segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

ELES SÃO OS CARAS!



A última semana, em relação a natação brasileira, pode se resumir em dois nomes: Stephan Steverenk (AABB) e Guilherme Cachorrão Costa (Minas/RKF). Eles foram os grandes nomes nacionais dos torneios dos quais tomaram parte. O Holandês Voador foi dominante no BRASILEIRO JUVENIL - TROFÉU CARLOS CAMPOS SOBRINHO e o Cachorro Gigante foi mais dominante ainda no US OPEN.

Em Atlanta, Cachorrão bateu mais um recorde sul-americano, e logo da prova a qual apareceu para o mundo, os 1500 livre. Agora o tempo continental a ser batido é o de 14:55.49, ao invés do 14:59.01 do Open de 2017, na UNIFA, no Rio. Um fecho de ouro para mostrar que, sim, Cachorrão está na onda para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020. "Melhor competição da vida até aqui e devo tudo a esse cara aí (Rogério Karfunkelstein, o seu treinador), que sempre acreditou em mim e me mostrou o que era preciso fazer para alcançar meus objetivos de novo", disse ele em rede social homenageando seu treinador com méritos. Nisso, o Brasil se despede do US OPEN com quatro ouros (três de Cachorrão e um de Bruno Fratus, nos 50 livre) e mais três bronzes (Fernando Scheffer nos 200 livre e Iago Moussalem Amaral nos 100 borboleta). Campanha digna. Aqui estão todos os resultados.

Enquanto isso, encerrado foi o Brasileiro Juvenil com uma vitória inacreditável do Curitibano, que disputou com o Minas o Troféu Carlos Campos Sobrinho. Foi uma diferença de nove pontos. O Jacaré de Curitiba venceu o time campeão do Ranking CBDA com 1695 contra 1686. Mas o destaque foi mesmo o Holandês Voador que quer, talvez, acompanhar Cachorrão em Tóquio. Nos 200 medley Juvenil 1, RBC de 2:04.97 quebrando a marca de Lucas Salatta, 2:06.33. E, por fim, nos 400 livre, prova da qual sequer tinha feito abaixo dos 4 minutos, fez 3:57.03 e bateu a marca de Murilo Sartori (Americana), com 3:59.23. Não podiam ser de outro que não dele os prêmios individuais: índice técnico pelos 1500 livre (830) e eficiência (400 pontos).

Mas não podemos deixar de destacar o feito de Stephanie Balduccini (Paineiras). Ela se tornou nada menos que a primeira nadadora nacional a vencer nos quatro estilos. Vencera os 100 livre (56.00) e os 100 costas (1:04.28). Completou a quadra com os 100 borboleta, com novo RBC de 1:00.58 e os 100 peito, com 1:14.62. Balduccini, logicamente, foi o melhor índice técnico e a mais eficiente do Juvenil 1 também, com 350 pontos. Fenomenais! Todos os resultados estão.

Para fechar esta matéria, vou resumir nas palavras de Alexandre Pussieldi porque natação não é só um esporte: "Gabriel Perseguin (Marina Barra Clube) era o favorito (nos 100 borboleta Juvenil 2) e estava balizado com o melhor tempo nas eliminatórias. Entretanto, em um acidente de aquecimento, o nadador bateu o pé numa barra da piscina de soltura e nadou com sua pernada afetada. Terminou em nono lugar nas eliminatórias com 58.31. Após a prova, foi levado para um hospital onde foi constatada uma luxação e foi necessária a imobilização do local. Perseguin, além de favorito, também era candidato a quebrar o recorde de campeonato. Seria uma grande prova pois Gustavo Saldo do Curitibano venceu e bateu o recorde com 53.81. A marca era de Victor Melo Baganha do ano passado com 53.85. Saldo, sensibilizado com o acidente de Perseguin, pediu para nadar com a sua touca e ao vencer a prova tirou a touca do Curitibano de cima homenageando o colega. Ao final da prova, os dois confraternizaram juntos". Palmas!

(informações do Best Swimming e CBDA - fotos de Rogério Karfunkelstein e Ricardo Sodré/SSPress/CBDA)

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