KAZAN 2015: Ué, cadê o Sun Yang??

Acabou o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS) e a última coisa que poderia acontecer era treta. Mas aconteceu, e logo com aquele que foi eleito o maior nome masculino da natação nesta competição: Sun Yang (CHN). Era esperada sua presença e mais um ouro nos 1500 livre. Mas eis que a raia 3, onde ele estava, rigorosamente não tinha NINGUÉM. Ele não veio e a jornada perdeu a graça. Depois, o site SwimSwam esclareceu: houve uma confusão entre ele e uma nadadora brasileira, que o GloboEsporte.com revelou ser Larissa Martins Oliveira (Pinheiros). Alberto Silva, head coach brasileiro, esclareceu: "ao passar por cima dessa nadadora hoje pela manhã, dessa vez o chinês não saiu ileso e recebeu uma cotovelada de volta. E começou a acontecer um bate-boca, que depois incluiu o treinador da nadadora para defende-la". Sun Yang se recusou a fazer qualquer comentário, e bem assim Larissa, mas se comprova a fama de brigão do chinês, que mesmo assim ainda recebeu o prêmio de Best Male Swimmer, com muitos "I'm Sorry" para Julio Magliocca, presidente da FINA. Quem se aproveitou foi Gregorio Paltrinieri (ITA), vitorioso com 14:39.67, seguido de Conor Jaeger (EUA) e Ryan Cochrane (CAN). Essa história do Yang vai longe.
Tirando esta polêmica, tivemos um final de altíssimo nível com vitórias, nos 50 costas, de Camille Lacourt (FRA), 24.23, melhor tempo do ano; de (surpresa, surpresa) Jeannie Johansson (SUE), com 30.05, nos 50 peito, seguida de Alia Atkinson (JAM, 30.11) e Yuliya Efimova (RUS, 30.13), com Ruta Meilutyte (LIT) fora por um centésimo, para tristeza dos seus fãs; de Daiya Seto (JAP), com 4:08.50, sendo bicampeão nos 400 medley deles que não tiveram os cansados Thiagos; de Katinka Hosszu (HUN) no 400 medley delas, dominante a Iron Lady do início ao fim, apesar do cansaço e do não-recorde, com 4:30.39, seguida de Maya Di Rado (EUA, 4:31.71) e de Emily Overholt (CAN, 4:32.52), injustamente desqualificada do Pan; e dos times norte-americano e chinês, respectivamente, no 4 x 100 medley.
Com tudo isso, os EUA, apesar de performance abaixo do esperado para o nível deles, ficou com o título da natação e a China, o título geral. O Brasil foi bem: se não fosse a falta de polimento Pan-Mundial, poderíamos ter ao menos um ouro na piscina, mas valeu a pena: saímos com um ouro, o de Ana Marcela Cunha (SESI) nos 25 km, quatro pratas e dois bronzes. Nada que lamentar: só começar a reação a partir do TROFÉU JOSÉ FINKEL de daqui a uma semana, no Pinheiros.
Agora, que venha Budapeste 2017 e, antes disso, a Olimpíada de 2016 no Rio! Simbora?

(informações do Best Swimming, Yes Swim e foto da FINA)

KAZAN 2015: Manaudou e Ledecky no Olimpo!

Não falta mais nada para o Carrasco. No penúltimo dia de finais do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), ele se tornou o homem mais rápido do mundo sem trajes e colocou definitivamente os 20.91 que Cesar Cielo (Minas), hoje ausente, feitos no Pinheiros em 2009, na alça de mira, com os 21.19 que fez na Arena Kazan, o décimo segundo 21 no ano. Parece que ele colocou na cabeça: "vou ser o maior de todos". E do início ao fim da prova, disparou para a vitória, deixando a concorrência para trás. Nathan Adrian (EUA) só foi prata porque Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) fez uma chegada ruim (o que ele, o Coach e o resto da torcida do Flamengo atestaram), chegando o americano com 21.52 e o potiguar com 21.55. E Fratus só foi bronze porque Vladmir Morozov (RUS) errou a chegada e ficou fora do pódio por um centésimo. Mas o que vale é que Manaudou colocou a França no topo dos 50 livre pela primeira vez e Fratus conquistou a sua primeira medalha. Se o Lenhardt melhorar a chegada com tudo, os 20.91 poderão ser superados por ele, e não pelo francês.
Ah, e por falar em Recorde Mundial, a personificação dele chama-se Katie Ledecky (EUA), o grande nome deste Mundial que até fez com que a cidade fosse apelidada por alguns de Katiezan! Ela mostrou que é um monstro nas longas distâncias e, do início ao fim dos 800 livre feminino, nadou à frente da linha do recorde mundial e ainda colocou 10 segundos ante a neozelandesa Lauren Boyle, com os 8:11.00 que a colocaram no olimpo da natação feminina. Com isso, ela tem que ser eleita a nadadora do ano, já que venceu os 200, 400, 800 e os 1500, o que nunca tinha acontecido antes em Mundial algum. Canonizem Ledecky já!
Outro destaque: a mais forte prova dos 100 borboleta ever, com o melhor tempo sem trajes desde 2005 feito por Chad Le Clos (RSA), que, como mineirinho, comeu pelas beiradas até atacar nos metros finais. Azar de Laszlo Czeh (HUN), dominante na prova até os metros finais. 50.56 para Le Clos, recorde da África, 50.87 para o húngaro e, surpresa, surpresa, bronze para o singapureano (assim?) radicado nos Estados Unidos Joseph Shooling, com 50.96, recorde nacional, deixando Tom Shields (EUA) fora do pódio, ele que tinha sido o melhor da semifinal. Imagina se Michael Phelps (EUA), de volta tendo feito o melhor tempo sem trajes dos 200 borbo no Nationals, lá estivesse...
Já nos 200 costas, na disputa entre Emily Seebohm (AUS), Missy Franklin (EUA) e Katinka Hosszu (HUN), a australiana, em grande final, levou a melhor, aproveitando-se do cansaço e da péssima última virada de Franklin, com 2:05.84. Foi a primeira vitória australiana nesta prova. À Missy, com 2:06.34, restou a prata. Já à Iron Lady, o bronze, tendo ela chegado 50 centésimos depois.
Mas vocês acham que Missy remoeu? Nada! Ela ajudou os EUA a baterem recorde no 4 x 100 misto, ao lado de Ryan Lochte, Nathan Adrian e Simone Manuel, com 3:23.05. A Holanda veio no final com Femke Heemskerke, mas só ficou com a prata. O Brasil fez um bom sexto lugar, com Matheus Santana (Unisanta), Fratus, Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) e Daynara de Paula (SESI), 3:25.68 e recorde sul-americano. Confira mais aqui, no link da Best Swimming, como foram as outras provas.
Uma pena que acaba amanhã, porque ainda temos os 50 peito delas, os 50 costas deles, 400 medley, 1500 medley e 4 x 100 medley deles e delas. Gran finale no domingo dos pais!!

