segunda-feira, 17 de outubro de 2016

ÁGUAS ABERTAS: Na festa italiana, Poliana é vice!


Não foi desta vez que o Brasil recuperou o poderio nas águas abertas mundiais. Desta vez, quem estragou a festa foi a Itália, que agora tem dois campeões da COPA DO MUNDO FINA DE MARATONA AQUÁTICA. No feminino, uma bicampeã. No masculino, um campeão inédito. Como consolo, temos uma vice-campeã.
É que, na última etapa do certame, acontecida em Hong Kong, Rachele Bruni (ITA) só não poderia ficar quatro posições atrás de Poliana Okimoto (Unisanta), mas fez melhor: venceu a prova e consagrou-se bi-campeã do certame, com 2:17:12.7, e terminando o ano com 86 pontos. Arianna Bridi (ITA) e Poliana chegaram juntas, com 2:17:28.2, mas o dedo italiano foi mais forte. Bridi, logo, chegou em segundo e Poliana, com o mesmo terceiro lugar dos Jogos Olímpicos do Rio, ficou com a segunda posição no geral, dez pontos atrás de Bruni. A paulistana chegou a liderar o certame, mas o péssimo sexto lugar na etapa da Hungria, combinado com a grande fase da Italiana, a fizeram adiar o sonho de um novo título para o ano que vem. Mas, para ela, e daí? "Foi o melhor ano da minha vida. Ganhei uma medalha olímpica e agora esse vice-campeonato. Estou muito feliz e vou curtir as férias", disse ela à assessoria. Poliana só volta a nadar mesmo no ano que vem. Ana Marcela Cunha (Unisanta) que, convenhamos, teve um ano para esquecer, ficou em quarto, mas não teve o número de provas suficientes para disputar o circuito por ter priorizado os Jogos Olímpicos. Só que alguém atrapalhou... Ah: se for servir de consolo, as brasileiras e mais Sharon van Rouwendall (HOL) venceram uma travessia local de revezamento de 1500 metros.
Entre os homens, Allan do Carmo, bronze em Chun'an, não disputou o circuito porque também priorizou os Jogos. Ele foi o quarto colocado, perdendo o bronze por um dedo para o alemão Rob Muffells (ambos chegaram com 2:10:29.3). O vitorioso da prova e do campeonato foi Simone Ruffini (ITA), 2:10:15.8 na prova e 94 pontos no geral.
E assim termina o Circuito Mundial, sem vitórias para o Brasil, até por prioridade aos Jogos. Esperamos que no ano que vem, o Brasil volte a reinar nas águas, embora seja difícil, já que a grave crise que se instalou nos esportes aquáticos pode trazer uma nuvem negra para tão vitorioso esporte. Afinal, Poliana e Ana Marcela não vão durar para sempre.

(informações da CBDA e da Best Swimming - foto da E5+ Comunicação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário