segunda-feira, 24 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Nicholas prateado em dia de quases

Valeu a pena bater os tambores por Nicholas dos Santos (Unisanta). No segundo dia de natação no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, ele comprovou que, com 37 anos, tem lenha para queimar, e foi perfeito na final dos 50 borboleta masculino, para obter a segunda prata seguida em Mundiais. Só Ben Proud (GBR) teve um final melhor para ganhar com 22.75, mas os 22.79 do segundo lugar o fizeram ser o mais velho medalhista da história do certame. O Brasil também poderia ter um bronze, já que Andrii Govorov (UCR), que treina com Arilson Silva, mora no país e era o grande favorito, foi bronze com 22.84. Henrique Martins (Minas) foi o sexto com 23.14, um bom resultado, mesmo com a saída ruim.
Ficou comprovado que a preparação de Nicholas deu resultado. Não à toa, ele foi escolhido pela CBDA para figurar entre os 16 por causa de suas altas chances de medalha, comprovadas hoje! O garoto de Ribeirão Preto já aparecera várias vezes em competições internacionais, e foi ouro e prata nesta prova na piscina curta. Se vê que sim, ele está na sua melhor fase! Que siga assim!

Mas o que também marcou esta etapa foi a sucessão de quase-recordes mundiais. Parece que a ressaca olímpica fez com que as feras mundiais chegassem perto, mas não alcançassem, os recordes mundiais. A começar por Adam Peaty (GBR) nos 100 peito deles, Pela forte semifinal deste domingo, muitos esperavam até que ele superasse a barreira dos 56. Mas não deu: ele fez 57.47. Mesmo assim, ele continua absoluto nesta prova, visto que ele abriu 1 segundo e 32 centésimos de Kevin Cordes (EUA), mesmo ele tendo a melhor filipina. Na prova seguinte, os 100 borboleta feminino, também se esperava WR de Sarah Sjostrom (SUE). Ela veio forte na metade, com 25.67, porém errou a chegada e ficou a 5 reles centésimos dos 55.48 que fizera no Rio. Entretanto, os 55.53 são RC e lhe deram o tetra-campeonato na prova, com louvor, e, além disso, a segunda colocada, Emma McKeon (AUS), chegou 65 centésimos depois.
Outro quase foi de Yuliya Efimova (RUS). Voltando com tudo das acusações de doping, ela deixou a Duna Arena boquiaberta quando, na primeira semifinal dos 100 peito feminino, ela ficou a reles UM CENTÉSIMO dos 1:04.35 que Ruta Meilutyte (LTU) fizera na semifinal da prova em Barcelona, há quatro anos. Ruta, que aliás, está na final com o terceiro tempo, 1:05.06, e entre as duas, 1:04.53 para Lilly King (EUA). Vai ser uma prova impressionante. E nos 100 costas feminino, outra batida na trave, dessa vez por parte de Kylie Masse (CAN). O WR é de 58.12, de Gemma Spofforth (GBR), do tempo dos trajes, de Roma 2009. E segue sendo, por reles 6 CENTÉSIMOS, porque foi com 58.18 que Kylie fez o melhor tempo para a final da prova, nesta terça, abrindo 67 centésimos para Emily Seebohm (AUS).
Nos 100 costas masculino, motivos para o Brasil comemorar também tivemos, com Guilherme Guido (Pinheiros) estreando em finais, o que acontecerá também nesta terça. É dele a sétima vaga, com 53.71. Mas é difícil que o pódio não seja de Xu Jiayu (CHN, 52.44), Ryan Murphy (EUA, 52.95) e Matt Grevers (EUA, 52.97). Talvez Ryosuke Irie (JAP, 53.02) corra por fora. E para terminar, o primeiro motivo de alegria para os anfitriões, que não podia ser outro que não Katinka Hosszu (HUN), a Iron Lady, entre outros apelidos, vitoriosa nos 200 medley feminino. Apesar de não ser aquela com quem nos acostumamos, ela venceu e levou a Duna Arena à loucura, com 2:07.00. A surpresa foi a segunda colocada, Yui Ohashi (JAP), que quase chegou a alcançá-la, mas faltaram 91 centésimos para tal. Infelizmente outra favorita, Sidney Pickrem (CAN), que poderia pegar pódio, acabou abandonando depois de 50 metros, supostamente por ter engolido muito cloro. Mas que isso é raro...
Além das provas que citamos, o terceiro dia de finais terá os 50 peito masculino, 200 livre masculino, 200 borboleta feminino, 200 borboleta e 800 livre masculinos, novamente com expectativas altas para João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e Felipe Lima (Minas/Auburn), eliminados pelos fortes tempos dos 100 peito, e a estreia de Manuella Lyrio (Pinheiros) e Leonardo de Deus (Unisanta). O Brasil tá bem! Vamos melhorar?

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos deste repórter e da transmissão do SporTV)

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