(informações da Best Swimming, Yes Swim e fotos da FINA)

KAZAN 2015: Fratus na final e manas Campbell na onda! (por Katherine Monteiro)

Caros, por falta flagrante de inspiração e tempo para um texto deste repórter, peço licença para reproduzir o texto do blog parceiro Medley - Just Swim para o panorama de hoje do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), em um dia glorioso para Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) e para as irmãs Campbell (AUS). É contigo, Katherine Monteiro:

"O Mundial de Desportes Aquáticos que acontece em Kazan, na Rússia chegou hoje ao sexto dia de finais. Tivemos dois brasileiros nadando as semi-finais, e a classificação de Bruno Fratus para a grande final da prova mais rápida da natação, os 50m livre. Nos 100 livre feminino um pódio entre familiares. Bronte Campbell ficou com o ouro com 52seg52 e sua irmã Cate ficou com o bronze com o tempo de 52seg82 (Cate Campebell foi campeã em Barcelona). A sueca Emily Seebohm levou a prata (52seg70). Na final dos 200 costas masculino Mitchell Larkin, o campeão dos 100 costas, venceu de novo com 1min53seg58, novo recorde da Oceania. Prata para Radoslaw Kazecki com 1min54seg55 e Evgeny Rylov completou o pódio com 1min54seg60. Katinka Hosszú vai com o melhor tempo para a final dos 200m costas feminino ( tempo de 2min06seg18, novo recorde húngaro). Emily Seebohm fez 2min06seg56 e vai para final com o segundo tempo, a campeã olímpica e recordista mundial da prova, Missy Franklin vai com o terceiro tempo (2min07seg79). Nathan Adrian nadou muito na semi-final dos 50m livre e passou com o melhor tempo para as finais (21seg37). Florent Manaudou fez o segundo melhor tempo com 21seg41 e o brasileiro Bruno Fratus fez o terceiro (21seg60), amanhã Bruno vai atrás de sua primeira medalha em mundiais de longa. Vlad Morozov (20seg90) ainda conquistou a oitava vaga para a final, desempatando com Anthony Ervin (21seg98). Final dos 200m peito, com cinco mulheres no pódio! Empate triplo de terceiro lugar para Rikke Pedersen,Jessica Vall e Shi Jinglin,todas com o tempo de 2min22seg76. A japonesa Kanako Watanabe (2min21seg15) bateu na frente e foi a campeã da prova. Micah Lawrence foi prata (2min22seg46). Melhor tempo das semi-finais dos 100m borboleta masculino para Tom Shields com 51seg03.Laszlo Cseh passou para a final com o segundo tempo (51seg03) e o sul-africano Chad le Clos ficou com o terceiro melhor tempo (51seg11), a briga promete ser acirrada. O chinês Zhuhao Li bateu o recorde mundial júnior da prova com 51seg33. Daynara de Paula terminou a semi-final dos 50 borboleta feminino na 13ª colocação no geral (26seg24). Para a final as melhores foram: Sarah Sjostrom (25seg06) e Jeanette Ottesen (25seg27), com o primeiro e segundo tempo, respectivamente.Na prova dos 200m peito, Daniel Gyurta não se sagrou tetracampeão da disputa, mas subiu no pódio. Marco Koch foi o grande campeão da prova com 2min07seg76, Kevin Cordes foi o segundo mais rápido (2min08seg06) e Gyurta o terceiro (2min08seg10). No revezamento 4x200m livre, última prova do dia, ouro para a Grã-Bretanha com 7min04seg33. Esatdos Unidos foram prata (7min04seg75) e a Rússia levou o bronze. O Brasil não conseguiu classifcar o revezamento para as Olimpíadas, terminando em 15º lugar (apenas os 12 primeiros conquistavam as vagas).O time foi composto por Luiz Altamir, João de Lucca, Thiago Pereira e Nicolas Oliveira".

Amanhã voltaremos com os textos habituais, esperando relatar mais uma medalha!

(agradecimentos a Katarine Monteiro pela cessão do texto, imagem da FINA)

KAZAN 2015: Uma estátua para Etiene!

Mais uma vez: e daí que foi prata? Tínhamos falado que qualquer cor servia, já que a China tem tradição nesta prova. Mas hoje a história foi feita pra natação feminina brasileira no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS). E não poderia ser alguém mais que não Etiene Medeiros (SESI), que foi a primeira a medalhar em Mundial Júnior, primeira a ganhar em Mundiais da FINA (com direito a WR na piscina curta) e agora torna-se a primeira mulher brasileira a medalhar em Mundiais na Piscina Olímpica, nos 50 costas. Yanhui Fu (CHN), apesar de não ter saído bem, manteve a tradição do seu país e venceu, com 27.11. Não teve WR, mas RSA de Etiene com 27.27. E mais: RECORDE DO CONTINENTE. Não tem como não se orgulhar! E mais: diante de tudo, a pernambucana merecia estátua. Do jeito que ela tá voando, dá pra sonhar con WR no Finkel, nã? Xiang Liu (CHN) completou o pódio com 27.58. 

Ainda falando em pratas, Thiago Pereira (Minas/Flórida) colecionou mais uma pra coleção nos 200 medley. Ele marcou Ryan Lochte (EUA) durante a prova inteira, mas o crawl do yankee foi forte demais pro brasuca e deu o tetra-campeonato ao primeiro: 1:55.81. Thiago cravou 1:56.66 e o chinês Shun Yang quase o passou, parando o cronômetro 15 centésimos depois. Parece que a polêmica desclassificação em Toronto desapareceu na poeira. Henrique Rodrigues (Pinheiros) até chegou a terceiro no peito, mas terminou em sétimo: 1:58.52.

Aliás, este Mundial está marcando a consagração da natação chinesa. Pela primeira vez, a China logrou os 100 livre com, surpresa geral, Ning Zetao, com 47.80. Ele nem na lista de favoritos estava. Cameron McEvoy (AUS), maior favorito, só ficou com a prata, com 47.96. E um dia depois do River Plate levar a Libertadores, Federico Gabrich (ARG) fez a folia portenha, bronze com 48.12. Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn) foi o quinto, com um bom 48.27. Chierighini está em uma grande evolução e, dependendo dos resultados, pode brilhar no Rio e em Budapeste.

