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domingo, 15 de dezembro de 2024

MUNDIAL DE PISCINA CURTA: Crooks debaixo de 19, e Caribé é prata

 


No MUNDIAL DE PISCINA CURTA que terminou neste domingo, em Budapeste, sinceramente achava eu que não poderíamos ter uma medalha brasileira, decepcionado que estava desde o quase de Guilherme Cachorrão Costa (Unisanta) em Paris. Mas, ledo engano. A natação brasileira ainda tinha tudo para surpreender. A começar pela prata dos 100 livre deste homem da foto, Guilherme Caribé (Flamengo/Tennessee). E ele aprontou de novo na saideira do show.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

MUNDIAL DE PISCINA CURTA: Pumputis é bronze nos 100 medley com final explosivo


E temos mais uma medalha no MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Budapeste, desta vez nos 100 medley, e por parte de Caio Pumputis (Pinheiros). Na prova vencida pela sensação suíça Noe Ponti, ele abocanhou o bronze após um maravilhoso final, após enfrentar cirurgias e problemas físicos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

MUNDIAL DE PISCINA CURTA: Caribé explode e Brasil medalha!

 


E saiu a primeira medalha do Brasil no MUNDIAL DE PISCINA CURTA de Budapeste, que está acontecendo desde a última terça (10). O responsável por nos arrancar um sorriso prateado do rosto foi esse homem da foto, Guilherme Caribé (Flamengo/Tennessee), que, em sua segunda participação, conseguiu nada menos que 45.47, batendo o Recorde Sul-Americano que era de César Cielo: 45.74.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: A M-A-I-O-R!


Não há mais o que ser escrito sobre Ana Marcela Cunha (Unisanta). Aliás, há: a única pentacampeã dos 25 km em Mundiais desde hoje. Coincidentemente no dia em que o penta da Copa do Mundo de futebol obtido no Japão por Ronaldo e cia. faz 20 anos, a baiana, que já estava no panteão de heróis e heroínas do esporte brasileiro, colocou a décima quinta medalha no peito, a quinta de ouro na maior distância, após 5:24:15.0, apenas dois décimos à frente de Lea Boy (ALE) e três de Sharon van Rouwendaal (HOL), que até encostaram no fim, mas Ana foi a mais rápida e tocou o pórtico para a história no Lago Lupa, em Budapeste.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: um final digno para outra medalha de Ana Marcela


Foi realmente um final disputadíssimo, digno de uma prova de 10 km feminina nas águas abertas. Três mulheres com nada mais a provar tentando fazer história. E Sharon van Rouwendaal (HOL) foi a mais veloz entre elas, conseguindo seu primeiro título mundial. E olha que foi na batida de mão. Ana Marcela Cunha (Unisanta) estava um pouco à frente ao metro final, mas foi a terceira a bater no pórtico de chegada, pouco após Leonie Beck (ALE), que até fez pressão também no fim, mas só foi prata.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: fim de jornada na piscina


E a parte da natação no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste foi para os livros, com zebras, novas e velhas estrelas. Tivemos alegrias e decepções. Não só aqui, mas lá fora. Caeleb Dressel (EUA) se mandou mais cedo. Bruno Fratus (sem clube) errou, mas vai se recuperar. Katinka Hosszu (HUN) não foi a dama de ferro que queríamos ver. Mas deu para matar as saudades de um Mundial.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: A hora de perder era mesmo essa, Fratus

"E você vai meter a boca no Bruno Fratus (sem clube) porque ele ficou fora da final dos 50 livre, Flávio". Não, não o farei. O título deste texto diz tudo. Este é apenas o primeiro MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS do ciclo Paris 2024. E Fratus, mesmo com todo favoritismo incontestável, tinha que errar um dia como todos os grandes atletas. Ninguém é perfeito. E o dia dele errar foi hoje, ficando de fora da final dos 50 livre, apesar de ter feito 21.62, seu centésimo 21 ever, mas ficando a três centésimos de Maxime Grosset (FRA), no desempate - eles juntos tinham feito 21.83. O momento errado para Fratus nadar, segundo Patrick Winkler. Ou seja, três centésimos o separaram da final. Duas vezes. Triste, mas a verdade é que campeões aprendem com a derrota. E ele não deixará de ser o grande nadador que é.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: Dressel vazou. Oh, e agora?


A grande bomba do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste foi a repentina saída de Caeleb Dressel (EUA) do supracitado certame, logo após a eliminatória dos 100 livre, ele que tinha ganhado os 50 borboleta. A USA Swimming divulgou nota confirmando que o campeão olímpico pegou avião pra América e não irá tomar parte nem dos 50 livre. Havia até a possibilidade, logo refutada, de doping - e isso poderia mudar a cor da medalha de Nicholas dos Santos (Unisanta). Mas parece que o efeito de sua ausência foi forte demais.

terça-feira, 21 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: Resumindo os três primeiros dias


Já se foram três dias e meio de MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS em Budapeste, e pelo que vi, posso resumir em uma frase: esperava mais. Não sei se pela falta de feras, pelo envelhecimento de algumas ou por gente favorita rodar. Eis algumas visões do que aconteceu na Duna Arena.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: Cobertura diferenciada


Chegou a hora do maior evento do ano, o tão esperado MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS, que vai novamente acontecer na Duna Arena, em Budapeste. Ainda sob a sombra do COVID, pela segunda vez em cinco anos, a capital húngara receberá alguns dos maiores nomes da natação mundial. Digo alguns porque tanto a proibição da Rússia e de Belarus e atletas que resolveram declinar por n razões vão tirar parte do brilho de tal jornada.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

VAI TER: FINA confirma Mundial 2022 em Budapeste

 


Parecia que 2022 ia mesmo passar em brancas nuvens quanto à natação internacional, visto o adiamento do Mundial que era para ser em 2021, em Fukuoka (JAP). Parecia, porque, surpreendentemente, Budapeste (que, junto a Kazan e Doha, tem sido as capitais mundiais da natação) resolveu que vai sediar o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS. Será de 18 de Junho a 3 de Julho.

domingo, 30 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Fim glorioso para uma jornada gloriosa

