sábado, 24 de abril de 2021

SELETIVA OLÍMPICA: Bem-vindos, Gonche e Gabriel!



A SELETIVA OLÍMPICA para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020+1 terminou - pelo menos em provas individuais - abaixo do esperado para os apaixonados pela natação. Mas pelo menos tivemos boas notícias: Matheus Gonche (SESI) e Gabriel Silva Santos (Pinheiros) conseguiram carimbar seu passaporte para os Jogos, e ainda houve a confirmação de Bruno Fratus (Minas) em mais uma jornada olímpica. Com isso, 18 são os nomes até agora confirmados.

Comecemos, porém, pelas más notícias: não teremos, pelo que se sabe, representantes femininas nos 50 livre. Lorrane Ferreira (Pinheiros) venceu a prova, mas fez 24.84. Sete centésimos acima do alcançável índice de 24.77, o que decepcionou todos os fãs de natação e a ela própria, que tinha batido na trave em 2016. "Agora o sarrafo subiu, mas eu encarei. Foram cinco anos de muito trabalho, muita persistência, entre altos e baixos. Mas natação é isso. Foi o meu melhor tempo, mas queria abaixar", disse, sob lágrimas.

Na versão masculina, Pedro Spajari (Pinheiros), já garantido pelos 100 livre, não fez o que esperava - ele mesmo o reconheceu - ao parar o cronômetro três centésimos acima do índice: 22.01. Como Fratus já fizera o índice em Mission Viejo ao vencer a prova pela TYR com 21.80, será só ele o representante brasileiro nos 50 livre. "Só uma palavra: frustrado. 2016 eu fiquei fora. E não tenho nem palavras para esse tempo. Estava treinando muito bem, até fazendo força. Não sei o que dizer, apenas pedir desculpas", disse.

Quem também corre o risco de não ir a Tóquio é nosso revezamento 4 x 100 medley feminino, visto que Etiene Medeiros (SESI), Jhennifer Alves (Pinheiros), Giovanna Diamante (Pinheiros) e Larissa Martins Oliveira (Flamengo) fizeram um tempo de 4:04.33. Ficou muito difícil. Já nos 200 costas feminino, o índice de 2:10.39 era difícil e Fernanda Goeij (Curitibano) nadou aquém do esperado, fazendo 2:13.13. "Eu errei na primeira parcial, de 1:05. Não acertei a prova. Daria bem melhor, porque eu sei que podia nadar melhor que isso", disse, sob lágrimas. E nos 800 livre delas, mais uma vitória de Gabrielle Roncatto (Flamengo), com o tempo de 8:39.49, acima demais de 8:33.36.

Chega de tristezas: hora de falar dos 100 borboleta masculino, que teve uma prova de altíssimo nível, onde Gonche teve um final espetacular e fez por merecer conseguir 51.94, dois centésimos abaixo do índice de 51.96, tempo muito comemorado no Parque Aquático, ainda mais por tudo o que sofreu durante a pandemia. "Foi uma preparação muito complicada. Cheguei a ficar cinco meses sem treinar. Mas em Recife, quando fiz o training camp, eu consegui uma base boa para fazer o trabalho que fiz. Não acreditava que ia fazer este índice. Mas tudo foi virando e consegui acreditar", disse, lembrando do quase nos 200.

Com o doping de André Calvelo (Unisanta) divulgado, foi dada uma segunda chance a outro que passou e venceu este pesadelo: Gabriel Silva Santos, que jogou todo esse pesadelo fora ao fazer 48.49 nos 100 livre, em sua tomada de tempo, estando abaixo do 48.57 do índice. Gabigol comemorou: "Acho que esses momentos de pressão eu gosto. A dificuldade faz parte da minha vida, mas não reclamo. Esses problemas Deus manda porque o guerreiro é forte!".

A seletiva propriamente dita terminou, mas ainda faltam as tomadas de tempo nos 4 x 100 livre feminino e 4 x 100 medley misto, na manhã deste domingo. E aí saberemos quem vai de fato para Tóquio.

PS: Nesta segunda, haverá um editorial sobre esta seletiva.

(informações do Best Swimming, Swim Channel, CBDA, SwimSwam e Surto Olímpico - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA e Luiza Celidônio)

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