Nas semifinais dos 200 peito, veio o único recorde da noite, um Mundial Júnior, para o russo Anton Chupkov, com 2:09.64 na segunda série. Já nas semifinais dos 200 costas, mais um melhor tempo do mundo: Mitchell Larkin (AUS), com sensacionais 1:54.29. Leonardo de Deus (Corinthians) ficou pelo caminho com 1:57.96. E Katie Ledecky (EUA) aproveitou-se da ausência de Sarah Sjostrom (SUE) no reveza 4x200 livre para dar outra vitória aos EUA, com Itália e China completando. A Suécia foi quarto.

Destaque para amanhã? O início dos 50 livre, sem Cielo. Será o início do show do Carrasco? Ou Morozov e Fratus vão atrapalhar? Por enquanto, comecemos a pensar na estátua para a Etiene. Ela merece!

(informações do Best Swimming, da Yes Swim e foto de Satiro Sodré/SSPRESS)

KAZAN 2015: Missão cumprida!

Pouco importava uma vaga para a final. O que Joanna Maranhão (Pinheiros), Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), Manuella Lyrio (Pinheiros) e Jessica Bruin Cavalheiro (SESI) queriam era voltar a uma Olimpíada com o revezamento 4 X 200 livre. E conseguiram, com os 7:57.15, décimo tempo das eliminatórias de poco fa.

Apesar de não lograrem a vaga para a final, o tempo foi comemorado, já que é parecido com o da Prata no Pan de Toronto. 

O melhor tempo foi o da Itália, com 7:52.51, seguida dos Estados Unidos, Austrália, Suécia (com Sarah Sjostrom fazendo o melhor tempo entre todas, 1:55.69), China, Japão, Grã-Bretanha e França.

Leonardo de Deus (Corinthians) foi o único semifinalista brasileiro qualificado, com décimo tempo nos 200 costas. Felipe França (Corinthians), Thiago Simon (Corinthians), Gracielle Hermann (GNU) e Larissa Martins Oliveira não lograram êxito nas suas provas, 200 peito e 100 livre.

As finais começam às 11:30, com expectativa total para os 50 costas.

(Informações da Yes Swim e foto de Satiro Sodré/SSPress)

KAZAN 2015: Dia de lógicas!

Nesta quarta-feira, não tivemos recordes individuais no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), mas as lógicas prevaleceram e os favoritos comprovaram a excelente fase. Como o chinês Sun Yang, tricampeão nos 800 livre. Realmente não há nada que o pare, porque ele volta mais a ponto de bala do que nunca. Nos primeiros 700 metros, o italiano Gregorio Paltrinieri até veio com um ritmo forte, mas Yang esperou o melhor momento e, nos 100 finais, atacou e fez 7:39.96, para garantir que ninguém segura o homem. Gregorio ficou com a prata, com 7:40.81, e o bronze foi para Mack Horton (AUS), 7:44.02.

O mesmo vale pra poderosa Katie Ledecky (EUA), que domina qualquer distância. Nos 200 livre delas, descansada, venceu, mesmo não sendo favorita, com 1:55.16, com Federica Pelegrini (ITA) ficando com a prata, chegando 16 centésimos depois. 17 centésimos depois, chega a sensacional Missy Franklin (EUA), em seu primeiro pódio. Já László Czeh (HUN) faturou os 200 borboleta mesmo quase sendo alcançado por Chad Le Clos (AFS): 1:53.48 a 1:53.68. Czeh venceu tal prova após 10 anos, em Montreal.

Outra lógica: Adam Peaty (ING) vencedor dos 50 peito, com 26.51, mesmo largando mal. Segundo lugar? Cameron Van Der Bergh (AFS). Terceiro? Poderia ser Felipe França (Corinthians), mas ele chegou mal e perdeu a medalha para Kevin Cordes (EUA), por UM RELES CENTÉSIMO. Até a Olimpíada, daqui a um exato ano, vamos ver se isso muda.

Medalha certa pode ser a de Etiene Medeiros (SESI), nos 50 borboleta. Ouro ou prata, serve qualquer uma. Yuanhui Fu (CHN) pode manter a tradição chinesa nesta prova e bater o recorde mundial, após ter feito 27.18, melhor tempo do ano. Mas Etiene fez 27.41, muito próxima, o que também a credencia como favorita. De qualquer forma, a medalha vai sair. E pode também sair para Thiago Pereira (Minas/Flórida), nos 200 medley, visto que ele foi o terceiro na semifinal, 1:57.33. Ryan Lochte (EUA) fez 1:56.81 e o campeão do Pan, Henrique Rodrigues (Pinheiros), 1:58.45, e vai à final também. Nos 100 livre, o único Salci Fufu do dia: Vladmir Morozov (RUS) queimou a largada de sua série e foi desclassificado, para tristeza dos conterrâneos. Cameron McEvoy (AUS) fez 47.94 e Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn) vai à final com o sexto tempo, 48.37. Para Matheus Santana (Unisanta), faltaram 3 centésimos: nono lugar com 48.5. WR, só um: o da Grã-Bretanha, nos 4 X 100 medley, 3:41.71. Nesta prova, há sempre expectativa de recorde. Pena que o Brasil foi só nono...

Amanhã tem mais, com a possibilidade de mais medalhas e mais shows. 

(informações do Best Swimming, Yes Swim e foto de Satiro Sodré/SSPress)

KAZAN 2015: ELE rigorosamente FORA

Informação triste, mas diante de tudo que aconteceu, esperada. Cesar Cielo (Minas), o maior atleta da natação brasileira e tricampeão mundial dos 50 Livre, não irá defender sua coroa no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS). A CBDA acaba de divulgar uma nota confirmando que, por razões médicas, ele está fora da jornada.

Ainda segundo a nota, "segundo o Dr. Gustavo Magliocca, médico da equipe de natação do Brasil, Cesar se queixou de dor no ombro esquerdo, que nos exames iniciais, apontavam para uma lesão no tendão supra espinhoso (muito utilizado no gesto da natação)". E, que Alberto Silva, head Coach do time brasileiro, não teria a palavra final quanto a essa dor. Influenciou também o sexto lugar nos 50 borboleta, sua pior posição em longa distância. Com isso, ELE já pegou o avião para Belo Horizonte, para continuar o tratamento. E é bem possível que ele nem venha para o Pinheiros para o TROFÉU JOSÉ FINKEL, que marcaria o retorno para piscina onde bateu o recorde mundial dos 50 Livre.

Sendo assim, a disputa maior da prova será mesmo entre o Carrasco Florent Manaudou (FRA) e o russo Vladmir Morozov (RUS), mas ficar de olho também em Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn), que pode conseguir seu mais Espetacular resultado na prova.

