segunda-feira, 10 de abril de 2017

GIRO GERAL: Começaram as seletivas

Senhoras e senhores, já começa a ser definido o caminho para o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste e, com isso, vamos resumir tudo o que acontece em mais um GIRO GERAL. Por exemplo, já tivemos tempo número 1 do Mundo nos 50 livre e tempo top-10 nos 100 borboleta feito no Brasil. A isso?

SERIA A VEZ DE MCEVOY?
A seletiva australiana para o Mundial é o Campeonato Australiano, que neste ano acontece em Melbourne e começou nesta madrugada. Para variar, o grande nome das duas primeiras etapas foi Cameron McEvoy, que fez o tempo número 1 do ano nos 50 livre, desta vez de 21.55 (após 21.73 nas eliminatórias), e ganhou a companhia de James Roberts (21.93). Absoluto durante a prova, ele quer esquecer 2016, quando, apontado pela mídia e pelos apaixonados por natação como um dos nomes que poderiam derrubar os 20.91 de Cesar Cielo (Pinheiros), nem sequer pódio levou na prova que marcou a ressurreição de Anthony Ervin (EUA). Será que agora sim ele pode dominar esta prova no Mundial? Ele ainda vai nadar os 100 livre na quarta. Nos 200, prova que não é a dele, ele foi o quinto com 1:47.60, em prova dominada por Mack Horton, com 1:46.83.
Entre as mulheres, nem preciso dizer que o destaque foram as irmãs Campbell. As duas, claro, fizeram o melhor tempo do ano nos 100 livre. Cate, que já anunciara que não iria para o Mundial por razões incertas, fez 52.78 na eliminatória, sendo este o melhor tempo do mundo. Mas foi a terceira na final vencida pela irmã Bronte, com 52.85. Emma McKeon fez 53.12 e ficou com a segunda vaga. A Austrália realmente tá montando um time forte para o Mundial? A se destacarem também Mitchell Larkin nos 200 costas (1:56.66), Emma McKeon nos 100 borboleta delas (57.27), David Morgan nos 100 borboleta deles (51.81), Mack Horton nos 400 livre (3:44.18) e o tempaço de Emily Seebohm nos 100 costas (58.62). A competição, sempre uma das mais fortes do ano, você vê aqui. E , os demais resultados.

AS PODEROSAS DO CANADÁ
Outra seletiva fortíssima foi a do Canadá, ocorrida na última semana em Victoria, capital da Columbia Britânica. Vale a pena ficar de olho no surpreendente time feminino canadense. Aliás, o time esteve tão forte que tinha de sobrar para uma: Taylor Ruck, um dos nomes que estiveram no revezamento medalhista no Rio e grande nome feminino no Mundial Júnior de Doha, sequer vai para Budapeste nem no rev. A medalhista de ouro no Rio, Penny Oleksiak, vai nas duas provas que domina: 100 livre (53.84) e 100 borboleta (57.35).
Mas o grande destaque mesmo ficou para Kylie Masse, em fabulosa performance nos 100 costas. Com 58.21, ela ficou a pouco de bater o WR desta prova, 58.12, da alemã Gemma Spoffort, mas este, claramente, é o melhor tempo sem trajes da história. E olha que ela ainda fez 2:07.23 nos 200 costas.
Veja o time completo do Canadá nesta matéria da Yes Swim.

SARAH NÃO PARA
Falando em mulheres de ouro, eis que Sarah Sjostrom (SUE) mostra porque está na melhor fase de sua carreira. No Swim Open de Estocolmo, ela fez tempos espetaculares mostrando que o Santo de Casa faz milagre. Nos 50 livre, 23.83, só dez centésimos acima do WR, novamente de Britta, mas melhor tempo da história sem trajes. No 50 borboleta, ela fez 25.63 na eliminatória e 24.96 na final, e nos 100 borboleta, Sarah fez 56.90 na eliminatória e 56.26 na final. Nem é preciso dizer que estes são os melhores tempos do ano e ela ainda está a se preparar para os 100 livre. E ela ainda diz que não fará mais os 200 livre, mesmo tendo sido medalhista no Rio, porque "poderia ter nadado mais rápido os 100 se não fossem os 200". Vamos ver o que o ano lhe reserva.

HENRIQUE DE NOVO COMANDA A FESTA NO METROPOLITANO
Como bem sabeis, 8 de Abril foi o Dia da Natação (e segue o mistério: por quê?). E a melhor maneira de comemorar é fazendo um dos melhores tempos do ano, não é, Henrique Martins (Minas)? Isso aconteceu no II Metropolitano de Natação, que atraiu quase Belo Horizonte inteira para a piscina do Minas. E o povo ovacionou os 52.23 que colocaram o campinense como oitavo tempo do mundo na prova em questão, melhorando mais os 52.70 que fizera em Março e aumentando a expectativa de que ele supere os 51.92 de 2009, ainda pelo Pinheiros.
Outro grande momento foi o tão anunciado Desafio dos Fundistas, entre Miguel Leite Valente, Lucas Kanieski e Diogo Villarinho. Este repórter confessa que, diante da expectativa, torceu até pela quebra do Recorde Sul-Americano que Guilherme da Costa (Unisanta) fizera no Regional de 1º de Abril (15:05.23). Não foi o caso, mas, convenhamos, precisava? Só de ter uma disputa quente, valeu a pena. Valente levou a melhor, com 15:27.26, contra os 15:30.63 de Lucas Kanieski e os 15:34.27 de Diogo Villarinho.
O destaque feminino foi Renata Sander, vitoriosa nas provas de peito, com 31.71 nos 50, 1:10.18 nos 100 e 2:36.66 nos 200. Os demais resultados aqui estão.

(informações de Yes Swim, Best Swimming e Swim Channel - foto da Reuters)

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