Que maneira melhor de encerrar um Mundial do que com provas fortes? Pois, neste MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, o gran finale da natação foi inesquecível! Oito grandes finais, vitórias de favoritos e momentos inesquecíveis, que farão este Mundial nos dar saudades.
A começar, claro, pelos 50 peito feminino. Na guerra fria entre Yuliya Efimova (RUS) e Lilly King (EUA), deu King, com direito a WR. Aliás, o segundo ouro, a segunda marca mundial. Hoje ela fez 29.40, ficando oito centésimos abaixo do que Ruta Meilutyte (LTU) fizera em 2013. Efimova, pelo menos figurou no pódio pela quinta vez seguida, com 29.57 e a prata. Já o bronze ficou com Katie Meili (EUA), com 29.99. Parece que acabou o encanto de Ruta.
Nos 50 livre feminino, dessa vez não teve zebra. Sarah Sjostrom (SUE) terminou seu quase perfeito Mundial: quatro provas, três vitórias e só dois centésimos acima do WR que ela fizera na semifinal: 23.69. Aliás, assim como ontem na prova masculina todos abaixo de 22 ficaram, o pódio da prova feminina: foi fortíssimo, o mais forte da história, todas abaixo de 24: Ranomi Kromowidjojo (HOL) bateu o recorde holandês da prova com 23.85, enquanto Simone Manuel (EUA) terminou em terceiro com 23.97, novo recorde americano da prova.
Nos 50 costas masculino, teve despedida épica: Camille Lacourt (FRA), em sua derradeira apresentação como atleta profissional, terminou com o tricampeonato mundial, com 24.35. Foi a única vez que a Marselhesa tocou na Duna Arena. Um fecho perfeito para uma carreira sensacional. Atrás dele, Junya Koga (JAP, 24.51) e Matt Grevers (EUA, 24.56). Nos 1500 livre deles, a dinastia italiana segue. A disputa foi entre Gregorio Paltrinieri (ITA) e Mykhailo Raomanchuk (UCR), este campeão olímpico nos Jogos da Juventude de Nanjing 2014. Ambos ficaram parelhos (e até abaixo do WR) até os 1200 metros. Mas aí, mesmo sem o WR, Paltrinieri disparou e levou a melhor, com 14:35.85, deixando para trás Romanchuk (14:37”14) e Mack Horton (AUS, 14:47.70).
Nos 400 medley masculino, Chase Kalisz (EUA) foi dominante desde o início, nos 4 nados, e faturou com o terceiro melhor tempo da história, 4:05.90. Nas primeiras piscinas, poderia se pensar que vinha aí outra dobradinha japonesa, já que Kosuke Hagino (JAP) largou bem. Mas, no fim, para o delírio local, do peito para o crawl, David Verraszto (HUN) disparou para a prata, 4:08.38. Daiya Seto (JAP) foi o terceiro, com 4:09.14 e Hagino foi só o sexto, com 4:12.65. Se tivesse mais piscina, seria até alcançado por Brandonn Pierry (Corinthians), que estreou em finais com um bom sétimo lugar, 4:13.00. No feminino, faltou pouco para Joanna Maranhão (Unisanta) reaparecer nesta tarde, mas ela fez o seu melhor tempo em Mundiais nesta prova, com 4:41.29 e o décimo primeiro posto. Mas, na final, não se ouviu rigorosamente nada, com o domínio total da Iron Lady, etc., etc., Katinka Hosszu (HUN). Teve novo RC para ela: 4:29.33. A briga mesmo foi pela prata, e Mireia Belmonte (ESP), pelo melhor crawl, obteve tal medalha, com 4:32.17. 71 centésimos depois, veio Sidney Pickrem (CAN), que tinha abandonado a prova dos 200 medley, mas que voltou num bom astral para medalhar.
Terminando com o 4 x 100 medley, em ambos deu EUA. No feminino, teve até WR: Kathleen Baker (58.54), Lilly King (1:04.48), Kelsi Worrell (56.30) e Simone Manuel (52.23) terminaram com 3:51.55, derrubando os 3:52.05 de Londres 2012. Destaque também para Yuliya Efimova, que fez 1:04.03 na sua parcial para ajudar a Rússia a ser prata, com 3:53.38, com a Austrália, logo atrás, com 3:54.29. E, no masculino, Matt Greevers (52.26), Kevin Cordes (58.89), Caeleb Dressel (49.76) e Nathan Adrian (47.00) fizeram tempo melhor que no Rio: 3:27.91. Enquanto o monstro sagrado Dressel fez 49.76,  Adam Peaty (GBR) fez 56.91 no peito, ajudando a Grã-Bretanha a ser prata com 3:28.95 e, pasmem os senhores, Vladmir Morozov (RUS) teve um sensacional 46.69 no livre (um dia esse 46.91 cai oficialmente, Cielo...) e a Rússia foi bronze, com 3:29.76. O Brasil, Guilherme Guido (Pinheiros, 53.53), João Luiz Gomes Jr (Pinheiros, 58.80), Henrique Martins (Minas, 51.12) e Marcelo Chierighini (Pinheiros, 48.08) não foram além do quinto lugar, mas o 3:31.53 foi o melhor tempo sem trajes do Brasil em Mundiais. Mas que poderia ser melhor...
Os nadadores mais eficientes, como não poderia deixar de ser, foram Sjostrom e Dressel. Apesar de batida por Simone Manuel nos 100 livre, os recordes mundiais nesta prova e nos 50 livre a fizeram vencer Katie Ledecky (EUA), mesmo ela tendo os mesmos 18 pontos de índice técnico (cada vitória vale 5). Já Dressel fez 16 e só não ganhou os 50 borboleta, mas de resto, arrebentou. É o grande nome de 2017 e, com certeza, será o nome a ser visto neste ciclo.

PRA TERMINAR...
Gostaria de tomar como minhas as palavras do desabafo de João após a prova do 4 x 100 medley masculino: "Quero agradecer a FINA por ter dado essa honra para a gente de poder ter nadado pela nossa bandeira. Porque seria triste termos vindo para cá representando nosso país e não poder vestir a nossa camisa. Queremos também agradecer à CBDA, na pessoa do presidente Miguel (Carlos Cagnone), por ter feito esse trabalho lindíssimo com a gente em menos de um mês. A gente conseguiu vir para cá com boa estrutura. A equipe está feliz, ainda mais agora que a gente sabe que pode opinar, deixar algum legado para a nova geração que está vindo". O triste é saber que, mesmo com alguém que é gestor e gosta de natação à frente da nossa maior entidade, sabemos que 17 federações estaduais (não falaremos quais, como questão de ética) pediram para a FINA para o Brasil competir sob sua bandeira, sem Hino, sem nada. Triste demais.
O Brasil sai de Budapeste com a cabeça erguida, no décimo lugar do quadro de medalhas. 2 ouros (com Ana Marcela nos 25 km e Etiene nos 50 costas), 4 pratas (4 x 100 livre masculino, Nicholas, João e Fratus) e 2 bronzes (ambos de Ana Marcela, nos 10 e 5 km). E com melhora de tempos, com Joanna Maranhão e Henrique Martins. E mesmo assim, ainda tem gente que não quer que a natação brasileira evolua.
Só cego não vê que sim, estamos de volta. E sim, queremos ser uma potência olímpica. É só todos se unirem. Todos podem, e devem, olhar com mais carinho para a nossa natação. Não queremos que ela apareça esporadicamente na grande mídia. Nós temos medalhas olímpicas, nadadores que fizeram história e nadadores que farão história. O que vale é que nossos atletas podem e devem ir mais longe, com resultados melhores. E estamos ainda no início do ciclo Tóquio 2020. A tragédia que foi o Rio 2016 já está morta e enterrada.
Quem sabe, a partir de agora, a partir até do TROFÉU JOSÉ FINKEL que começa em duas semanas, na Unisanta, em Santos, a gente possa ver que, sim, dá para acreditar. Nós merecemos. Nós podemos.