A Cielo, nos resta desejar boa recuperação e que ele volte muito logo. Temos certeza de que ele tem muito a mostrar e que vai voltar melhor do que nunca.

(informações da CBDA, da Best Swimming, da Yes Swim e foto de Satiro Sodré/SSPress)

KAZAN 2015: Show da poderosa!

A natação norte-americana, que passa por uma enorme crise, tem que construir uma estátua para Katie Ledecky. No MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), ela foi o grande nome. Simplesmente porque parecia que, nos 1500 livres, ela estava disputando com petizes. Já nos 800, ela teria até batido recorde com o parcial de 8:13.25. Manteve a constante e estraçalhou seu recorde mundial. Ontem, era 15:27.77. E hoje é de 15:25.48. O primeiro ouro dos EUA na Kazan Arena. Completaram o pódio Lauren Boyle (AUS, 15:40.14) e Blogarka Kapas (HUN, 15:47.09).

E teve mais: poderosa que é, Ledecky ainda disputou a semifinal dos 200 livre, e garantiu vaga na final com a terceira posição, atrás de Missy Franklin (EUA) e Veronika Popova (RUS). Manuella Lyrio (Pinheiros) foi até onde deu: acabou em oitavo na sua eliminatória com 1:59.28. A favoritíssima Federica Pelegrini (ITA) venceu a série, com 1:56.23.

Falando ainda em recordes, Adam Peaty (ING) fez um senhor de um tempaço nas semifinais dos 50 peito, pra cravar o novo WR: 26.42. Cameron Van Der Bergh (AFS), que fizera WR de manhã com 26.62, não manteve o ritmo e fez 26.74. O ouro é de um deles. O bronze deve ficar entre Kevin Cordes (EUA, 26.76) e Felipe França (Corinthians, 26.87). Cruzem os dedos.

Nos 100 peito delas, na primeira batalha entre Yulia Efimova (RUS), Ruta Meilutyte (LIT) e Alia Atkinson (JAM), a russa levou a melhor com 1:05.66 em uma volta retumbante. Foi o primeiro ouro local na jornada. A loirinha fofa, que liderou a primeira metade, foi prata com 1:06.36 e a conterrânea de Usain Bolt chegou seis centésimos depois. Nos 100 costas deles, outra grande disputa: Mitchell Larkin (AUS), Matt Greavers (EUA) e Camille Lacourt (FRA), levando a melhor o australiano com 52.40, com o francês chegando oito centésimos depois e o campeão olímpico tendo feito 52.66. Os três estavam praticamente juntos a prova inteira, diga-se.

Já nos 100 costas delas, Emily Seebohm (AUS) não deu chance a ninguém para faturar seu primeiro ouro nesta prova em Mundiais, com 58.26, ficando a 14 centésimos do WR de Gemma Spofforth (ING). Destaque também para Madison Wilson (AUS), que superou lesões e o escambau a quatro para conseguir a prata com 58.75. Frustração foi ver Missy Franklin fora do pódio.

Falando em frustração, Leonardo de Deus (Corinthians) foi a do dia nos 200 borboleta. A péssima chegada fez com que ele perdesse a vaga para a final para Tom Shields (EUA) e, com seus 1:56.02, ficando a seis centésimos do yankee. Resta mesmo ver Chad Le Clos (AFS) e László Czeh (HUN) disputando o ouro.

As expectativas para amanhã são enormes. Teremos a prova que Etiene Medeiros (SESI) domina, os 50 costas, e Henrique Rodrigues (Pinheiros) e Thiago Pereira (Minas/Flórida) estreando nos 200 medley. Ainda tem os 100 livre e as finais dos 50 peito e 200 livre, por exemplo. Batam os tambores. A reação pode começar.

(informações da Best Swimming, Yes Swim e foto da Reuters)

KAZAN 2015: Só Nicholas salva...

E daí que foi prata? Nicholas dos Santos (Unisanta) finalmente conseguiu não apenas a medalha almejada num MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS como salvou a natação brasileira num dia - outro - para se esquecer. Ele fez 23.09 nos 50 borboleta e só foi superado pelo maior nome das provas de velocidade e melhor nadador da França atualmente: claro que falamos do Carrasco Florent Manaudou, com 22.97. László Czeh (HUN) e Konrad Czesniak (POL) completaram o pódio dividindo o bronze. Já Cesar Cielo (Minas) parece que vai sucumbindo a lesão no ombro e chegou na sexta colocação: 23.21. Já vimos este filme com um tal de Gustavo Kuerten. Mas o que vale é que Nicholas honrou mais uma vez a bandeira brasileira com mais uma prata com sabor de ouro.

Mas este foi o único grande bom momento do Brasil nas águas. Nas semifinais dos 100 costas, Guilherme Guido (Pinheiros) até que começou bem na sua eliminatória, mas se cansou e ficou na sétima posição com 53.88, em série vencida por Matt Greavers (EUA), com 52.73. Já Etiene Medeiros (SESI) chegou perto da vaga, melhorou seu tempo, com 59.9, mas ficou fora da final. O melhor tempo foi de Emily Seebohm (AUS), 58.56.

Já João de Lucca (Pinheiros) nem foi a sombra da sombra do que foi no Pan, sendo o último de sua série nos 200 livre, com 1:48.23. O inglês foi o melhor de sua série, 1:45.43. Tem que ver isso aí, CBDA.

MAS EMOÇÃO NÃO FALTOU

Mais cedo, a destruidora de recordes Katie Ledecky (EUA) destruiu mais um. Nos 1500 livre, em plenas E-L-I-M-I-N-A-T-Ó-R-I-A-S, ela simplesmente destruiu. Detonou. 15:27.71, novo WR, e amanhã é promessa de mais um grande show na finalíssima.

Nos 100 peito deles, uma disputa espetacular entre Cameron Van Der Bergh (AFS) e Adam Peaty (ING), com o sul-africano dominando 90% da prova e Peaty ultrapassando no metro final e levando com 58.52 contra 58.59. Sem dúvida, uma das provas mais épicas dos 100 peito.

Um pedido ao Pinheiros: preparem bateria de escola de samba e o escambau a quatro pra Sarah Sjostrom (SUE). Desde ontem confirmada pra defender o Pinheiros que vai sediar o TROFÉU JOSÉ FINKEL, ela segue deitando na Kazan Arena. Hoje, na final dos 100 borbo, uma atuação perfeita, 3 décimos mais rápida que seu tempo das semifinais de ontem, e outro WR: 55.64. Sensacional! Agora, uma salva de palmas também para Jeanette Ottensen (DIN), que largou bem e também tem o que comemorar, com seus 57.04 que lhe deram prata, com dedo destruído e tudo mais. Guerreira.

