quarta-feira, 29 de junho de 2022

MUNDIAL DE BUDAPESTE: um final digno para outra medalha de Ana Marcela


Foi realmente um final disputadíssimo, digno de uma prova de 10 km feminina nas águas abertas. Três mulheres com nada mais a provar tentando fazer história. E Sharon van Rouwendaal (HOL) foi a mais veloz entre elas, conseguindo seu primeiro título mundial. E olha que foi na batida de mão. Ana Marcela Cunha (Unisanta) estava um pouco à frente ao metro final, mas foi a terceira a bater no pórtico de chegada, pouco após Leonie Beck (ALE), que até fez pressão também no fim, mas só foi prata.

Para a holandesa, que foi campeã europeia, olímpica no Rio e teve tantos títulos em etapas de Copa do Mundo, faltava só esse triunfo. E para Ana Marcela, que não ganhou ainda a taça da distância olímpica, sendo, aliás, campeã em Tóquio 2020+1, o bronze foi mais um galardão, na verdade o décimo quarto de sua sensacionalíssima jornada, que a fez ser a maior atleta feminina de todos os tempos - não é exagero.

Após prova controlada e com líderes diferentes nas primeiras voltas, Ana assumiu a ponta no início da última. Ela, aliás, está fazendo uma prova parecida com a que lhe deu o ouro, fazendo uma volta final de arrancada, mas Beck e Sharon mostraram não ter nada a perder. Daí a chegada espetacular.

"Todo mundo sabe que maratona aquática é mais o final. E, com duas campeãs olímpicas, o final seria difícil. A Sharon e a Leonie vieram mordidas pelos 5 km, esperavam nadar melhor. É lógico que nosso objetivo é sempre ganhar tudo, ninguém esconde isso, mas estou muito feliz por ser a única da maratona com duas medalhas: ouro e bronze. Quem sabe vem outra amanhã", disse ela ao SporTV. Amém, porque ela mostrou que o final de sua prova de 25 km é imbatível. 

Quanto à outra brasileira, a hoje aniversariante Viviane Jungblut (GNU), ela começou forte, mas terminou na décima sexta posição, 35 segundos distante das três primeiras. Mas ainda tem muito a mostrar.

Na parte masculina, novamente tocou o Inno di Mameli para celebrar a dobradinha dos italianos Gregorio Paltrinieri e Domenico Acerenza. Completando o pódio, Florian Wellbrock (ALE). Apenas um brasileiro completou: Bruce Hanson Almeida (Paineiras), tendo sido o 25º. Guilherme Cachorrão Costa (Unisanta), que poderia estar num bom top-15, encostou na última volta. Nada que apague o sensacional certame que fizera.

(informações do Best Swimming - foto da AP)

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