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

sábado, 29 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Fratus é prata e Dressel, de outro planeta!

O penúltimo dia do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste nos deu mais uma prata com sabor de ouro, dessa vez por parte de Bruno Fratus (Internacional/Auburn). Ele simplesmente esqueceu do ano de pesadelos que foi 2016 para comprovar a ótima fase. Durante a final dos 50 livre deles, ele nadou pau a pau com Caeleb Dressel (EUA). Mas como comprovaremos ainda neste texto, Dressel é mais um que não nasceu neste planeta. Esta foi a primeira de suas três vitórias, o que nunca nenhum nadador conseguira em Mundiais. Ele fez 21.15, agora o segundo melhor tempo da história da prova e o melhor sem trajes, apenas atrás dos 20.91 de Cesar Cielo (Pinheiros). Já Fratus conseguiu 21.27, o melhor tempo sem trajes de um atleta brasileiro. Ben Proud (GBR) completou o pódio, com 21.43, e Cielo foi o oitavo, com 21.87. Sim, todos os oito nadaram abaixo de 22, o que mostra que esta prova foi forte.
"Foi a prova da minha vida e só não ganhei porque o Dressel é muito forte. Deixei para trás o pesadelo de 2016. Quero dedicar esta medalha a todos os meninos e meninas que se perguntam se vale a pena acordar cedo para treinar. Vale! Acredite em você", disse Fratus ao SporTV. Ele ainda reverenciou Cielo: "é,  com certeza, o melhor velocista de todos os tempos. A natação brasileira deve muito a ele". E para a alegria da gente, ELE, Cielo, vai seguir competindo: "cumpri meu objetivo de voltar a uma final. Agora vou ver o que posso fazer daqui para frente. Mas continuarei competindo. Só vou parar quando eu sentir que não dá mais".


Voltando a falar do ET, Caeleb Dressel mostrou ao mundo que é o grande nome deste mundial. 20 minutos depois, ele foi dominante na final dos 100 borboleta deles. Numa prova perfeita, ele deixou a concorrência para trás e ficou a reles quatro centésimos do WR de Michael Phelps: 49.86. Ainda teve Recorde Mundial Júnior para o vice-campeão Kristof Milak (HUN), para o delírio da Duna Arena. Ou seja, vem aí um sucessor para Laszlo Czeh (HUN). O bronze ficou com um perfeito empate entre o campeão olímpico Joseph Schooling (SIN) e James Guy (GBR), ambos com 50.83.
E Dressel ainda pilotou os EUA no revezamento 4 x 100 livre. Ele fez 47.22,  e conseguiu mais um ouro junto a Nathan Adrian (47.49), Mallory Comerford (52.71) e Simone Manuel (52.18). A Holanda fez 3:21.81 e o Canadá, 3:23.55. Final da história: junto com Adam Peaty (GBR), temos dois extraterrestres nesta competição. 
Falando em estrelas do outro planeta, apesar do baque desta sexta, Sarah Sjostrom (SUE) continua sendo espetacular. É dela, a partir de hoje, o WR nos 50 livre feminino. Até sua prova, era de 23.73 a marca maior, de Britta Steffen (ALE). A partir deste sábado, a marca que estará em todos os balizamentos é da sueca. Na segunda semifinal, ela fez 23.67. Se não houver alguma surpresa como nos 100 livre, ela será a melhor desta competição, com dois recordes batidos. Mas olho em Pernille Blume (DIN), Simone Manuel (EUA) e Ranomi Kromowidjojo (HOL).
E Katie Ledecky (EUA), o que aconteceu com ela? Será que cansou? Sentiu o baque da primeira derrota em Mundiais? Ok que ela conseguiu o tricampeonato nos 800 livre, mas muito acima do ideal: 8:12.68. A pior marca desde 2013. Se ela não abrisse muito, poderia até ter sido ultrapassada por Bingjie Li (CHN), que, aos 15 anos, é apontada como a grande sucessora de Ledecky. A chinesa fez 8:15.46, enquanto Leah Smith (EUA) chegou com 8:17.22 para ser bronze. 
E enfim a Austrália ouviu o seu Hino, graças a Emily Seebohm. Foi nos 200 costas delas, quando ela bateu o novo recorde oceânico, com o tempo de 2:05.68, deixando para trás Katinka Hosszu (HUN), com 2:05.87, e Kathleen Baker (EUA), que chegou a liderar nos primeiros 100 metros, mas terminou com 2:06.48. Ainda teve RMJ para Kaylee McKeown (AUS), com 2:06.76.
E neste domingo, acaba o Mundial. Passou rápido demais, mas ainda tem mais. Tem 400 medley, com Joanna Maranhão (Unisanta) e Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), a final dos 50 costas, com a despedida de Camille Lacourt (FRA), que vai na raia 4 com 24.30 - Guilherme Guido (Pinheiros) foi o décimo terceiro com 24.91, os 1500, sem Sun Yang (CHN) - Guilherme Costa (Unisanta) sentiu o nervosismo da estreia e findou com o décimo nono posto com 15:08.09, e a disputa final entre Yuliya Efimova (RUS) e Lilly King (EUA) nos 50 peito, além é claro dos revezamentos 4 x 100 medley, com Brasil no masculino. Um grand finale para uma jornada inesquecível. 

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA) 

sexta-feira, 28 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Deu zebra!!