E o grande momento do dia só poderia ser da Iron Lady, da número 1, de Katinka Hosszu (HUN). Diante de tanto show que ela tem dado, faltava só um recorde mundial. F-a-l-t-a-v-a. Hoje ela estraçalhou o recorde de 200 medley, o que seria difícil depois que encerrada a era dos trajes, com 2:06.12, deixando para trás a japonesa Kanako Watanabe e a britânica Siobhan Marie O'Connor. Foi um momento de emoção, com Katinka e Shane Tsup, o marido-técnico, chorando sob a ovação da Kazan Arena.

E seguem as perguntas: vai o Brasil melhorar? Vem mais recordes? É melhor nem perder, estamos só no início.

(Foto de Satiro Sodré/SSPress)

KAZAN 2015: Lembrar e esquecer

Se para essa guria, o dia foi daqueles para ser eternamente lembrado, o primeiro dia da natação do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), para a natação brasileira, tem de ser apagado da memória. Com exceção, claro, de Nicholas dos Santos (Unisanta). Como sempre, tivemos uma noite de fortes emoções e grandes surpresas abrindo os trabalhos na Kazan Arena.

O primeiro grande momento da noite foi o que vemos lá em cima: o recorde mundial dos 100 borboleta para o fenômeno sueco Sarah Sjostrom, destronando a norte-americana Dana Vollmer e seus 55.98 do Mundial de Roma. E olha que foi a segunda semifinal e é difícil dizer se ela vai manter o pique amanhã, mas os 55.74 eram a gota que faltava para Sjostrom entrar no Olimpo das grandes nadadoras mundiais. Ficar de olho também em Jeanette Ottensen (DIN), que superou o atentado que ela e Marco Loughran (ING), seu noivo, sofreram no final de Junho em Copenhaghen, e fez o segundo melhor tempo mesmo com o dedo destruído: 57.04.

Nos 400 livre, não houve recordes, mas deu a lógica. No masculino, doce regresso para Sun Yang (CHI), com uma prova de estratégia, deixando para trás James Guy (ING), que liderou nos primeiros 300 metros dominara a prova. O Chinês fez 3:42.58 e o inglês, 3:43.75. No feminino, se Katie Ledecky (EUA) não tivesse se cansado na reta final, com certeza iria além do 3:59.13 que lhe deu o recorde de campeonato, e até bateria o recorde mundial. Simplesmente ela passeou e deixou a concorrência para trás. E ainda tem os 800 e 1500 livre para ela.

Nos 200 medley delas, Katinka Hosszu (HUN), sempre ela, fez o segundo melhor tempo da história com 2:06.84, com longa distância à concorrência. Siobhan Marie O'Connor (ING) foi a mais forte da sua série com 2:08.45. Já Joanna Maranhão (Pinheiros) teve um péssima parcial de peito, e como é o peito que define as provas de medley como diz Djan Madruga, ela não foi além do 11º lugar com 2:12.64.

Já nos 100 peito, como explicar a eliminação de Felipe França (Corinthians) e Felipe Lima (Minas), que eram favoritos junto com Adam Peaty (ING) e Cameron Van Den Burgh (AFS). Simples: talvez pelo cansaço de tentar acompanhar o inglês, talvez por dores, talvez pelo erro numa braçada qualquer, é inexplicável o 11º lugar geral do nadador de Cristo com 59.8 e o penúltimo de Lima com 1:00.19. Peaty, para variar, quebrou RC com 58.18, o segundo melhor tempo ever da prova.

Enfim, só Nicholas deu-nos alegrias neste domingo, vencendo sua série dos 50  borboleta com 23.05. O problema é que o Carrasco Florent Manaudou (FRA) fez 22.89 e agora tem o melhor tempo do ano. Sorte de Cesar Cielo (Minas) que, apesar de ter errado feio na chegada, garantiu o oitavo tempo com 23.29. O tri é difícil, mas se ele melhorar...

No revezamento 4 x 100 livre masculino, ELE fez uma falta. A França, óbvio, ganhou, com Manaudou comendo a bola e 3:10.74. A Rússia foi prata com 3:11.79. Mas lembra que o Coach Pussieldi falou que 47 era o número mágico? Pois é, foi o que faltou para Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), Matheus Santana (Unisanta), Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) e João de Lucca (Pinheiros/North Carolina): todos no 48, enquanto Felipo Magnani fez um final espetacular à Itália e lhe garantiu o bronze com 3:12.53 e deixando o Brasil fora com 3:13.22. No feminino, a Austrália dominou.

Amanhã, caros, torcida máxima porque Nicholas tem grande chance de medalhar nos 50 borboleta, mas ainda tem 100 costas, 100 peito e 200 medley, por exemplo. Vamos engrenar?

(informações do Best Swimming e da Yes Swim e foto da transmissão do SporTV)

KAZAN 2015: Programação completa da natação

A espera finalmente acabou: a partir das 3:30 desta madrugada começa o evento mais esperado para os fãs da natação: as provas do esporte símbolo dos aquáticos. Muitos são os motivos para você não dormir: Katinka Hosszu (HUN) nadando sete vezes, a emocionante disputa nos 50 livre entre ELE (Cesar Cielo - Minas), Florent Manaudou (FRA), Vlad Morozov (RUS) e Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) nos 50 livre, a possibilidade do primeiro pódio feminino brasileiro com Etiene Medeiros (SESI) nos 50 costas (quem sabe com ouro), as provas de peito com a menina que nada muito Ruta Meilutyte (LIT) tentando bater Yuliya Efimova (RUS) e Alia Atkinson (JAM) no feminino e a expectativa sobre o wonder boy Adam Peaty (ING), a volta de Grant Hackett (AUS) e a possibilidade de show da Katie Ledecky (EUA). Enfim, se quiser mais razões, leiam este artigo da Bia Nantes.

