Quando 2017 começou, o clima era de tristeza e incerteza. A natação brasileira estava numa fase de caos. O então presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho, estava envolvido em denúncias e acabou por ser preso, pondo um fim triste a 30 anos de acertos e erros. Foram também presos o então diretor financeiro da confederação, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, e o coordenador técnico do polo aquático, Ricardo Cabral. Outro que foi enjaulado é Ricardo de Moura, braço-direito de Coaracy e que desistiu de se candidatar à eleição da CBDA. Tudo indicava até a não-renovação dos Correios como patrocinador da entidade, o que não aconteceu, felizmente: os Correios ficaram, mas com menor investimento.
Enquanto isso, começava a surgir a melhor Unisanta de todos os tempos: então dispensada do Pinheiros, Joanna Maranhão comandou o time, que trouxe também Carol Bilich, Leonardo de Deus, Thiago Simon, Daiene Dias e Felipe França, mas perdeu, ao longo do ano, Fernanda Carobino e Marcella Nicolau. A primeira parou, enquanto a segunda foi para o Internacional de Regatas, que voltava a ter um time de alto nível, até pela contratação de outro demitido do Azulnegro sem motivos: Bruno Fratus. Enquanto isso, César Cielo, voltando de um ano triste quando foi limado dos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 (o final poderia ser diferente com ele), regressou ao Pinheirão. Ao mesmo tempo, um susto: Larissa Martins Oliveira sofreu um acidente ao voltar de um treino da Marginal Pinheiros. Por sorte, nada de mais grave, mas isso custou sua participação no TROFÉU MARIA LENK e, por conseguinte, no MUNDIAL DE BUDAPESTE.
Enquanto isso, em Santos, num simples Torneio Regional, em pleno dia da mentira, nascia definitivamente uma estrela: Guilherme da Costa (Unisanta), o famoso e popular Cachorrão, que derrubava o recorde sul-americano pela primeira vez com 15:05.23. Recorde que seria abaixado mais vezes e que, no OPEN, no Rio, o tornou o primeiro brasileiro e sul-americano a nadar abaixo de 14, com 14:59.23. Infelizmente uma amidalite o impediu de ir à final em Budapeste, onde ele foi aquém do esperado. Mas em 2019, sem dúvida, ele vai para a final na Coreia.
Aliás, falando do Maria Lenk, foi o torneio que deu um sopro de ressureição para nossa natação. Falar o quê do quase WR de Nicholas dos Santos (Unisanta) nos 50 borboleta, com 22.61? E do excelente 48.11 de Gabriel Silva Santos (Pinheiros), um presente para os 21 anos que naquele dia completava? A disputa entre Fratus e Cielo, vencida pelo primeiro, mas com comemoração também do segundo, que distribuiu autógrafos para a maior lotação da história do evento? E o show que Joanna deu, deixando claro que "velha é o c..." e que ela vai bem mais longe? Simplesmente inesquecível.
Enquanto isso, Miguel Carlos Cagnoni era eleito presidente da CBDA, para a alegria de muitos que viram nele, ex-presidente da Federação Aquática Paulista, uma esperança para que a entidade maior dos esportes aquáticos brasileiros saísse de vez da lama. Mas a FINA, alegando falta de participação das entidades, não o reconheceu como presidente e a CBDA marcaria novas eleições para o próximo dia 20. Marcaria, porque a "oposição", ou melhor, a turma do Coaracy, com a desculpa de que a CBDA desobedeceu seu regimento (aquele que foi modificado recentemente), melou as eleições devido à uma liminar. Ou seja, eles não vão sossegar até que a FINA nos puna..
Enquanto isso, acontecia, em Santos, o PAULISTA JÚNIOR E SÊNIOR DE INVERNO, bem organizado, com muitos bons resultados (Joanna e Cachorrão foram os destaques) e uma intensa disputa entre a Unisanta e o Pinheiros, vencida pelo segundo. Foi um último grande ensaio para o Mundial que viria.
Na maratona aquática, uma surpresa: que Ana Marcela Cunha (Unisanta) teria uma das vagas para Budapeste, era certo, mas todo mundo esperava que Poliana Okimoto lhe fizesse companhia. Mas uma jovem surpreendeu: Viviane Jungblut (GNU) tirou Poliana do páreo e garantiu a segunda vaga. E as duas defenderam bem nosso país, mas Ana deu um show: dois bronzes nos 10 km e 5 km, e o tri nos 25 km, o primeiro em Mundiais da FINA. Agora Ana era uma lenda viva e estava comprovado que o azar no Rio 2016 foi um reles acidente de percurso.
Então, era a vez das piscinas e, de maneira definitiva, exorcizamos o fantasma do Rio 2016 e levamos cinco medalhas para casa: o ouro de Etiene Medeiros (SESI) nos 50 costas, dois anos depois de chegar atrás de Yanhui Fu (CHN) e agora lhe dando o troco por um centésimo, e as pratas de Nicholas, João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e Fratus, além do revezamento 4 x 100 com César, Fratus, Gabriel e Marcelo Chierighini (Pinheiros) que, por pouco, não tirou o ouro dos EUA. E ainda queriam que a gente não visse nossa bandeira subir.