Sim, senhoras e senhores, a recordista mundial falhou. Todos falhamos. E aconteceu nesta sexta, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, mais precisamente nos 100 livre feminino, a maior zebra da competição até aqui. Não que Simone Manuel (EUA) fosse uma zebra em si, já que ela é campeã olímpica desta prova (ao lado da canadense Penny Oleksiak). Mas todos já davam como certo o ouro de Sarah Sjostrom (SUE), até depois do WR que ela batera no revezamento 4 x 100 livre feminino domingo. Mas, depois de uma grande ida com 24.75, ela simplesmente parou. Administrou até o metro 99, até ser superada, no último, por Manuel, em quatro centésimos: 52.27 x 52.31. Foi tão inacreditável que, na hora do Hino americano, ela chegou a quase chorar. A terceira colocada foi Pernille Blume (DIN), com 52.69.
Mas quando se trata de Caeleb Dressel (EUA), não existem zebras. Duas semifinais perfeitas. Primeiro, nos 50 livre deles, ele fez o agora melhor tempo do ano, com 21.29. Isso, depois de uma saída inigualável. Nesta prova, teremos Bruno Fratus (Internacional/Auburn) e Cesar Cielo (Pinheiros) na final. Fratus foi o terceiro com 21.60, ao lado de Ben Proud (GBR) e Cielo foi o oitavo, com 21.77, eliminando Cameron McEvoy (AUS, 21.81) e Nathan Adrian (EUA, 21.83). Tudo é possível depois do "on your marks". Já nos 100 borboleta, faltou novamente pouco para Dressel ser recordista mundial. Prova perfeita, com final perfeito, 50.07. A final poderia ter tido Henrique Martins (Minas), não tivesse ele feito uma chegada pavorosa depois de uma prova quase perfeita, o que lhe fez terminar em 11º posto, com 51.47. Acontece, Henrique...


Nos 200 peito, só deu Rússia. No feminino, quase WR com Yuliya Efimova. Uma primeira parte conservadora, mas uma segunda explosivíssima, para fechar com 2:19.64. Esta é a segunda vez que Efimova é vitoriosa nesta prova, visto que em Barcelona 2013, ela desbancou Rikke Pedersen (DIN), que acabara de bater o WR. E confirmando que era o dia das zebras, não tem Lilly King (EUA) no pódio. Ela foi a única a passar para 31 segundos nos primeiros 50 metros, mas não aguentou a pressão e foi a quarta, com 2:22.11, atrás de Bethany Galat (EUA, 2:21.77), estreante em pódio internacional, e Jinglin Shi (CHN, 2:21.93), bronze também no RIO 2016. Já no masculino, Anton Chupkov agora é o segundo a nadar abaixo de 2:07, ele que fez 2:06.96, novo RC, seguido de Yasuhiro Koseki (JAP), com 2:07.29 e pelo recordista mundial Ippei Watanabe (JAP), com 2:07;47. Outra vez sua segunda piscina foi bem melhor e por isso, não tomou conhecimento dos japoneses.
Nos 200 costas, na final masculina, novamente deu Rússia, com Recorde Europeu, de Evgeny Rylov: 1:53.61. Isso porque ele, um grande nome nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing, se cansou nas últimas piscinas, mas tinha aberto o suficiente para evitar que Ryan Murphy (EUA, 1:54.21) e Jacob Pebley (EUA, 1:55.06) chegassem nele. Pelo menos teve dobradinha. Na semifinal feminina, ligeira vantagem para Emily Seebohm (AUS), com 2:05.81, Recorde da Oceania, mas prestar atenção também em Kylie Masse (CAN, 2:05.97) e Kathleen Baker (EUA, 2:06.66).
Nas semifinais dos 50 borboleta feminino, Sarah Sjostrom mostrou ter se recuperado do baque de logo cedo e conseguiu o melhor tempo da final, com 25.30, seguida de Kelsi Worrell (EUA, 25.57), vitoriosa da primeira série. Mas, nesta prova, tudo é possível, porque tem Ranomi Kromowidjojo (HOL), Penny Oleksiak e Farida Osman (EGI).
E, enfim, um revezamento não vencido pelos EUA: foi no 4 x 200 masculino, quando, após uma prova disputada entre Rússia, Grã-Bretanha e EUA, os súditos da Rainha levaram a melhor, com Stephen Milne (1:47.25), Nicholas Grainger (1:46.05), Duncan Scott (1:44.60) e, fazendo a mais rápida parcial de todas, James Guy (1:43.80). A Rússia ficou em segundo com 7:02.68 e os EUA, 7:03.18.
Faltam apenas duas etapas, mas neste sábado tem muito mais emoção. Tem os 50 livre feminino (com nossa campeã Etiene Medeiros, do SESI), 50 costas masculino (com Guilherme Guido, do Pinheiros), 50 peito feminino, 4 x 100 misto medley (até Aruba tem time e nós não) e os 1500 livre, quando Guilherme Costa (Unisanta) vai tentar, pelo menos, o 15 baixo. Final é difícil, mas impossíveis não existem para o nosso amigo. Então, vale torcer muito mais!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos de Petr David Josek/AP e Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

quinta-feira, 27 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Sem palavras, Etiene!!



Simplesmente não temos mais o que dizer sobre Etiene Pires Medeiros (SESI). Ela, em Doha 2014, fora a primeira brasileira campeã mundial em piscina curta e primeira campeã mundial num evento FINA. Em Kazan 2015, fora prata nos 50 costas e assim se tornou a primeira brasileira medalhista na piscina longa. No Rio 2016, finalista foi dos 50 livre. E agora, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, ela está definitivamente na história. É a PRIMEIRA BRASILEIRA CAMPEÃ MUNDIAL EM PISCINA LONGA nos 50 costas, com direito a novo recorde das Américas: 27.14. E tem mais: em cima justamente da algoz de 2015, Yanhui Fu (CHN), que ficou com 27.15. Ou seja, Etiene faturou por UM RELES CENTÉSIMO! Quer emoção maior? Ainda tivemos recorde europeu, com Alexsandra Herasimenia (BLR) cravando 27.23 para ser bronze.
O resultado coroa uma história de lutas dessa guerreira recifense que completou 26 anos dia 24 de Maio. E que apareceu para o mundo no Nikita/SESI, o mesmo clube que revelara a conterrânea Joanna Maranhão (Unisanta). E em 2008, foi prata no Mundial Júnior do México, nos 50 costas. E de pouquinho em pouquinho, evoluiu. Em 2013, ela chegou perto do pódio, apenas três centésimos, e o resto foi história. Uma história gloriosa, medalhada, e que merece todas as homenagens. 
VALEU, ETIENE, O BRASIL TE ABRAÇA!!