Mas, para você não perder nenhum detalhe, confira a programação completa das provas do Mundial, as quais terão transmissão do SporTV:

Dia 2/08 (domingo)

3:30 - Eliminatórias

100m borboleta feminino - Daynara de Paula e Daiene Dias

400m livre masculino - Leonardo de Deus

200m medley feminino - Joanna Maranhão

50m borboleta masculino - Cesar Cielo e Nicholas Santos

400m livre feminino - Manuela Lyrio

100m peito masculino - Felipe França e Felipe Lima

4x100m livre feminino - Brasil

4x100m livre masculino - Brasil

11:30 - Semifinais e Finais

100m borboleta feminino (semifinal)

400m livre masculino (final)

200m medley feminino (semifinal)

50m borboleta masculino (semifinal)

400m livre feminino (final)

100m peito masculino (semifinal)

4x100m livre feminino (final)

4x100m livre masculino (final)

Dia 3/08 (segunda-feira)

3:30 - Eliminatórias

100m costas feminino - Etiene Medeiros

100m costas masculino - Guilherme Guido e Thiago Pereira

100m peito feminino - Jhennifer Conceição

200m livre masculino - João de Lucca e Nicolas Oliveira

1.500m livre feminino

11:30 - Semifinais e finais

100m peito masculino (final)

100m borboleta feminino (final)

100m costas masculino (semifinal)

100m peito feminino (semifinal)

50m borboleta masculino (final)

100m costas feminino (semifinal)

200m livre masculino (semifinal)

200m medley feminino (final)

Dia 4/08 (terça-feira)

3:30 - Eliminatórias

50m peito masculino - Felipe França e Felipe Lima

200m livre feminino - Larissa Oliveira e Manuela Lyrio

200m borboleta masculino - Leonardo de Deus

800m livre masculino

11h30 - Semifinais e finais

200m livre masculino (final)

100m costas feminino (final)

50m peito masculino (semifinal)

1.500m livre feminino (final)

100m costas masculino (final)

200m livre feminino (semifinal)

200m borboleta masculino (semifinal)

100m peito feminino (final)

Dia 5/08 (quarta-feira)

3:30 - Eliminatórias

50m costas feminino - Etiene Medeiros

100m livre masculino - Matheus Santana e Marcelo Chierighini

200m borboleta feminino - Joanna Maranhão

200m medley masculino - Thiago Pereira e Henrique Rodrigues

4x100m medley misto - Brasil

11:30 - Semifinais e finais

100m livre masculino (semifinal)

50m costas feminino (semifinal)

200m borboleta masculino (final)

200m livre feminino (final)

50m peito masculino (final)

200m borboleta feminino (semifinal)

200m medley masculino (semifinal)

800m livre masculino (final)

4x100m medley misto (final)

Dia 6/08 (quinta-feira)

3:30 - Eliminatórias

100m livre feminino - Larissa Oliveira e Graciele Herrmann

200m costas masculino - Leonardo de Deus

200m peito feminino

200m peito masculino - Thiago Simon e Felipe França

4x200m livre feminino - Brasil

11:30 - Semifinais e finais

100m livre feminino (semifinal)

200m medley masculino (final)

200m peito feminino (semifinal)

100m livre masculino (final)

200m borboleta feminino (final)

200m peito masculino (semifinal)

50m costas feminino (final)

200m costas masculino (semifinal)

4x200m livre feminino (final)

Dia 7/08 (sexta-feira)

3:30 - Eliminatórias

50m livre masculino - Cesar Cielo e Bruno Fratus

50m borboleta feminino - Daynara de Paula

100m borboleta masculino - Thiago Pereira e Arthur Mendes

200m costas feminino - Joanna Maranhão

4x200m livre masculino - Brasil

800m livre feminino

11:30 - Semifinais e finais

100m livre feminino (final)

200m costas masculino (final)

200m costas feminino (semifinal)

50m livre masculino (semifinal)

200m peito feminino (final)

100m borboleta masculino (semifinal)

50m borboleta feminino (semifinal)

200m peito masculino (final)

4x200m livre masculino (final)

Dia 8/08 (sábado)

3:30 - Eliminatórias

50m livre feminino - Etiene Medeiros e Graciele Herrmann

50m costas masculino - Guilherme Guido

50m peito feminino - Jhennifer Conceição

4x100m livre misto - Brasil

1.500m livre masculino

11:30 - Semifinais e finais

50m borboleta feminino (final)

50m livre masculino (final)

200m costas feminino (final)

50m peito feminino (semifinal)

100m borboleta masculino (final)

50m livre feminino (semifinal)

50m costas masculino (semifinal)

800m livre feminino (final)

4x100m livre misto (final)

Dia 9/08 (domingo)

3:30 - Eliminatórias

400m medley masculino - Thiago Pereira e Thiago Simon

400m medley feminino - Joanna Maranhão

4x100m medley masculino - Brasil

4x100m medley feminino - Brasil

11:30 - Finais

50m costas masculino

50m peito feminino

400m medley masculino

50m livre feminino

1.500m livre masculino

400m medley feminino

4x100m medley masculino

4x100m medley feminino

É importante lembrar: podem sair do Mundial já vagas para os JOGOS OLÍMPICOS do Rio, pelo menos nos revezamentos, onde os 12 melhores países já faturam o passaporte. Então, olho vivo, porque este promete ser (apesar de não ter muita gente, como Mireia Belmonte) o maior da história.

(informações da Yes Swim, Best Swimming e foto da FINA)

KAZAN 2015: Uma de cada cor!

Não falta mais nada para Ana Marcela Cunha (SESI). Foi ela o motivo para o nosso Hino tocar pela primeira vez no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), após ganhar a mais longa e última das provas de maratona aquática, a de 25 km, dez voltas de 2,5 km. Com isso, ela consegue as três medalhas do Mundial, uma de cada cor: ouro hoje, prata na prova por equipes e bronze nos 10 km. E ainda manteve a escrita: desde 2009, pelo menos uma vez tem vitória brasileira no maior evento da FINA.

Entre sol e chuva, Marcelinha fez uma prova tecnicamente perfeita. Sem o que se preocupar, vez que já cumpriu a missão de garantir presença nos JOGOS OLÍMPICOS do Rio, resolveu usar da técnica e da estratégia para garantir o bicampeonato nesta prova, a qual ela já vencera em Xangai há 4 anos.

Nas primeiras voltas, ela ficava no pelotão de trás esperando o melhor momento para um ataque. Assim como Ayrton Senna, que ela homenageara na Capri-Napoli do ano passado, quando ela venceu com a touca do eterno ídolo brasileiro, Cunha provou que também debaixo de um temporal ela bota pra quebrar.

A partir da quinta volta, ela assumiu a liderança e começou a dar seu show. Tomando emprestadas as palavras de Carolina Moncorvo, "a brasileira baixou quase 2 minutos na segunda volta de 2,5km. A mudança do ritmo é como se baixasse 20 segundos em 400 metros!".

