sábado, 21 de abril de 2018

TROFÉU MARIA LENK: Que final foi esse???



Se é isso que vocês queriam para finalizar bem o TROFÉU BRASIL MARIA LENK, taí: tivemos segundo melhor tempo do mundo nos 50 livre, recordes e a apresentação de uma forte seleção no caminho para o PAN PACÍFICO de Tóquio. Um gran finale para uma competição de nível  bem mais alto que 2017.

O grande destaque ficou mesmo para Bruno Fratus (Minas/Florida) nos 50 livre deles. Confirmando o que se esperava do macaense-potiguar, ele fez uma prova perfeita com poucas respiradas e, como recompensa, fez sensacionais 21.35, muito mais que o esperado. Foi seu segundo melhor resultado (atrás do 21.27 do segundo lugar de Budapeste) e ainda este é o segundo melhor tempo do mundo em tal prova, porque Ben Proud (GBR) fizera 21.30 no Commonwealth, em Gold Coast (AUS). Na comemoração, ele citou Teófilo Ferreira, hoje no staff do Minas, para dizer que "essa vida é boa demais", sua catchprase. E a vida ficou melhor também para Pedro Spajari (Pinheiros), que melhorou seu tempo e fez 21.82, mostrando que sim, veio para ficar. A Cesar Cielo (Pinheiros), que já garantiu que não irá ao Pan Pacs, restou a terceira colocação com 22.02.

Pelo lado feminino, dois 24 e duas vagas garantidas: Lorrane Ferreira (Pinheiros), dominante desde o início, conseguiu 24.94, seu melhor tempo ever, para estrear numa seleção brasileira absoluta. Logo atrás, Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), com 24.96, dois centésimos depois. Uma pena que serão somente elas e Viviane Jungblut (GNU) a ir a Tóquio no quesito piscina. O que nos deixa triste e chateado. Que a nova administração faça algo para incentivar mais nossas nadadoras. Há potencial, mas é triste saber que até o Zimbabwe tem uma nadadora marcante, porém o Brasil não.

Outra prova disso: nos 200 peito feminino, ainda estamos atrás das argentinas. Julia Sebastian (ARG/Unisanta) venceu de novo e chegou perto do Recorde Sulamericano que é dela própria: 2:27.29. Pamela Souza (Pinheiros) foi a segunda colocada com 2:28.23, o que é um bom tempo. Mas esperamos renovação no nado peito para muito logo. Entre eles, vitória para Caio Pumputis (Pinheiros/Georgia Tech), sua primeira em Troféu Brasil, com o melhor tempo ever de sua carreira: 2:11.78. No segundo posto, logo de uma disputa espetacular, Raphael Rodrigues (SESI) fez 2:14.46 e venceu Evandro Silva (Minas) por trinta centésimos.

Nos 800 livre, a vitória de Jungblut estava dentro do script, com o tempo de 8:39.58, o que, mesmo não sendo o melhor de seus tempos, lhe deu a tríplice coroa do fundo: 400, 800 e 1500. O que não estava era a terrível atuação de Sharon von Rouwendaal (HOL/Unisanta), justificada por uma lesão nos ombros. Pelo menos conseguiu pontuar, apesar do 9:00.91 da oitava colocação. No 1500, também não houve o recorde sulamericano do Cachorrão Guilherme Costa (Pinheiros/RKF), que, com uma estratégia de ir lento para crescer depois - o que não deu certo, fez 15:03.79. Isso prejudicou também Miguel Leite Valente (Minas), que, com 15:11.57, viu voar sua chance de ir ao Pan Pacs. Se servir de consolo, o tempo do Cachorrão foi o novo Recorde de Campeonato. Mas quem sabe lá no Japão saia mais um sub-14.

Falando em recorde, o Minas, com Gabriel Fantoni, Felipe Lima, Vinícius Lanza (em um sensacional 51.00 de borboleta) e Marco Antônio Júnior, arrancou mais um RC do tempo dos trajes e venceu o 4 x 100 medley deles com 3:33.39, derrotando o Pinheiros de Guilherme Guido, João Luiz Gomes Júnior, Iago Moussalém e Pedro Spajari (que sofreu pelo esgotamento e quase desmaiou) por 61 centésimos. Entre elas, enquanto isso, Malu Pessanha, Jhennifer Alves da Conceição, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira, fez 4:04.83, dominando completamente as ações no reveza.


PLACAR FINAL
Findo o 58º CAMPEONATO BRASILEIRO ABSOLUTO DE NATAÇÃO, desses 58 certames, agora 17 são do Pinheiros. O Azulnegro do Jardim Europa triunfou pela quarta vez seguida no Maria Lenk, com 2565 pontos. O Minas, que largou na frente, ficará mais um ano com as mãos abanando após fazer 2220 pontos. Mesmo desfalcadíssimo com relação a 2017, a Unisanta ainda conseguiu o terceiro lugar com 1237 pontos. Completam o Top-5 o Corinthians (829,5) e o Flamengo (620,50)

Com relação a prêmios individuais, os mais eficientes foram Vivi Jungblut, que deu 130 pontos ao União e Fernando Scheffer, que entregou 176 pontos ao Minas. Já os melhores índices técnicos foram os 50 livre de Fratus e o 30.64 dos 50 peito de Jhennifer.

Na próxima matéria, encerrando definitivamente a nossa cobertura do Troféu Brasil Maria Lenk, lhes divulgaremos os 16 nomes definitivos para o Pan Pacs.

(informações de João Paulo de Castro/CBDA, Swim Channel e Best Swimming - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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