JÁ NAS OUTRAS PROVAS...
Nos 100 livre deles, pela primeira vez desde Anthony Ervin (EUA), em Fukuoka 2001, deu EUA. Caeleb Dressel finalmente conseguiu um resultado condizente com o que se esperava desde os recordes mundiais nas jardas, vencendo a prova de ponta a ponta e terminando com 47.17, recorde norte-americano e sétimo melhor tempo da história na prova. A dobradinha americana foi completa com Nathan Adrian, que fez 47.87, enquanto Mehdy Metella (FRA), que largara na raia 4, foi o terceiro, com 47.89. Nosso representante, Marcelo Chierighini (Pinheiros), foi o quinto, mas melhorou, terminando com 48.11, ao lado de Duncan Scott (GBR). E depois da semifinal feminina, difícil saber quem será a prata. O ouro será, de fato, de Sarah Sjostrom (SUE), que fez 52.44. A outra disputa vai ser entre Simone Manuel (EUA, 52.69, RA), Mallory Comerford (EUA, 52.85), Pernille Blume (DIN, 52.99) e Penny Oleksiak (CAN, 53.05). Na eliminatória, a hoje aniversariante Manuella Lyrio (Pinheiros) ficou apenas com o 22º posto, após fazer 55.22.
Nos 200 medley deles, confirmou-se o que Djan Madruga sempre diz: o peito decide. E foi o de Chase Kalisz (EUA) que decidiu sua vitória e seu título. A parcial de 32.67 foi suficiente para seu título, com tempo total de 1:55.56. Kosuke Hagino (JAP) liderou os 100 primeiros metros, mas se contentou com a prata mesmo com melhor crawl (28.18): 1:56.01. Completou o pódio Shun Wang (CHN), com 1:56.28, repetindo a medalha do RIO 2016. Já nos 200 borboleta delas, Katinka Hosszu (HUN) até começou na frente na primeira piscina, mas o final de Mireia Belmonte (ESP) é impressionante. Dos 100 para os 200, a espanhola foi ferrenha, e faturou com 2:05.26, seguida da alemã Franziska Hentke, que chegou 13 centésimos depois, para estrear em pódio nos Mundiais. À Iron Lady, coube o bronze, com 2:06.02.
Na semifinal dos 200 costas masculino, Xu Jiayu (CHN) mostrou ter a melhor saída da atualidade. Disparou e foi o mais rápido, com 1:54.79, seguido de Ryan Murphy (EUA, 1:54.93), Evgeny Rylov (RUS, 1:54.96) e pelo agora recordista mundial júnior Kliment Kolesnikov (RUS, 1:55.15). É a primeira vez que falo dele nestas linhas, e com certeza não será a última. Leonardo de Deus (Unisanta), que dissera não estar bem pela manhã, novamente foi aquém do esperado e terminou na 11ª posição, com 1:57.89.
Nas semis dos 200 peito, só deu Rússia. No masculino, Anton Chupkov deixou o recordista mundial Ippei Watanabe (JAP) para trás por 30 centésimos: 2:07.14 x 2:07.44. Thiago Simon (Unisanta) ficara nas eliminatórias com 2:14.23, 26º posto. Já no feminino, Yuliya Efimova continua tendo o melhor final de todas: de oitavo nos 100 metros, venceu os 200 fazendo excepcionais 2:21.49, seguida de Bethany Galat (EUA) - outra de quem falo pela primeira vez, com 2:21.86 e de Taylor McKeown (AUS), com 2:22.10.
Por fim, no revezamento 4 x 200 feminino, Katie Ledecky (EUA) voltou a ser Katie Ledecky. Foi dela o melhor parcial (1:54.02) na vitória dos EUA com 7:43.39, tendo a companhia de Leah Smith (1:55.97), Mallory Comerford (1:56.92) e Melanie Margalis (1:56.48). Se ela tivesse repetido esse tempo ontem, continuaria invicta. A China veio logo atrás, com 7:44.96 e a Austrália completou o pódio com 7:48.51.
Amanhã temos mais motivos para vibração, porque Cesar Cielo (Pinheiros) e Bruno Fratus (Internacional/Auburn) estreiam nos 50 livre e Henrique Martins (Minas) volta nos 100 borboleta. Mas ainda temos os 50 borboleta, 200 costas e 800 livre femininos, com expectativa de recordes de Sjostrom e Ledecky, além do revezamento 4 x 200 masculino. E temos certeza de que vem aí mais triunfos para a natação brasileira e mais recordes para as feras mundiais!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - foto da transmissão do SporTV e de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: João, o campeão dos humanos!


Vamos deixar os extraterrestres de lado. Entre os humanos, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, nos 50 peito masculino, o melhor é um brasileiro. Representante da categoria ET, Adam Peaty (GBR) ficou a quatro centésimos de seu recorde mundial, com 25.99, nadando abaixo do 26 pela segunda vez. Mas, entre os, vá lá, normais, o "vencedor" foi João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), com um final impressionante e a quebra de seu recorde sul-americano (e do continente), com 26.52. Mais uma medalha de prata com sabor de ouro para o Brasil. Até mesmo porque João foi um guerreiro durante sua vida inteira. Para pagar seus treinos de natação no Espírito Santo, ele chegou a ser garçom, webdesigner e salva-vidas. Um verdadeiro lutador, superando a tudo para este grande momento. E Felipe Lima (Minas/Auburn) só não completou a dobradinha por 18 centésimos, já que Cameron van der Bergh (AFS) fez 26.60 e Lima, 26.78. Mas também merece as nossas reverências!