Na oitava e nona volta, Anna Olasz (HUN) chegou a tomar a dianteira, disputando-a com Ana. Mas na volta final, não teve jeito: a campeã do Circuito Mundial em 2014 disparou para faturar com 5:13:47.3. À campeã olímpica, restou a prata com 5:14:13.4. Aliás, valeu a pena ela ser abraçada por Ana, o que mostra que adversárias no mar são amigas fora das competições. Completou o pódio a veteraníssima Angela Maurer (ALE), com 5:15:07.6, deixando fora do pódio a campeã dos 10 km Amélie Muller (FRA), que chegou 59 segundos e 9 décimos depois. A outra brasileira, Betina Lorscheitter (GNU), parou na oitava volta, enquanto estava no segundo pelotão.

Com isso, Ana Marcela logrou a sua sétima conquista em Mundiais, sendo as três de 2015, e mais duas em 2013, uma em 2011 e uma em 2010, passando Poliana Okimoto (Unisanta), com seis, como a brasileira com mais medalhas em Campeonatos Mundiais de esportes olímpicos. E isso abre um grande caminho para um ouro no Rio! Mas sejamos justos: é bom que ela não seja vítima do oba-oba, como Daiane dos Santos e Diego Hypólito, e siga no bom caminho para faturar.

Ah, na prova masculina tivemos um momento romântico: o vitorioso Simone Ruffini (ITA, 4:53:10.7) pediu em casamento a namorada de muitos anos, Aurora Ponzele (ITA), que estava na cerimônia de premiação. Claro que ela disse sim, sob forte ovação. Felicitazioni a loro! O melhor brasileiro foi Allan do Carmo (IDEB), décimo sexto, com 5:06:27.9.

(informações do Best Swimming e da Yes Swim, fotos de Satiro Sodré e da RAI)

KAZAN 2015: Subindoooo!

Sempre é bom começar o dia com notícias espetaculares, ainda mais vindo de um esporte que só nos dá alegrias. Na prova por equipes do MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan, 5 km misto, o Brasil, que foi bronze em Barcelona, subiu um degrau e, empatado com a Holanda, ficou com a medalha de prata, com 55:31.2. O time foi formado por Ana Marcela Cunha (SESI), Allan do Carmo (IDEB) e Diogo Vilarinho (Minas), ou seja, só o lado feminino mudou, já que em Barcelona Poliana Okimoto (Unisanta) foi a mulher do time.

A favoritíssima Alemanha de Rob Muffels, Christian Reicher e Isabelle Harle comprovou o favoritismo e faturou o bi com 55:14.4 e a Holanda, vice também, esteve com Marcel Schouteen, Ferry Weertman e a vice-campeã dos 10 km Sharon Van Rouwendaal. O Brasil foi o penúltimo a largar. E ainda levou um susto: a cronometragem chegou a errar o tempo, dando cinco minutos a mais no tempo final, mas após reclamação do time brasileiro e do público, tudo se resolveu.

Foi um excelente resultado, visto que o Brasil claramente não veio para ser bicampeão mundial, e sim para correr atrás das vagas para as OLIMPÍADAS do Rio. Como diz aquela música, "viver um dia de cada vez".

Sábado teremos a última jornada das maratonas aquáticas: os 25 km, com Ana, Poliana, Samuel e Vilarinho. Torçamos por um gran finale, embora ache difícil medalha sair. Mas Ana é vencedora atual da Capri-Napoli, nunca se sabe...

(informações da Best Swimming e Yes Swim, foto da FBPA)

KAZAN 2015: A HORA É ESSA!

Finalmente chegou o grande momento da natação mundial neste ano de 2015: o MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan (RUS), que começa hoje, com a Cerimônia de Abertura e vai até 9 de Agosto. Nas primeiras semanas, serão disputadas as jornadas de maratona aquática, nado sincronizado, high diving, saltos ornamentais e pólo aquático, com a presença dos 2650 melhores nadadores do mundo, de um total de 190 países. E a partir de 2 de Agosto, começa a competição de natação. 

Mas o grande destaque do primeiro dia é, de fato, a maratona aquática. Neste sábado, teremos a prova de 5 km, feminina e masculina. O Brasil vai de Carolina Bilich (Minas) e Betina Lorscheitter (GNU) no feminino, e Samuel de Bona (GNU) e Victor Colonese (Unisanta). Com certeza, os quatro correm atrás de bom posicionamento, já que as grandes favoritas, Poliana Okimoto (Unisanta) e Ana Marcela Cunha (SESI), vão disputar terça a prova principal, a de 10 km, que já vale vaga para a Olimpíada do Rio. É uma prova de altíssimo nível: Eva Risztov (HUN), Keri-Anne Payne (GBR) e Haley Anderson (EUA) também disputam e podem ser pedras no sapato das brazucas. Um dia antes, Allan do Carmo (IDEB) e Diogo Vilarinho (Minas) vão correr atrás da vaga olímpica na prova masculina.  

Esta quinta-feira foi um dia de homenagens e despedidas. Os representantes brasileiros no Minas, Corinthians e Pinheiros, que também estiveram no Pan de Toronto, receberam homenagens especiais e atenderam a imprensa. O mais visado foi Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), que só vai ao Mundial Júnior de Singapura, que respondeu de suas expectativas para o futuro. Os nadadores da seleção, que estrearão domingo que vem, já estão no rumo da aclimatação em Portugal, onde já se encontram Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), Arthur Mendes Filho (Corinthians/Auburn) e Thiago Pereira (Minas/Florida). Já ELE (Cesar Cielo – Minas) está na Holanda e deve ir para Kazan no fim da semana que vem. 

Enfim, a cortina vai abrir. Promete-se um show glorioso na Rússia.

(Informações e foto da Best Swimming, e demais informações da Yes Swim)

GIRO GERAL: E as águas não pararam

Não foi só de PAULISTA que viveram os esportes aquáticos pelo mundo, senhores. Por isso, é hora de resumir o que rolou no fim de semana aquático, e foram muitos fatos, neste GIRO GERAL mais do que especial, onde destacaremos um grande feito da Seleção Brasileira de Pólo Aquático, o Brasileiro Infantil de Belém e muito mais. Avante:

TÁ VENDO, DUNGA? ISSO É TIME!!

