Depois de tanta crise, problemas, dúvidas e maré negra, finalmente a natação brasileira voltou DEFINITIVAMENTE!! Na primeira etapa de finais da natação no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS, no 4 x 100 livre masculino, o Brasil conseguiu a prata mais dourada de toda a nossa história!! Que os Estados Unidos iam ganhar, era claro. O que não se esperava eram tempos fortíssimos de Gabriel Silva Santos, nosso querido Gabigol (Pinheiros, 48.30), Marcelo Chierighini (Pinheiros, 46.85 - se abrisse, era WR), Cesar Cielo (Pinheiros, 48.01) e Bruno Fratus (Internacional/Auburn, 47.18). Enquanto Caeleb Dressel (47.26), Townley Haas (47.46), Blake Pieroni (48.09) e Nathan Adrian (47.25) deram aos EUA 3:10.06, o Brasil ficou com 3:10.34. Um tempo extraordinário, uma medalha comemoradíssima e a certeza de que podemos, e devemos, com investimentos, sermos, sim, uma grande potência na natação. "A gente estava vislumbrando um resultado desses. É difícil ganhar dos EUA. Mesmo eu não estando confrortável nos 100 livre, tive a ajuda do Bruno e do Marcelo. Conversamos e nosso objetivo era esse. Nos superamos e eu sinceramente achei que nunca mais ia subir no pódio. Agora não falta mais nada", disse ELE. E a Duna Arena fez festa com o bronze da Hungria, que teve Dominik Kozma (48.26), Nandor Nemeth (48.04), Peter Holoda (48.48) e Richard Bohus (47.21). A primeira medalha local na jornada mundial. Ah, e no feminino teve até WR, visto que Sarah Sjostrom fez um sensacional 51.71. O primeiro da história. Mas isso não impediu mais um ouro dos USA, com Mallory Comerford (52.59), Kelsi Worrell (53.16), Katie Ledecky (53.83) e Simone Manuel (52.14) cravando 3:31.72.
Nos 100 peito masculino, tem boa e má notícia. Comecemos pela má: não tem Brasil na final. Felipe Lima (Minas/Auburn) fez 59.48 e João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), 59.56. Ambos foram décimo e décimo primeiro, respectivamente. Também pudera, eles estiveram na primeira série, com só dois passando, e a segunda, até pelo sensacional 57.75 de Adam Peaty (GBR), estava forte demais. O oitavo tempo foi logo de 59.24, de Kirlii Progoda (RUS), que teve um final melhor que os brasileiros na primeira série. Isso comprova, e eis a boa notícia, que a prova de 100 peito é a mais forte de todos os tempos: quem não for rápido, perde o lugar. Para compensar, os dois brasileiros dos 50 borboleta vão para a final: Nicholas dos Santos (Unisanta), com 22.84, terceiro tempo, e Henrique Martins (Minas), 23.13, o sexto. O problema é que Caeleb Dressel (EUA) e Andrii Govorov (UCR) vem fortes, com 22.76 e 22.77. Tudo pode mesmo acontecer! E nos 200 medley feminino, bom, aliás, espetacular, tempo de Joanna Maranhão (Unisanta) na semifinal. Faltou até pouco pra final, mas o 2:11.24 foi suficiente para o novo Recorde Sul-Americano e para um bom décimo lugar, provando que Joanna tem muito a nos oferecer. Ah, preciso dizer que, com 2:07.14, o melhor tempo foi de Katinka Hosszu (HUN)? Já disse!
Nas outras provas, tudo conforme o script. Sun Yang (CHN) foi o vitorioso nos 400 livre deles com 3:41.38, deixando para trás Mack Horton (AUS, 3:41.38) e Gabriele Detti (ITA, 3:43.93). O mesmo pódio do Rio 2016, mas com posições trocadas entre ouro e prata. No feminino, Katie Ledecky (EUA) não foi aquela destruidora de recordes com quem nos acostumamos, mas venceu, com 3:58.34 e o novo RC. Já nos 100 borbo feminino, saberemos amanhã quem é prata. O ouro é de Sarah Sjostrom, com certeza. A sueca hoje fez 55.77. Emma McKeon (AUS) sai um pouco na frente desta disputa, com 56.23.
E este foi só o primeiro dia. Amanhã, tem os 100 costas (com Guilherme Guido no masculino), 100 peito feminino, 200 livre masculino e as finais dos 1500 feminino e das provas de hoje. O começo foi bom! Vem mais medalha aí???
(informações do Best Swimming, Yes Swim, CBDA, Globo.com e Swim Channel - fotos do Yes Swim e de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
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