Assim também como Etiene Medeiros (SESI). Que voltou a tocar no WR dos 50 costas feminino, (que é de 27.05 de Jing Zhao) durante sua semifinal, e tem tudo para novamente medalhar nesta prova. Qualquer cor serve. Mas os 27.18 que agora são o Recorde das Américas já nos deixam cheios de expectativas para ouvirmos nosso Hino Nacional na Duna Arena. Ficar, porém, de olho na campeã mundial Yanhui Fu (CHN), que ficou a um centésimo da pernambucana. Mas ainda temos Holly Barratt (AUS), Alexandra Herasimenia (BLR), Kathleen Baker (EUA) e Georgia Davies (GBR) na disputa. Então, é torcer muito. Etiene está merecendo.
Quem saiu da categoria de invictos foi Katie Ledecky (EUA). Depois de 12 vitórias seguidas, ela foi derrubada na final dos 200 livre feminino por uma veterana: Federica Pellegrini (ITA), que, quero fazer minhas as palavras de Alex Pussieldi, poderia rebatizar sua prova como 200 metros Pellegrini, por ter 7 pódios consecutivos, títulos mundial de longa, curta, olímpica, e etc. Também, com um final incrível, não teria como superá-la. Restou à Ledecky a "humilhação" de ter dividido a medalha de prata com Emma McKeon (AUS), que dominara a prova até os 150 metros, ambas com 1:55.18. A primeira derrota, inesquecível, para uma nadadora que ainda é top. Mas será o sinal de uma mudança??
Nos 200 borboleta masculino, expectativa alta pelos húngaros, mas Chad Le Clos (AFS) mostrou que quem é rei nunca perde a majestade, fazendo uma prova perfeita e evitando o ouro de Laszlo Cseh (HUN). No fim das contas, 1:53.33 para Le Clos e 1:53.72 para Cseh, que em oito mundiais seguidos, medalhou pelo menos uma prova, mostrando ser fora de série independente da posição. Assim como nos 50 peito, a dobradinha não se repetiu pelo lado húngaro porque Daiya Seto (JAP) foi bronze com 1:54.21 e Tamas Kenderezi (HUN) ficou fora do pódio por 52 centésimos. Mas a torcida vibrou ainda assim.
Nos 800 livre masculino, não deu para Sun Yang (CHN), outro que estava naqueles dias que de noite é assim mesmo. No pódio, dois italianos, um polonês. Pela ordem: Gabriele Detti (ITA, 7:40.77), Wojciech Wojdak (POL, 7:41.73) e Gregorio Paltrinieri (ITA, 7:42.44), este que liderou a prova até o final. Ao chinês, restou o quinto lugar, com 7:48.87.
Voltando a falar de brasileiros, nos 100 livre masculino, Marcelo Chierighini (Pinheiros) teve sorte. Uma péssima virada quase o tirou da final, depois de dominar a primeira parte da primeira semifinal. Ele foi o quarto na série e oitavo no geral, com 48.31. Os melhores tempos, abaixo de 48, foram de Mehdy Metella (FRA, 47.65), Caeleb Dressel (EUA, 47.66), Nathan Adrian (EUA, 47.85), Cameron McEvoy (AUS, 47.95) e Jack Cartwright (AUS, 47.97). Gabriel Silva Santos (Pinheiros) terminou com o 14º posto, com 48.72. É só melhorar a virada que vem medalha.
Nas outras provas, tudo dentro do script. Nas semis do 200 borboleta feminino, a alemã Franziska Hentke vai para a raia 4 após fazer 2:06.29, à frente de Zhou Yilin (CHN, 2:06.63) e Mireia Belmonte (ESP, 2:06.71), e RMJ tivemos para Hayiang Qin (CHN), oitavo posto da final com 1:57.81. E nas dos 200 medley masculino, vai ficar tudo entre Chase Kalisz (EUA, 1:55.88) e Kosuke Hagino (JAP, 1:56.04). Mas não descartaria Daiya Seto, que foi o quinto na semi com 1:56.92.
Terminando a história, tivemos mais um WR norte-americano, desta vez no 4x100 medley misto. Matt Grevers (52.32), Lilly King (1:04.15), Caeleb Dressel (49.92, parceial forte) e Simone Manuel (52.17) levaram os EUA ao ponto alto depois de 3:38.56, três segundos à frente da Austrália praticamente,  esta que fez recorde da Oceania com 3:41.21.
Esperemos que nesta quinta, tenhamos mais motivos para celebração. Teremos as eliminatórias dos 100 livre, com Manuella Lyrio (Pinheiros) como nossa representante, 200 peito feminino e masculino, e 200 costas masculino. Metade do caminho já foi, mas só de termos três pratas depois de tudo que aconteceu à natação brasileira neste ano, já nos deu felicidade!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos de Satiro Sodré/SSPress/CBDA e Yes Swim)

terça-feira, 25 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Abriu a porteira dos Recordes!



Se a segunda foi o dia do quase, a terça foi o dia do foi! A terceira etapa de finais do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS DE BUDAPESTE teve recordes estratosféricos e também motivo de festas para a Duna Arena, numa das etapas mais fortes de todos os Mundiais.
A começar pelo feroz, férreo, ferrabraz, fervoroso, ferro puro, ferrenho Adam Peaty (GBR), a fera que ferve e referve no nado peito, erguendo a cabeça acima do peitoral como se desse pulos de gato. E com essas qualidades, só podia ser ele o primeiro homem a nadar abaixo dos 26 na semifinal dos 50 peito masculino. Com inacreditáveis e inigualáveis 25.95, tempo que derrubou os 26.10 que ele fizera pela manhã, ele comprova o que dissemos mais cedo: ele não é deste planeta. Não, mesmo. Logo atrás, Felipe Lima (Minas/Auburn), com ótimos 26.68, um centésimo acima do Recorde Sul-Americano, de João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), feito logo cedo. João que, aliás, vai à final com o sexto tempo, com 26.86. A saída dele foi ruim, mas se melhorar...
Na prova seguinte, os 100 costas feminino, Kylie Masse (CAN) conseguiu o que almejava desde ontem: acabar com o WR mais antigo da natação até agora, que em três dias ia completar oito anos, de Gemma Spoffort (ALE), com 58.12. Doravante, nos balizamentos mundiais, estarão os seus 58.10. É a primeira vitória canadense no Mundial. A completar o pódio, Kathleen Baker (EUA), com 58.58 e Emily Seebohm (AUS), a então campeã, um centésimo depois.
Já na derradeira e mais esperada prova do dia, os 100 peito feminino, todos esperavam uma disputa grandiosa entre Lilly King (EUA), Yuliya Efimova (RUS) e Ruta Meilutyte (LTU). Até que a primeira piscina foi indefinida, mas na volta, King foi suprema e soberana, deixando para trás a concorrência e a linha do WR. Antes, a marca era de Meilutyte, 1:04.35. Agora, a marca é de Lilly: 1:04.13. Uma marca fortíssima! Katie Meili (EUA) veio de penetra para ser segunda colocada, com 1:05.03, e Efimova veio dois centésimos depois. Já Ruta ficou fora do pódio por 60 centésimos. Acabou o encanto?
Nas outras provas, disputas fortes e finais fortes. Na final dos 200 livre deles, Sun Yang (CHN), com uma piscina final sensacional, levou com 1;44.39, o segundo ouro do campeão olímpico, que teve atrás Townley Haas (EUA, 1:45.04) e o local Aleksandr Krasnykh (1:45.23). Sim, amigos, James Guy (GBR), campeão mundial, não logrou o pódio. Na semifinal da versão feminina, Katie Ledecky (EUA) mostrou que nunca se cansa e fez 1:54.69, para ser a mais rápida. Ela que tinha acabado de ganhar os 1500 livre, não com recorde, mas com bom tempo, 15:31.82, seis segundos acima do WR da própria, agora a mulher com o maior número de medalhas de ouro em Mundiais. Mireia Belmonte (ESP), mesmo com um corpo de distância, fez 15:50.89. Simona Quadarella (ITA) foi a terceira com 15:53.86.
Na final dos 100 costas masculino, Xu Jiayu (CHN) até começou abaixo do WR, mas no fim quase foi encaixotado por Matt Grevers (EUA) e Ryan Murphy (EUA). Ganhou, mas na bacia das almas, com 52.44, contra 52.48 de Matt e 52.59 de Ryan. Guilherme Guido (Pinheiros) foi o sétimo, mas melhorou o seu tempo e fez 53.66. O mesmo não se pode dizer de Leonardo de Deus (Unisanta), na semifinal dos 200 borboleta deles, que fez 1:56.85, tempo pior que nas eliminatórias, sétimo na sua série e 14º no geral. O tempo mais rápido foi de Daiya Seto (JAP), com 1:54.03 na semifinal 1, seguido do ídolo local Laszlo Cséh, com 1:54.22, e do também húngaro Tamas Kenderesi, com 1:54.98.
E depois de um dia forte, só nos resta esperar pela quarta-feira. Começam as provas que a gente espera: os 50 costas feminino, com Etiene Medeiros (SESI), 100 livre masculino, com Marcelo Chierighini e Gabriel Silva Santos (ambos do Pinheiros), 200 medley deles, com Thiago Simon (Unisanta) e mais os 200 borboleta delas, com Joanna Maranhão (Unisanta) e o revezamento 4 x 100 medley misto, sem representantes nossos, mas com emoção de sobra. Esperemos que a porteira dos recordes siga aberta!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: De que planeta veio Adam Peaty?