É triste saber que a monocultura do futebol deixa escondidos vários feitos dos esportes coletivos brasileiros. E um deles aconteceu em Bergamo (ITA): nossa seleção masculina de pólo aquático voltou da Super Final da Liga Mundial de Pólo Aquático com a medalha de bronze no peito, após uma campanha irrepreensível, que começou com uma inacreditável vitória ante a campeã olímpica Croácia, por 17 x 10, seguida de um passeio ante a China, 15 x 7, Já classificada, a seleção se deu ao luxo de ser goleada pela Hungria por 16 x 3, mas nas quartas, sofreu, mas passou pela Austrália, por 9 x 8. Nas semifinais, contra a Sérvia, que sagrar-se-ia campeã, vendemos caro a derrota por 13 x 9. Mas o jogo mais épico viria na decisão do Bronze, contra os EUA: Nos primeiros dois quartos, os norte-americanos dominaram, com parciais duplas de 3 x 1, Mas nos dois quartos finais, a equipe do croata Radko Rudic acreditou e começou uma inacreditável virada, vencendo o terceiro por 3 x 2. Quando parecia impossível, eis que, nos instantes finais, Perrone, Vrlic e Bernardo, a sete segundos do fim, empataram o cotejo e, com 10 iguais, tudo foi decidido nos pênaltis, onde Tony Azevedo, o "brasileiro" dos EUA, errou o tiro e deu a vitória ao Brasil com 14 x 13 (somando tudo, 24 x 23). Foi um resultado histórico para o nosso time, que vai com moral para o Pan de Toronto e as Olimpíadas do Rio. Na final, deu Sérvia, como dissemos, vencendo a Croácia por 9 a 6. E que este resultado sirva de lição para nossa seleção vendida de futebol, que se vendeu pelo vil metal, enquanto nossas feras do pólo aquático sobram na humildade. Boa, garotos!

SHOW DA GERAÇÃO TÓQUIO EM BELÉM

Enquanto isso, na Belém da Fafá, corria, na Universidade Estadual do Pará (UEPA) o CAMPEONATO BRASILEIRO INFANTIL DE INVERNO - TROFÉU RUBEN DINARD DE ARAÚJO, com a geração 2001 e 2002 mostrando que pode brigar por um espaço na Olimpíada de Tóquio, em 2020. O título ficou com o Pinheiros, este campeão pela sexta vez, empatado agora com o Fluminense, com 368 pontos, seguido por Minas e Corinthians, com 293 e 266, respectivamente.

O grande destaque foi mesmo Murilo Sartori (Rio Branco), que foi o mais eficiente no Infantil 1, com 66 pontos, e também teve o melhor índice técnico com uma baixada de 12 segundos do anterior nos 400 livre: o recorde era de Thiago Oliveira, da ACEB, com 4:22.08, agora é de Murilo com inacreditáveis 4:09.93 (!!!). Na mesma prova, no Infantil 2 feminino, uma disputa impressionante entre Aricia Peree (CEPE) e Maria Eduarda Sumida (Pinheiros), que foi a mais eficiente nesta categoria com 54 pontos, terminou com RC da baiana com 4:24.47 (também índice técnico), quinze centésimos abaixo de Sumida. As duas estraçalharam o RC anterior, 4:27.49, de uma então nadadora do Paineiras chamada Bruna Primati, conhecem? A mais eficiente no Infantil 1 foi ela, sempre ela, Sofia Rondel (São José), com 54 pontos. Por sua vez, os 26.65 de Aimel Lourenço (AABB) fizeram-na como melhor índice técnico da categoria, enquanto no Infantil 2 Masculino, o melhor índice técnico foi de Pedro Henrique Carvalho (Marina Barra Clube), pelos 16:33.18 nos 1500 livre (a geração de fundistas acordou?) e Brunno Suzuki juntou 34 pontos ao Paineiras para ser o mais eficiente. Os resultados e os recordes das finais aqui conferem.

NÃO VAI TER AGNEL NEM JEANETTE

O MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan terá duas sérias e importantes ausências: Jeanette Ottesen (DIN) e Yannick Agnel (FRA). Primeiro as damas: Ottesen, que defendeu o Corinthians em dois TROFÉUS MARIA LENK estava com o marido Marco Loughran, também nadador, em um carro no centro da capital Copenhague. Foi quando um maníaco numa pick-up, alegando não gostar da velocidade a qual a nadadora dirigia seu carro e ao buzinar, fechou o carro do casal. O desgraçado - que ainda estava com uma criança no colo - agrediu Marco, que estava com cinto de segurança, com pancadas na cabeça. O resultado: corte profundo no supercílio, quatro dentes quebrados, ferimentos na cabeça e no ouvido. Jeanette tentou-se defender, mas foi vitimada pelo louco, tendo, assim, a mão torcida e um ferimento no dedo mínimo, que a deixará três semanas fora de qualquer atividade e, assim, a afastou de Kazan, onde era nome certo para medalhas. Quanto ao infeliz, um homem de 37 anos, ninguém sabe, ninguém viu, Mas que pague caro, muito caro, pelo que fez com um dos maiores nomes da natação atual.

Já quanto a Yannick, atual campeão dos 200 livre, o caso é mais grave: uma infecção pulmonar, mais precisamente uma pleurisia, infecção das pleuras, tecidos que revestem os pulmões e a parede do peito. O tratamento prevê algumas semanas sem atividade, e com isso, Agnel só retorna aos treinamentos em agosto. Este ano, na seletiva francesa, Agnel ganhou a vaga para Kazan nos 200 livre com 1:45.97, quinto do ranking mundial da temporada, além da quarta posição do revezamento 4×100 livre tendo terminado o Campeonato Francês com 48.68. Não haverá substituição de Agnel na equipe e Mehdy Metella que foi quinto colocado na prova com 48.94 deve nadar as finais do 4×100 livre, enquanto Florent Manaudou não nadou a prova dos 100 livre neste ano e deve participar da prova nas eliminatórias. Com a saída de Yannick Agnel, são três campeões mundiais de 2013 que n ão vão defender seus títulos em Kazan. pois além deles, James Magnussen da Austrália operou o ombro esquerdo este mês e não vai poder estar presente para defender o seu bi campeonato dos 100 livre.

ENQUANTO ISSO, EM AUBURN...
Os representantes brazucas dos Tigers não se apresentaram em Santos para sentir melhor o clima norte-americano de Toronto e, aproveitaram para participar do Richard Quick Invitational, um torneio regional em eliminatórias e finais. O aniversariante desta terça Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn) - a quem desejamos todas as felicidades do mundo - venceu os 50 livre, mas com tempo pior nas finais do que nas eliminatórias: 22.13, enquanto antes fizera 22.01. Nos 100 livre, deu Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), vencendo com 49.30. Ele ainda foi bronze nos 50, com 22.80. Já Beatriz Travalon (Pinheiros/Auburn) foi também terceira nos 100 peito com 1:12.55, enquanto Arthur Mendes Filho (Corinthians/Auburn) foi prata nos 100 e 200 borboleta, com 53.60 e 2:02.32. O único "não-paulista" foi o sul-matogrossense Felipe Lima (Minas/Auburn), vencedor nos 100 peito com 1:01.11. Excelentes ensaios para Toronto.

(informações da Best Swimming e da CBDA e foto da Federação Italiana de Natação)