sexta-feira, 16 de setembro de 2016

TROFÉU JOSÉ FINKEL: Aprendizes de Senna na chuva

Talvez o céu de Santos tenha chorado pelo fato de que o TROFÉU JOSÉ FINKEL estar chegando à sua reta final. Choveu praticamente durante toda a penúltima etapa de finais no certame, que está acontecendo no Internacional da Ponta da Praia. Mas não por isso deixamos de ver resultados espetaculares e um recorde sul-americano, além da confirmação de dois índices para o Mundial de Piscina Curta em Windsor (CAN).
Para começar, a melhor atuação da noite, nos 400 livre delas: Viviane Jungblut (GNU), na foto de baixo, simplesmente não tomou conhecimento do Recorde Sul-Americano, antes de Kristel Kobrich (CHI), com 4:04.34, na época dos trajes. Ela fez nada menos que 4:03.68, também seu melhor tempo ever. Em 2012, no SESI, para se ter uma ideia, Femke Heemskerk, defendendo o Minas, fizera 4:06.57. "Tenho muito a agradecer ao Grêmio Náutico União, toda a minha família, amigos e equipe técnica pelo apoio, que é fruto de treino e dedicação. Vou continuar treinando muito para, quem sabe, estar na próxima Olimpíada", contou Jungblut, surpresa com o feito: "sinceramente, eu estava treinando muito forte para melhorar meu tempo, mas foi uma surpresa e ainda bem que boa". A segunda colocada foi Manuella Lyrio (Pinheiros), com seu melhor tempo, 4:05.98, e a terceira, a sempre surpreendente Rafaela Raurich (Curitibano), com 4:09.16, confirmando sua subida que vem desde o Mundial Júnior de Singapura: "lá eu melhorei minha marca dos 200 livre, que é minha melhor prova. Estou procurando sempre melhorar a cada competição". O difícil índice era 4:00.27.
Na parte masculina da prova, houve forte disputa entre Leonardo de Deus (Corinthians) e Luiz Altamir Mello (Flamengo), mas o Divino foi mais eficiente e ainda bateu o Recorde Brasileiro após fazer 3:41.75. Faltaram oito centésimos para o Recorde Sul-Americano de Christian Quintero (VEN), mas viraram história os 3:43.31 de Armando Negreiros. Parece que a chuva ajudou Leonardo, que se considera um aprendiz do grande Ayrton Senna: "eu vim primeiro para ganhar a prova. Mas fiquei a oito centésimos do recorde sul-americano e a pouco do 3:39.11. Bati na trave, mas valeu. Depois de voltar da Olimpíada mais cansado, nadar bem me deu motivação. E sempre gostei de nadar na chuva. Sou que nem o Senna, que nada mais rápido. E como ele é meu ídolo, me espelhei nisso: sempre procuro nadar mais rápido na chuva também". Altamir foi o segundo, com 3:42.89 e o terceiro foi Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), com 3:45.44.
Nos 200 medley, nada de alterações. No feminino, a mesma dobradinha dos 400: Joanna Maranhão (Pinheiros) vencendo com 2:09.74, pouco perto do seu RB de 2:09.03, e Nathália Almeida (Flamengo) em segundo com seu melhor tempo, 2:13.21, jogando fora a tristeza por não ter conseguido a vaga para os Jogos Olímpicos do Rio. "Acho que isso acontece com qualquer atleta. A gente nunca vai conseguir o que a gente quer, mas temos que procurar isso, alcançar cada vez mais de você e nunca ficar satisfeito com o seu resultado", disse. O índice era 2:06.90. No masculino, vitória de Henrique Rodrigues (Pinheiros), com 1:53.84 após intensa disputa com Thiago Simon (Corinthians), este que chegou um centésimo depois. O índice era 1:52.81.
Nas provas de 50, emoção, adrenalina e aplausos. Primeiro, para Nicholas dos Santos (Unisanta), que melhorou seu tempo e confirmou sua vaga para Windsor nos 50 borboleta: 22.51. "Não foi o tempo que eu esperava, já que estou envolvido em muitos revezamentos e minha saída não foi tão boa. Mas estou feliz de confirmar minha vaga para Windsor. Vou parar de dois a três dias e depois me preparar para este Mundial", disse Nicholas, vindo de ouro em 2012 e prata em 2014. Ele ainda ajudou o Unisanta a vencer o 4 x 50 misto com 1:31.73, ao lado de Yago Ferrari, Eliana Berrino e Alessandra Marchioro. E depois, para Etiene Medeiros (SESI), mesmo sem melhorar seu tempo nos 50 costas e seu RC, confirma sua passagem com 26.23. Ah: os 50 borboleta feminino ficaram com Daynara de Paula (SESI), com 25.91 (índice de 25.38) e os 50 costas masculino, com Guilherme Guido (Pinheiros), com 23.84, dois centésimos pior que a manhã (índice de 23.18). Esse maldito quase...
A uma etapa do fim, o Pinheiros está perto de dar fim a 6 anos de fila após cravar 1925,5. O Minas está em segundo, 1650,5, o Corinthians está em terceiro, com 1285,5 e a Unisanta, 1032,5. E amanhã, as derradeiras emoções, com os 100 livre, 50 peito, 200 costas e os 4 x 100 medley, além de premiações individuais. É, infelizmente, todo carnaval tem seu fim. Aproveitemos!

Confira aqui as fotos desta tarde e noite.

(informações da CBDA e da Best Swimming - foto deste repórter)

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