Adam Peaty (GBR) definitivamente não é deste planeta. Isto foi comprovado na sessão da manhã do terceiro dia de natação do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS DE BUDAPESTE, quando, mais uma vez, o melhor peitista da atualidade (e me arrisco a dizer, de todos os tempos), mostrou a que veio. Foi nas fase eliminatória dos 50 peito masculino, quando, mesmo saindo mal, fuzilou o antigo recorde de 26.42 para fazer 26.10. Aumenta a possibilidade, inclusive, de um 25 alto já nesta tarde, pela semifinal. Realmente esse homem é um monstro! Outro recorde foi sul-americano, da parte de João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), com 26.67. Entre os dois, com 26.54, está Cameron Van Der Bergh (AFS), este que não competiu nos 100 peito. Já Felipe Lima (Minas/Auburn) também está na parada, com o sexto tempo, de 26.93. O problema é que ele vai para a primeira série semifinal e já sabemos no que deu...
Outro brasileiro a avançar foi Leonardo de Deus (Unisanta), com 1:56.71, e o décimo sexto tempo dos 200 borboleta masculino. Se ele repetisse os 1:54.91 do MARIA LENK do Rio, seria o terceiro. Seria estratégia?? O mais rápido foi Laszlo Cseh (HUN), para o delírio da Duna Arena, com 1:54.08.
Nos 200 livre, única prova feminina da manhã, Federica Pellegrini (ITA) foi a mais veloz da eliminatória, com 1:56.07, seguida de Katie Ledecky (EUA, 1:56.27), Katinka Hosszu (HUN, 1:56.43) e Emma McKeon (AUS, 1:56.61), o que indica que vem aí uma prova forte. Já Manuella Lyrio (Pinheiros) passou perto das semifinais, tendo feito 1:59.24, a 58 centésimos da holandesa Robin Neumann, tempo este que lhe deu o 19º posto. Foi por pouco.
Nos 800 livre, sem brasileiros, o mais rápido, claro, foi Gregorio Paltrinieri (ITA), com 7:45.31, seguido de Sun Yang (CHN), com 7:46.39. Bom tempo para ambos, mas nesta quarta saberemos quem vai ganhar este duelo.
A etapa da noite (ou tarde aqui) começa ao 12:30 pelo horário de Brasília. Poucas são as chances de medalha para Guilherme Guido (Pinheiros) nos 100 costas, mas o importante é que ainda temos muitos motivos para cruzar os dedos.

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - foto da Reuters)

segunda-feira, 24 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Nicholas prateado em dia de quases

Valeu a pena bater os tambores por Nicholas dos Santos (Unisanta). No segundo dia de natação no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, ele comprovou que, com 37 anos, tem lenha para queimar, e foi perfeito na final dos 50 borboleta masculino, para obter a segunda prata seguida em Mundiais. Só Ben Proud (GBR) teve um final melhor para ganhar com 22.75, mas os 22.79 do segundo lugar o fizeram ser o mais velho medalhista da história do certame. O Brasil também poderia ter um bronze, já que Andrii Govorov (UCR), que treina com Arilson Silva, mora no país e era o grande favorito, foi bronze com 22.84. Henrique Martins (Minas) foi o sexto com 23.14, um bom resultado, mesmo com a saída ruim.
Ficou comprovado que a preparação de Nicholas deu resultado. Não à toa, ele foi escolhido pela CBDA para figurar entre os 16 por causa de suas altas chances de medalha, comprovadas hoje! O garoto de Ribeirão Preto já aparecera várias vezes em competições internacionais, e foi ouro e prata nesta prova na piscina curta. Se vê que sim, ele está na sua melhor fase! Que siga assim!

