quinta-feira, 30 de junho de 2016

US OLYMPIC TRIALS: "Happy Olympics To You..."

Não podia ter melhor presente para o 31º aniversário de Michael Phelps (foto). The Greatest, após apresentação, vá lá, regular nos 200 borboleta, levantou a mão para comemorar a quinta Olimpíada, a um dia de sua data máxima, no US OLYMPIC TRIALS de Omaha. Mesmo com tanta festa, é importante ressaltar que os 1:54.84 (com parciais de 24.95, 28.12, 29.87 e 31.90) foram um tempo pavoroso para um nadador de sua grandeza, o pior desde a seletiva de 2000. Se Tom Shields, que vai lhe fazer companhia, não fizesse uma última parcial pior para o 1:55.81 (25.45, 28.64, 29.64, 32.08), seria capaz de ultrapassá-lo. É o peso dos 31 anos. Mas que ele vai, vai, para soprar as velinhas do bolo com recheio de alívio. Hoje, dia oficial do aniversário, ele vai para os 200 medley e eu poderia sugerir que, para cantar os Parabéns, a galera no CenturyLink Field poderia usar a paródia sugerida no título desta matéria.
Falando em alívio, sim, Missy Franklin vem! Após uma desastrosa jornada nos 200 costas, ela conseguiu, enfim, seu passaporte para os JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 e mandou embora a urucubaca depois do segundo posto nos 200 livre, com 1:56.18 (27.30, 28.86, 29.72, 30.30). Foi a nadadora mais aplaudida da noite, já que ela estava devendo muitos resultados bons desde o final de 2014. Leah Smith (1:56.63) e Allison Schmitt (1:56.72) vão para o revezamento 4 x 200. Faltou alguém, né? Aliás, precisa dizer que a vitoriosa, mesmo com tempo aquém do esperado, 1:54.88 (27.04, 28.83, 29.47, 29.54), foi Katie Ledecky? Já dissemos...
Nos 200 borboleta delas, Camille Adams teve um dia de montanha russa. Pela manhã, ela fez um bom 2:08.29. Mas aí foi desclassificada pela arbitragem por suposta virada errada, de costas, na pernada submersa. Após visões, revisões, etc., foi definido que não se podia ver o erro, e, usando corretamente o in dubio pro reu, no caso, na dúvida, favoreçam o atleta, Camille foi reclassificada e pôde fazer a semifinal da prova. E melhorou: 2:07.31 (parciais de 29.36, 32.70, 32.68, 32.57). Se não houver outra hecatombe, ela é a favorita para uma das vagas nos jogos, assim também como Nathan Adrian. Ele fez uma apresentação de gala nas semifinais dos 100 livre, sendo o único sub-48 da prova mais nobre da natação: 47.91, terceiro melhor tempo do ano, seguido de Ryan Held (48.48), Caeleb Dressel (48.53), Jimmy Feigen (48.65), e Anthony Ervin (48.71), para citar alguns.
Para terminar, nos 200 peito, poderia ser o dia do primeiro WR do Trials se Kevin Cordes não tivesse se cansado na reta final da segunda semi da prova. Com os 2:07.81 (28.89, 32.18, 32.93, 33.81), ele não só perdeu a chance do Recorde Mundial (2:07.01 do nipônico Akhiro Yamaguchi), como também o melhor tempo do ano, que segue sendo 2:07.69 de Marco Koch (ALE) no Europeu de Londres. Mas é o novo recorde US Open. A ver se consegue na final. E, como a juventude anda sempre vencendo a experiência, isso aconteceu de novo nos 200 medley delas. Que Maya Dirado ia ser carta marcada, era claro, e ela conseguiu a vaga com 2:09.54 (28.30 no borbo, 31.76 no costas, 38.68 no peito e 30.80 no crawl). A briga foi pela segunda vaga e quem esperava Caitlin Leverenz, que fez o melhor parcial de peito, 36.42, Mas Melanie Margalis veio do nada para um crawl espetacular e aproveitou-se do erro final da medalhista de Londres para fazê-la ver os Jogos pela TV, e isso por cinco centésimos: 2:10.11 a 2:10.16. Mais uma veterana derrotada.
O que já é comum: 18 são os estreantes dos 26 que estão representando o Team USA no Rio. A ver se hoje a tradição continua, mais tarde. Com direito a bolo para Phelps!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam e USA Swimming - foto de Mike Lewis)
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