas cansou e só foi a quinta colocada com 8:48.59, mantendo o Brasil fora do pódio desde 2010. E por fim, os venezuelanos Robinson Molina (56.55), Carlos Claverie (59.87), Albert Subirats (51.61) e Cristian Quintero (48.85) quebraram uma escrita que existia desde 2000: derrotar o time brasileiro no revezamento 4x100 medley. Guilherme Guido (Pinheiros, 53.46), Henrique Barbosa (1:02.43), Leonardo de Deus (53.97) e Pedro Spajari (Pinheiros, 49.31) ficaram com a prata e colaboraram no dia de ouro venezuelano.
Outra que teve um dia para celebrar é Julia Sebastian (ARG/Unisanta), que colocou ao chão o último recorde sul-americano pertencente a Carolina Mussi, desde o ano passado aposentada: 2:27.03, superando os 2:27.49 que Mussi, então no Pinheiros, fez no Maria Lenk de 2009. A festa só não foi completa porque o índice era 2:26.94. Pamela Souza (Corinthians) foi só a quarta colocada, com 2:31.85. Outro recorde continental que caiu foi nos 1500 livre, para Esteban Enderica (EQU/Fluminense). No Open de Palhoça/SC, 15:09.82, e no domingo, 15:08.57, décimo segundo tempo do mundo, e sem descansar, vindo direto de Portugal. Não houve brasileiros nesta prova.
O Brasil ganhou, sim: foi nos 100 borboleta delas: Daynara de Paula (SESI) quebrou o RC com 59.11 (o anterior era de Gabriella Silva, 59.79) e Daiene Dias (Minas) foi a segunda, apesar da melhor saída: 59.33. Por 20 anos seguidos, só brasileiras tem a hegemonia desta prova. Mas não tem mais a do 4 x 100 medley delas, que datava desde 1996. Andrea Berrino (1:00.45, novo Recorde Nacional), Macarena Ceballos (1:08.70), Virginia Bardach (1:00.80) e Maria Belen Diaz (57.53) quebraram a escrita brasileira com 4:07.48, mostrando a grande fase argentina. Ao Brasil, prata com 4:08.57, sendo as parciais de Natália de Luccas (Corinthians) 1:02.33, Pamela Alencar, 1:12.08, Daynara de Paula, 59.16 e Manuella Lyrio (Pinheiros), 55.00.
E assim terminou uma competição forte, um grande ensaio para o Maria Lenk, que já começa semana que vem no Parque Aquático Olímpico. Nossa expectativa é que lá os tempos melhorem, já que queremos uma seleção forte para a Olimpíada que teremos em casa.

(informações do Best Swimming, Yes Swim, Medley - Just Swim e Globo.com e foto de Satiro Sodré/SSPress)

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