Mas o que também marcou esta etapa foi a sucessão de quase-recordes mundiais. Parece que a ressaca olímpica fez com que as feras mundiais chegassem perto, mas não alcançassem, os recordes mundiais. A começar por Adam Peaty (GBR) nos 100 peito deles, Pela forte semifinal deste domingo, muitos esperavam até que ele superasse a barreira dos 56. Mas não deu: ele fez 57.47. Mesmo assim, ele continua absoluto nesta prova, visto que ele abriu 1 segundo e 32 centésimos de Kevin Cordes (EUA), mesmo ele tendo a melhor filipina. Na prova seguinte, os 100 borboleta feminino, também se esperava WR de Sarah Sjostrom (SUE). Ela veio forte na metade, com 25.67, porém errou a chegada e ficou a 5 reles centésimos dos 55.48 que fizera no Rio. Entretanto, os 55.53 são RC e lhe deram o tetra-campeonato na prova, com louvor, e, além disso, a segunda colocada, Emma McKeon (AUS), chegou 65 centésimos depois.
Outro quase foi de Yuliya Efimova (RUS). Voltando com tudo das acusações de doping, ela deixou a Duna Arena boquiaberta quando, na primeira semifinal dos 100 peito feminino, ela ficou a reles UM CENTÉSIMO dos 1:04.35 que Ruta Meilutyte (LTU) fizera na semifinal da prova em Barcelona, há quatro anos. Ruta, que aliás, está na final com o terceiro tempo, 1:05.06, e entre as duas, 1:04.53 para Lilly King (EUA). Vai ser uma prova impressionante. E nos 100 costas feminino, outra batida na trave, dessa vez por parte de Kylie Masse (CAN). O WR é de 58.12, de Gemma Spofforth (GBR), do tempo dos trajes, de Roma 2009. E segue sendo, por reles 6 CENTÉSIMOS, porque foi com 58.18 que Kylie fez o melhor tempo para a final da prova, nesta terça, abrindo 67 centésimos para Emily Seebohm (AUS).
Nos 100 costas masculino, motivos para o Brasil comemorar também tivemos, com Guilherme Guido (Pinheiros) estreando em finais, o que acontecerá também nesta terça. É dele a sétima vaga, com 53.71. Mas é difícil que o pódio não seja de Xu Jiayu (CHN, 52.44), Ryan Murphy (EUA, 52.95) e Matt Grevers (EUA, 52.97). Talvez Ryosuke Irie (JAP, 53.02) corra por fora. E para terminar, o primeiro motivo de alegria para os anfitriões, que não podia ser outro que não Katinka Hosszu (HUN), a Iron Lady, entre outros apelidos, vitoriosa nos 200 medley feminino. Apesar de não ser aquela com quem nos acostumamos, ela venceu e levou a Duna Arena à loucura, com 2:07.00. A surpresa foi a segunda colocada, Yui Ohashi (JAP), que quase chegou a alcançá-la, mas faltaram 91 centésimos para tal. Infelizmente outra favorita, Sidney Pickrem (CAN), que poderia pegar pódio, acabou abandonando depois de 50 metros, supostamente por ter engolido muito cloro. Mas que isso é raro...
Além das provas que citamos, o terceiro dia de finais terá os 50 peito masculino, 200 livre masculino, 200 borboleta feminino, 200 borboleta e 800 livre masculinos, novamente com expectativas altas para João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) e Felipe Lima (Minas/Auburn), eliminados pelos fortes tempos dos 100 peito, e a estreia de Manuella Lyrio (Pinheiros) e Leonardo de Deus (Unisanta). O Brasil tá bem! Vamos melhorar?

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - fotos deste repórter e da transmissão do SporTV)

domingo, 23 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: GIGANTES PELA PRÓPRIA NATUREZA!!!



Depois de tanta crise, problemas, dúvidas e maré negra, finalmente a natação brasileira voltou DEFINITIVAMENTE!! Na primeira etapa de finais da natação no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS, no 4 x 100 livre masculino, o Brasil conseguiu a prata mais dourada de toda a nossa história!! Que os Estados Unidos iam ganhar, era claro. O que não se esperava eram tempos fortíssimos de Gabriel Silva Santos, nosso querido Gabigol (Pinheiros, 48.30), Marcelo Chierighini (Pinheiros, 46.85 - se abrisse, era WR), Cesar Cielo (Pinheiros, 48.01) e Bruno Fratus (Internacional/Auburn, 47.18). Enquanto Caeleb Dressel (47.26), Townley Haas (47.46), Blake Pieroni (48.09) e Nathan Adrian (47.25) deram aos EUA 3:10.06, o Brasil ficou com 3:10.34. Um tempo extraordinário, uma medalha comemoradíssima e a certeza de que podemos, e devemos, com investimentos, sermos, sim, uma grande potência na natação. "A gente estava vislumbrando um resultado desses. É difícil ganhar dos EUA. Mesmo eu não estando confrortável nos 100 livre, tive a ajuda do Bruno e do Marcelo. Conversamos e nosso objetivo era esse. Nos superamos e eu sinceramente achei que nunca mais ia subir no pódio. Agora não falta mais nada", disse ELE. E a Duna Arena fez festa com o bronze da Hungria, que teve Dominik Kozma (48.26), Nandor Nemeth (48.04), Peter Holoda (48.48) e Richard Bohus (47.21). A primeira medalha local na jornada mundial. Ah, e no feminino teve até WR, visto que Sarah Sjostrom fez um sensacional 51.71. O primeiro da história. Mas isso não impediu mais um ouro dos USA, com Mallory Comerford (52.59), Kelsi Worrell (53.16), Katie Ledecky (53.83) e Simone Manuel (52.14) cravando 3:31.72.


Nos 100 peito masculino, tem boa e má notícia. Comecemos pela má: não tem Brasil na final. Felipe Lima (Minas/Auburn) fez 59.48 e João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), 59.56. Ambos foram décimo e décimo primeiro, respectivamente. Também pudera, eles estiveram na primeira série, com só dois passando, e a segunda, até pelo sensacional 57.75 de Adam Peaty (GBR), estava forte demais. O oitavo tempo foi logo de 59.24, de Kirlii Progoda (RUS), que teve um final melhor que os brasileiros na primeira série. Isso comprova, e eis a boa notícia, que a prova de 100 peito é a mais forte de todos os tempos: quem não for rápido, perde o lugar. Para compensar, os dois brasileiros dos 50 borboleta vão para a final: Nicholas dos Santos (Unisanta), com 22.84, terceiro tempo, e Henrique Martins (Minas), 23.13, o sexto. O problema é que Caeleb Dressel (EUA) e Andrii Govorov (UCR) vem fortes, com 22.76 e 22.77. Tudo pode mesmo acontecer! E nos 200 medley feminino, bom, aliás, espetacular, tempo de Joanna Maranhão (Unisanta) na semifinal. Faltou até pouco pra final, mas o 2:11.24 foi suficiente para o novo Recorde Sul-Americano e para um bom décimo lugar, provando que Joanna tem muito a nos oferecer. Ah, preciso dizer que, com 2:07.14, o melhor tempo foi de Katinka Hosszu (HUN)? Já disse!
Nas outras provas, tudo conforme o script. Sun Yang (CHN) foi o vitorioso nos 400 livre deles com 3:41.38, deixando para trás Mack Horton (AUS, 3:41.38) e Gabriele Detti (ITA, 3:43.93). O mesmo pódio do Rio 2016, mas com posições trocadas entre ouro e prata. No feminino, Katie Ledecky (EUA) não foi aquela destruidora de recordes com quem nos acostumamos, mas venceu, com 3:58.34 e o novo RC. Já nos 100 borbo feminino, saberemos amanhã quem é prata. O ouro é de Sarah Sjostrom, com certeza. A sueca hoje fez 55.77. Emma McKeon (AUS) sai um pouco na frente desta disputa, com 56.23.
E este foi só o primeiro dia. Amanhã, tem os 100 costas (com Guilherme Guido no masculino), 100 peito feminino, 200 livre masculino e as finais dos 1500 feminino e das provas de hoje. O começo foi bom! Vem mais medalha aí???

(informações do Best Swimming, Yes Swim, CBDA, Globo.com e Swim Channel - fotos do Yes Swim e de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)