quarta-feira, 7 de agosto de 2019

PAN LIMA 2019: Primeiro dia quase perfeito!



Não poderia ser melhor o início dos JOGOS PAN-AMERICANOS de Lima para a natação brasileira. Numa etapa inicial de nível mais ou menos, saímos do Centro Aquático com nada menos que sete medalhas, quais sejam: três de ouro, duas de prata e uma de bronze. O objetivo é claro: manter o Brasil no segundo lugar do quadro de medalhas geral e bater o recorde de vinte e seis pódios. O que está bem encaminhado, pelo que vimos!

Começamos com uma prata e um bronze nos 400 livre masculino. O forte final de Andrew Abruzzo (EUA) foi demais para Fernando Scheffer (Minas) e Luiz Altamir (Pinheiros). O americano faturou com 3:48.41. Mas a dobradinha brasileira consumou-se com os 3:49.60 de Scheffer e os 3:49.91 de Altamir. Na prova feminina, Delfina Pignatiello (ARG) confirmou o ouro, mas não fez um bom tempo: 4:10.86. Isto se deveu à pressão que as canadenses Danica Ludlow e Alyson Ackman fizeram na piscina final. As duas completaram o pódio, respectivamente, com 4:11.97 e 4:12.05. Aline Rodrigues (Minas) foi a quinta com 4:12.79 e Viviane Jungblut (GNU) veio uma posição depois, com 4:15.35.

Na prova seguinte, os 100 peito, foi a vez de João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros) brilhar. Em seu primeiro Pan (ele não foi no de 2015 por causa do doping), ele se recuperou da má largada e superou os americanos Cody Miller e Kevin Cordes e o compatriota Felipe Lima (Pinheiros). O capixaba faturou o ouro com 59.51, enquanto Cody bateu seis centésimos depois. Foram os únicos abaixo do 1 minuto. Cordes foi bronze com 1:00.27, superando, por nove centésimos, a Lima. João, com 33 anos, só foi alegrias pelo feito inédito: "Estava me assombrando o fato de que, quase aposentando, não tinha conseguido um Pan. Saí mal, porque a mão escapou na saída, e perdi centésimos importantes. Mas deu tudo certo e a medalha é nossa", disse, já deixando claro que está na fase final de sua carreira.

Já no feminino, Jhennifer Alves da Conceição (Pinheiros) ficou no quase: após estar entre as três primeiras em 75% da prova, sentiu o fim e foi a quinta com 1:08 exatos. Se tivesse feito o 1:07.64, ou melhor que isso, chegaria perto ou até medalharia. Venceu Annie Lazor (EUA) com 1:06.94, enquanto Julia Sebastian (ARG/Minas), que batera o recorde sul-americano na eliminatória com 1:06.98, foi prata com tempo um pouco pior: 1:07.09.



Nos 200 borboleta, Leonardo de Deus (Unisanta) conseguiu o triunfo do merecimento e da persistência. A princípio não tendo logrado vaga para o Pan por não ter estado entre os índices técnicos no TROFÉU BRASIL MARIA LENK, e chegando até a fazer mandado de segurança pelo direito à vaga, o doping de Gabriel Silva Santos (Pinheiros) o colocou na lista final. E Leo estava certo: conseguiu o tricampeonato da prova com bons 1:55.86. E pensar que sua gloriosa história começou com a quase desclassificação pela touca patrocinada em Guadalajara, onde ele quase perdeu o ouro. "Esse sentimento é para poucos, e estou muito feliz. Agradeço a Deus, aos meus patrocinadores, ao Santa, ao meu treinador e a todos que torceram", comemorou. Só não ganhou a companhia de Altamir no fim porque ele errou na chegada e perdeu, por três centésimos, o bronze para Jonathan Gomez (COL) (1:57.75 a 1:57.78). Entre eles, Samuel Pomajevich (EUA), prata com 1:57.35.

Na prova feminina, a tradição Bardach continua. Georgina ganhara os 400 medley no Pan de Santo Domingo em 2003, um ano antes do bronze nos JOGOS OLÍMPICOS de Atenas. E a irmã, Virgínia, deu mais alegrias à família e aos portenhos ao ter ganho, desta vez, os 200 borbo com 2:10.87. Giovanna Diamante (Pinheiros) foi a única a não ter pego final A, e novamente sentiu o peso de ter voado nas três piscinas finais na de consolação: foi alcançada pelas locais Silvana Cabrera (2:15.20) e Maria Fernanda Muñoz Machuca (2:15.91) e acabou sendo a terceira (11ª geral) com 2:16.22.


Nos revezamentos 4 x 100 livre, duas medalhas, duas missões cumpridas. No feminino, a missão era encaminhar a vaga para TÓQUIO 2020. Etiene Medeiros (SESI), Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), Manuella Lyrio (Pinheiros) e Daynara de Paula (SESI) cumpriram a missão com a prata e o tempo de 3:40.39, primeiro tempo dos quatro revezamentos que não lograram tempo no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS da Coreia a ter direito à vaga para os Jogos, o que será ratificado apenas em Maio do ano que vem. E olha que quase deu para superar os EUA, mas Margo Greer definiu o ouro com 3:39.59. No masculino, não houve dúvidas: Breno Correia (Pinheiros), Marcelo Chierighini (Pinheiros), Bruno Fratus (Minas) e Pedro Spajari (Pinheiros) mantiveram, pelo sexto Pan seguido, o Brasil no topo de tal prova, com direito a Recorde Pan-americano: 3:12.61, pondo no chão os 3:13.66 que os EUA fizeram em Toronto. Os mesmos EUA que, com Nathan Adrian fechando, foram prata com 3:14.94.

Foi um início maravilhoso, mas o show continua nesta quarta. Teremos 200 livre (Manuela, Larissa, Breno e Scheffer), 100 borboleta (Daynara, Giovanna e Vinícius Lanza), 200 costas (Fernanda Goeij, Brandonn Pierry e Leonardo) e 4 x 100 livre misto. Apenas está começando, amigos.

Aqui, os resultados completos.

(informações do Best Swimming, Swim Channel e Globoesporte.com - fotos de Sérgio Moraes/Reuters e Katarine Monteiro/Swim Channel)

Nenhum comentário:

Postar um comentário