domingo, 7 de maio de 2017

TML2017: E a festa acabou...



A natação brasileira renasceu. Essa é a conclusão pela qual se chega findo o TROFÉU MARIA LENK deste ano, que rolou no Parque Aquático Maria Lenk. Entretanto, só saberemos dia 11, em reunião extraordinária da CBDA, se vão mais de para o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste. 
O certo é que a última etapa foi um fecho de ouro para os fãs e os torcedores que lotaram o Parque Aquático, naquele que foi o maior público da história do Troféu. Prova disso foram os 50 livre, onde vimos o quarto e o sexto tempos do mundo. Bruno Fratus (Internacional/Auburn) e Cesar Cielo (Pinheiros) ligaram as turbinas e só pararam em, respectivamente, 21.70 e 21.79. Ítalo Manzine (Minas) foi o terceiro, com 22.12. Após a prova, ELE fez a alegria da galera que lotou o parque, autografando camisetas e bonés. "Ver a arquibancada cheia de novo é gratificante, porque a natação passou por maus momentos. Então, ver a criançada gritando seu nome mostra que a natação está viva. Independente de gente na cadeia e patrocínio que vai ou não vai, a gente está fazendo o nosso. Então, espero que esse Maria Lenk tenha deixado uma mensagem: de que estamos prontos para nossos caminhos". Cielo ainda comemorou seu retorno: "hoje justifiquei minha volta. Os 50 livre sempre foram minha prova preferida e que aparentemente dá menos volume de treino. Depois de 12 meses sem competir, a gente viu que o que aconteceu na biomecânica está acontecendo. Agora é ter calma para tentar chegar no 21.3. Este tempo é só uma consequência para melhorar. Dá para melhorar, mas considero o melhor que fiz nesta competição". Este repórter perguntou sobre a vitória de Anthony Ervin (EUA) nesta prova no Rio. "Eu não acho que ele tenha sido a razão do meu retorno, mas gostei da prova dele. Teve muitos problemas e mereceu voltar por cima. Ele é exemplo para minha biomecânica".
No feminino, Etiene Medeiros (SESI) só não bateu algum recorde porque ainda estava voltando da gripe. Mas o 24.73 foi o nono tempo do mundo, se servir de compensação. Ela ainda elogiou a presença maciça da galera: "apesar da crise da natação, deu para ver o povo enchendo a piscina. Valeu muito a pena e para mim, é motivador. Queria ter feito um pouco menos, mas a semana foi difícil. Isso pode valer, porque com minha resistência física cai, mas uso a experiência para matar de letra. Busquei o meu melhor, mas acho que foi o tempo bom para o que fiz". Já Alessandra Marchioro (Unisanta) fez 25.10 e, com pressa por causa do revezamento 4 x 100 medley, falou que "fiz a minha melhor marca depois de 9 anos".
Nos 200 peito, saiu o último recorde sul-americano da competição, quando Macarena Ceballos (ARG/Minas) venceu com 2:26.90, sendo a primeira nadadora do continente a nadar abaixo de 2:26 e tirando o domínio de Julia Sebastian (ARG/Unisanta), segundo com 2:27.04, Pamela Alencar (Unisanta) foi bronze com espetaculares 2:27.55, ficando a 13 centésimos do que Carolina Mussi fizera em 2009. Um tempo espetacular, que dá esperanças ao Brasil. No masculino, Thiago Simon (Unisanta) não gostou nada do 2:12.27 que o fez ganhar a prova. "Achei razoavel, sinceramente. Estou em busca de nadar 2:09, que já nadei. No aquecimento me senti bem, mas não consegui aplicar durante a prova. Mas vou trabalhar agora para Budapeste".


Nas provas longas, faltou mesmo o recorde. Viviane Jungblut (GNU) fez o melhor tempo sem trajes da história da prova no Brasil: 8:34.92, tempo que só fica atrás dos 8:32.96 que Joanna Maranhão (então no Minas, hoje na Unisanta) fizera ainda com os trajes. Já nos 1500, nem 14, nem Recorde Sul-Americano baixado por Guilherme da Costa (Unisanta), que sentiu o início forte. Não foi além de 15:06.35. Como prêmio de consolação, este foi o novo RC, superando o 15:08.22 do egípicio Oussama Meilouli, pelo Corinthians. "Não sei o que aconteceu. Senti a prova. Mas eu queria bem menos". Nós também. Ele pode ter se despedido até do Mundial, se continuar nessa dos oito.


Ah, lembra que falamos antes que Alê estava apressada para o revezamento? Pois é, foi ela quem decidiu a vitória para o Unisanta. Ela segurou Manuella Lyrio, que se aproximava pelo Pinheiros, e com 55.36, deu ao Santa mais uma vitória em revezamento. Ela, Andrea Berrino (1;02.16), Julia Sebastian (1:09.31) e Daiene Dias (58.35) somaram 4:05.18 contra 4:05.83 do Pinheiros. Que ganhou o revezamento masculino com supremos 3:34.25, sendo parciais de 53.81 de Guilherme Guido, 59.50 de João Luiz Gomes Jr, 52.76 de Guilherme Rosolen e 48.18 para Gabriel Silva Santos.

E O CURUPIRA ECOOU PELA 16ª VEZ
Não teve para ninguém: Pinheiros favorito, Pinheiros campeão do Maria Lenk pela 16ª vez, o maior de todos, com duas taças a mais do que o Flamengo. No placar final, o azul-negro do Jardim Europa teve 2499, contra 2075 do Minas e 1912 da Unisanta, que enfim volta ao Top-3 com seu timaço, para alegria do povo de Santos. O Corinthians, mesmo um trapo de remendos, foi o quarto com 860,5, a frente do Grêmio Náutico União, com 682. Aqui, os resultados completos.
Quanto a prêmios individuais, Etiene foi o melhor índice técnico da competição pela disputa dos 50 costas, com 940 pontos. A atleta mais eficiente foi Joanna Maranhão, que deu 220 pontos para a Unisanta depois de nadar quatro provas na competição, quais sejam, os 400 livre, 200 medley, 200 borboleta e 400 medley). No lado masculino, o maior índice técnico foi de Nicholas Santos (Unisanta), cujos 22.61 do Recorde Continental nos 50 borboleta lhe deram pontuação de 976, enquanto o atleta mais eficiente foi Brandonn Almeida, que marcou 113 pontos para o Corinthians.
Não estaremos ainda colocando listas, porque vamos aguardar o dia 11 para ver se vai mais gente para Budapeste..
Nossa próxima matéria, a que vai encerrar de vez a nossa cobertura, vai ao ar ainda neste domingo.

Confira aqui as fotos da jornada

(direto do Rio de Janeiro - informações adicionais do Best Swimming, Yes Swim, CBDA e Globo.com)

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