Depois, teve o TROFÉU JOSÉ FINKEL, o primeiro torneio nacional sob a nova direção da CBDA. Quanto à resultados, ok, não foi grande coisa, mas valeu pela festa e pelo alívio de uma nova era. No MUNDIAL JÚNIOR de Indianápolis, um time em entressafra ficou no quase e voltou sem medalhas, mas foi o de menos.
Aí, veio o último quadrimestre e os triunfos de Ana Marcela na Copa do Mundo de Maratona Aquática, que lhe deram o vice geral e o título de Melhor do Mundo nas águas. O título inédito do Curitibano no Brasileiro Infantil. O novo Troféu FAP, com bons resultados. E um inesquecível Open, com vários recordes brasileiros de categoria quebrados, o que enfim foi reconhecido pela CBDA, uma bandeira que eu, Alexandre Pussieldi e muitos defendiam.
Infelizmente, muitos resolveram encerrar suas jornadas nas águas, entre os quais Beatriz Travalon, Cecília Zuppo Zaccarelli, Rafael Governo, Carolina Diamante, e, especialmente, Thiago Pereira e Poliana Okimoto. Sentindo que não seria a mesma que nos deu o bronze no Rio, ela pendurou o maiô e deverá virar treinadora, ao lado de seu marido e braço direito Ricardo Cintra. Já ele não aguento esperar por novas propostas e optou por parar. Farão uma grande falta. Entretanto, outros resolveram respirar novos ares, como Ana Marcela Cunha, que já está se mudando para a África do Sul, além dos agora americanos Brandonn Pierry Almeida, Rodolfo Moreira, Gabriel Cardenes, Juliana Médicis, Caio Pumputis, Letícia Maria Rodrigues e Giulia Fazza Marcon.
E quanto a nós? Simplesmente foi um ano maravilhoso. Cobrimos in loco o Maria Lenk, o José Finkel e os Paulistas de Inverno e de Verão, além de uma nova experiência para este repórter: virar árbitro em três torneios regionais. Inclusive com a presença da elite da natação santista. E fechamos nossa jornada anual com a marca (desde 2015) de quase 95000 visitas, na expectativa das 100000 para o ano.
E assim terminamos o ano de 2017. Um ano em que a natação brasileira ressurgiu e que o nosso site ficou mais forte. Nossa expectativa em 2018 é ir mais longe, e com isso contamos com todos vocês nesta grande jornada pelas águas.
Esta é a última atualização do FamilAquatica em 2017. A todos, este repórter deseja um Natal abençoado e que Deus nos abençoe neste ano de 2018. Voltaremos nos primeiros dias do novo ano, esperando que com novidades positivas. Até lá!!
(editorial e foto-montagem deste repórter)
Enquanto isso, começava a surgir a melhor Unisanta de todos os tempos: então dispensada do Pinheiros, Joanna Maranhão comandou o time, que trouxe também Carol Bilich, Leonardo de Deus, Thiago Simon, Daiene Dias e Felipe França, mas perdeu, ao longo do ano, Fernanda Carobino e Marcella Nicolau. A primeira parou, enquanto a segunda foi para o Internacional de Regatas, que voltava a ter um time de alto nível, até pela contratação de outro demitido do Azulnegro sem motivos: Bruno Fratus. Enquanto isso, César Cielo, voltando de um ano triste quando foi limado dos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 (o final poderia ser diferente com ele), regressou ao Pinheirão. Ao mesmo tempo, um susto: Larissa Martins Oliveira sofreu um acidente ao voltar de um treino da Marginal Pinheiros. Por sorte, nada de mais grave, mas isso custou sua participação no TROFÉU MARIA LENK e, por conseguinte, no MUNDIAL DE BUDAPESTE.
Enquanto isso, em Santos, num simples Torneio Regional, em pleno dia da mentira, nascia definitivamente uma estrela: Guilherme da Costa (Unisanta), o famoso e popular Cachorrão, que derrubava o recorde sul-americano pela primeira vez com 15:05.23. Recorde que seria abaixado mais vezes e que, no OPEN, no Rio, o tornou o primeiro brasileiro e sul-americano a nadar abaixo de 14, com 14:59.23. Infelizmente uma amidalite o impediu de ir à final em Budapeste, onde ele foi aquém do esperado. Mas em 2019, sem dúvida, ele vai para a final na Coreia.
Aliás, falando do Maria Lenk, foi o torneio que deu um sopro de ressureição para nossa natação. Falar o quê do quase WR de Nicholas dos Santos (Unisanta) nos 50 borboleta, com 22.61? E do excelente 48.11 de Gabriel Silva Santos (Pinheiros), um presente para os 21 anos que naquele dia completava? A disputa entre Fratus e Cielo, vencida pelo primeiro, mas com comemoração também do segundo, que distribuiu autógrafos para a maior lotação da história do evento? E o show que Joanna deu, deixando claro que "velha é o c..." e que ela vai bem mais longe? Simplesmente inesquecível.
