terça-feira, 13 de junho de 2017

GIRO GERAL: festa dos petizes, medalhas dos brazucas

Nação, com um dia de atraso, chegou a hora de resumir tudo o que acontece na natação pelo Brasil e pelo mundo, com mais uma edição do GIRO GERAL. Antes disso, um pequeno merchan: não percam, todas as terças, no Antena Quebrada da Rádio Show do Esporte, o quadro que leva o nome deste site, com todas as informações em áudio dos esportes aquáticos. Por exemplo, nesta terça, falarei da eleição de Miguel Carlos Cagnoni para a presidência da CBDA (este que, inclusive, já tomou posse). O quadro é o primeiro do programa, que começa às 20 horas e você também pode ouvir por este site. Dito isso, vamos aos fatos:


DUAS MEDALHAS NOSSAS NO MARE NOSTRUM
Começou o tradicional Circuito Mare Nostrum, o giro europeu que reúne algumas das melhores estrelas da natação mundial. Como sempre, a primeira etapa foi em Mônaco, na piscina Rei Albert. E nossos representantes, Bruno Fratus (Internacional/Auburn) e Felipe Lima (Minas/Auburn) fizeram bonito, com direito a duas medalhas nas provas de 50.
As provas rápidas seguem o estilo Raia Rápida: eliminatórias, oitavas, quartas, semifinais e finais entre atletas, o que acho mais interessante. Nos 50 livre, deu Fratus, com melhor tempo nas semifinais: 21.78, chegando na final só um centésimo mais lento. Isso aumenta ainda mais sua expectativa para o Mundial. A prata ficou para o gigante Ari Pekka Liukkonen (FIN), recorde nacional finlandês com 21.90. Outro que lá vai é Felipe Lima, prata nos 50 peito só perdendo a final para Cameron van der Burgh (AFS). Felipe tinha feito o melhor tempo, 27.05 nas quartas, mas na final, o sul-africano bateu até o RC: 26.99. Lima ainda foi quarto nos 100 peito com 1:00.96, 88 centésimos atrás do vencedor, Yasuhiro Koseki (JAP).
No feminino - e no geral - o grande nome foi Sarah Sjoestroem (SUE), com os melhores resultados da jornada e todos com RC: 56.20 nos 100 borboleta, 52.60 nos 100 livre, 23.95 nos 50 livre e 24.90 nos 50 borboleta. Os demais resultados aqui estão. A próxima perna do Circuito já começa nesta terça, em Barcelona. Aqui e aqui estão o balizamento dos dois dias.

 

NA FESTA DOS PETIZES, DEU SESI E MINIONS
Enquanto isso, no tradicionalíssimo Itaguará, em Guaratinguetá, os Petizes disputaram seu sempre animado CAMPEONATO PAULISTA, e, no desfile de abertura, criatividade é o que não faltou. Destaque para as quadrilhas de festa junina de Americana e Paineiras, os herois da ABDA, os Jedis do Itaguará e até os mini-árbitros do Centro Olímpico, que até entregaram troféu para Daniel Schneider, presidente da Comissão de Arbitragem da FAP (como árbitro, lisonjeado também fiquei). Mas o melhor desfile foi de Gru e seus Minions, com o Pinheiros. A animação dos personagens do filme Meu Malvado Favorito valeu a vitória pinheirense na primeira disputa.
Mas na piscina, a batalha foi bem mais acirrada. SESI, Unisanta, Corinthians e São José disputaram até o fim o TROFÉU OSWALDO LOPES FIORE, mas o Rubro da Vila Leopoldina conseguiu o título inédito com 388 pontos, contra 361 do time santista, 272 do Timão e 248 do time do Vale. A melhor atleta da competição veio de Praia Grande: Anna Beatriz Machado foi a grande surpresa nos 200 e 400 livre Petiz 2, com 2:13.24 e 4:41.30. Aliás, o último era o Recorde mais antigo da competição: 22 anos, e tinha sido feito com 4:41.48, por uma tal de Poliana Okimoto (então no Munhoz, hoje na Unisanta), conhecem? Os resultados completos aqui estão.

FALANDO EM POLIANA...
A grande novidade literária do momento é o livro que Daniel Takata e Hélio de la Peña vão lançar no próximo mês, contando a história da medalhista de bronze nos JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016. Desde seu início até as conquistas nas piscinas e nos mares, o livro, da Editora Contexto, vai detalhar como ela se tornou um nome importante na natação mundial. Os detalhes do lançamento serão divulgados oportunamente.

SEM MISSY NO MUNDIAL E O TIME USA DAS MARATONAS
Parece que a grande fase de Missy Franklin (EUA) acabou mesmo. Ela, nesta segunda, anunciou que achou melhor se recuperar da cirurgia nos dois ombros que fez em Janeiro, em conversa com Dave Durden, seu coach na California Aquatics, e não disputar a seletiva americana, em Indianápolis, de 30 de Junho a 3 de Julho. Com isso, perde-se um pouco de brilho no Mundial de Budapeste.
Ainda falando de USA Swimming, está definido o time americano para as águas abertas. Entre as mulheres, vão Haley Anderson (Granite Bay, Calif./Trojan Swim Club) e Ashley Twichell (Fayetteville, N.Y./North Carolina Aquatic Club), nos 5 e 10 km; Becca Mann (Homer Glenn, Ill./Trojan Swim Club) e Cathryn Salladin (Yorba Linda, Calif./FAST Swim Team), nos 25 km. Entre os homens, Jordan Wilimovsky (Malibu, Calif./Team Santa Monica) e Brendan Casey (Santa Monica, Calif./Unattached) nos 10 km; David Heron (Mission Viejo, Calif./University of Tennessee) e Andrew Gemmell (Wilmington, Del./Nation’s Capital Swim Club) nos 5 km; Simon Lamar (Sonora, Calif./FAST Swim Team) e Chip Peterson (Pine Knoll Shores, N.C./North Carolina Aquatic Club) nos 25 km. Dave Keshelmer é o coach.

NOVIDADES OLÍMPICAS
Finalmente, não poderemos deixar de falar que a natação ganhou três provas para os JOGOS OLÍMPICOS TÓQUIO 2020, cujo programa foi divulgado na última sexta. Chegam para o programa os 800 livre masculino, 1500 livre feminino e o revezamento 4 x 100 medley misto.
Isso faz com que os esportes aquáticos sejam o esporte com o maior número de medalhas a oferecer, com 35 na natação, 2 no nado sincronizado, polo aquático e maratona aquática, e 8 nos saltos ornamentais, contabilizando 49 (23 para os homens e 25 para as mulheres).
Vamos ficar de olho para ver se a natação pode ganhar mais dias, porque, como esporte olímpico clássico, sempre é disputado na primeira semana, com o atletismo na segunda.

(informações da Best Swimming, CBDA, FAP, Yes Swim e Swim Channel - fotos da Reuters e de Liliane Yoshino)

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