Enquanto isso, Miguel Carlos Cagnoni era eleito presidente da CBDA, para a alegria de muitos que viram nele, ex-presidente da Federação Aquática Paulista, uma esperança para que a entidade maior dos esportes aquáticos brasileiros saísse de vez da lama. Mas a FINA, alegando falta de participação das entidades, não o reconheceu como presidente e a CBDA marcaria novas eleições para o próximo dia 20. Marcaria, porque a "oposição", ou melhor, a turma do Coaracy, com a desculpa de que a CBDA desobedeceu seu regimento (aquele que foi modificado recentemente), melou as eleições devido à uma liminar. Ou seja, eles não vão sossegar até que a FINA nos puna..
Enquanto isso, acontecia, em Santos, o PAULISTA JÚNIOR E SÊNIOR DE INVERNO, bem organizado, com muitos bons resultados (Joanna e Cachorrão foram os destaques) e uma intensa disputa entre a Unisanta e o Pinheiros, vencida pelo segundo. Foi um último grande ensaio para o Mundial que viria.
Na maratona aquática, uma surpresa: que Ana Marcela Cunha (Unisanta) teria uma das vagas para Budapeste, era certo, mas todo mundo esperava que Poliana Okimoto lhe fizesse companhia. Mas uma jovem surpreendeu: Viviane Jungblut (GNU) tirou Poliana do páreo e garantiu a segunda vaga. E as duas defenderam bem nosso país, mas Ana deu um show: dois bronzes nos 10 km e 5 km, e o tri nos 25 km, o primeiro em Mundiais da FINA. Agora Ana era uma lenda viva e estava comprovado que o azar no Rio 2016 foi um reles acidente de percurso.
Então, era a vez das piscinas e, de maneira definitiva, exorcizamos o fantasma do Rio 2016 e levamos cinco medalhas para casa: o ouro de Etiene Medeiros (SESI) nos 50 costas, dois anos depois de chegar atrás de Yanhui Fu (CHN) e agora lhe dando o troco por um centésimo, e as pratas de Nicholas, João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e Fratus, além do revezamento 4 x 100 com César, Fratus, Gabriel e Marcelo Chierighini (Pinheiros) que, por pouco, não tirou o ouro dos EUA. E ainda queriam que a gente não visse nossa bandeira subir.
Depois, teve o TROFÉU JOSÉ FINKEL, o primeiro torneio nacional sob a nova direção da CBDA. Quanto à resultados, ok, não foi grande coisa, mas valeu pela festa e pelo alívio de uma nova era. No MUNDIAL JÚNIOR de Indianápolis, um time em entressafra ficou no quase e voltou sem medalhas, mas foi o de menos.
Aí, veio o último quadrimestre e os triunfos de Ana Marcela na Copa do Mundo de Maratona Aquática, que lhe deram o vice geral e o título de Melhor do Mundo nas águas. O título inédito do Curitibano no Brasileiro Infantil. O novo Troféu FAP, com bons resultados. E um inesquecível Open, com vários recordes brasileiros de categoria quebrados, o que enfim foi reconhecido pela CBDA, uma bandeira que eu, Alexandre Pussieldi e muitos defendiam.
Infelizmente, muitos resolveram encerrar suas jornadas nas águas, entre os quais Beatriz Travalon, Cecília Zuppo Zaccarelli, Rafael Governo, Carolina Diamante, e, especialmente, Thiago Pereira e Poliana Okimoto. Sentindo que não seria a mesma que nos deu o bronze no Rio, ela pendurou o maiô e deverá virar treinadora, ao lado de seu marido e braço direito Ricardo Cintra. Já ele não aguento esperar por novas propostas e optou por parar. Farão uma grande falta. Entretanto, outros resolveram respirar novos ares, como Ana Marcela Cunha, que já está se mudando para a África do Sul, além dos agora americanos Brandonn Pierry Almeida, Rodolfo Moreira, Gabriel Cardenes, Juliana Médicis, Caio Pumputis, Letícia Maria Rodrigues e Giulia Fazza Marcon.
E quanto a nós? Simplesmente foi um ano maravilhoso. Cobrimos in loco o Maria Lenk, o José Finkel e os Paulistas de Inverno e de Verão, além de uma nova experiência para este repórter: virar árbitro em três torneios regionais. Inclusive com a presença da elite da natação santista. E fechamos nossa jornada anual com a marca (desde 2015) de quase 95000 visitas, na expectativa das 100000 para o ano.
E assim terminamos o ano de 2017. Um ano em que a natação brasileira ressurgiu e que o nosso site ficou mais forte. Nossa expectativa em 2018 é ir mais longe, e com isso contamos com todos vocês nesta grande jornada pelas águas.
Esta é a última atualização do FamilAquatica em 2017. A todos, este repórter deseja um Natal abençoado e que Deus nos abençoe neste ano de 2018. Voltaremos nos primeiros dias do novo ano, esperando que com novidades positivas. Até lá!!
(editorial e foto-montagem deste repórter)
Nenhum comentário:
Postar um comentário