quinta-feira, 27 de julho de 2017

MUNDIAL BUDAPESTE 2017: Sem palavras, Etiene!!



Simplesmente não temos mais o que dizer sobre Etiene Pires Medeiros (SESI). Ela, em Doha 2014, fora a primeira brasileira campeã mundial em piscina curta e primeira campeã mundial num evento FINA. Em Kazan 2015, fora prata nos 50 costas e assim se tornou a primeira brasileira medalhista na piscina longa. No Rio 2016, finalista foi dos 50 livre. E agora, no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Budapeste, ela está definitivamente na história. É a PRIMEIRA BRASILEIRA CAMPEÃ MUNDIAL EM PISCINA LONGA nos 50 costas, com direito a novo recorde das Américas: 27.14. E tem mais: em cima justamente da algoz de 2015, Yanhui Fu (CHN), que ficou com 27.15. Ou seja, Etiene faturou por UM RELES CENTÉSIMO! Quer emoção maior? Ainda tivemos recorde europeu, com Alexsandra Herasimenia (BLR) cravando 27.23 para ser bronze.
O resultado coroa uma história de lutas dessa guerreira recifense que completou 26 anos dia 24 de Maio. E que apareceu para o mundo no Nikita/SESI, o mesmo clube que revelara a conterrânea Joanna Maranhão (Unisanta). E em 2008, foi prata no Mundial Júnior do México, nos 50 costas. E de pouquinho em pouquinho, evoluiu. Em 2013, ela chegou perto do pódio, apenas três centésimos, e o resto foi história. Uma história gloriosa, medalhada, e que merece todas as homenagens. 
VALEU, ETIENE, O BRASIL TE ABRAÇA!!


JÁ NAS OUTRAS PROVAS...
Nos 100 livre deles, pela primeira vez desde Anthony Ervin (EUA), em Fukuoka 2001, deu EUA. Caeleb Dressel finalmente conseguiu um resultado condizente com o que se esperava desde os recordes mundiais nas jardas, vencendo a prova de ponta a ponta e terminando com 47.17, recorde norte-americano e sétimo melhor tempo da história na prova. A dobradinha americana foi completa com Nathan Adrian, que fez 47.87, enquanto Mehdy Metella (FRA), que largara na raia 4, foi o terceiro, com 47.89. Nosso representante, Marcelo Chierighini (Pinheiros), foi o quinto, mas melhorou, terminando com 48.11, ao lado de Duncan Scott (GBR). E depois da semifinal feminina, difícil saber quem será a prata. O ouro será, de fato, de Sarah Sjostrom (SUE), que fez 52.44. A outra disputa vai ser entre Simone Manuel (EUA, 52.69, RA), Mallory Comerford (EUA, 52.85), Pernille Blume (DIN, 52.99) e Penny Oleksiak (CAN, 53.05). Na eliminatória, a hoje aniversariante Manuella Lyrio (Pinheiros) ficou apenas com o 22º posto, após fazer 55.22.
Nos 200 medley deles, confirmou-se o que Djan Madruga sempre diz: o peito decide. E foi o de Chase Kalisz (EUA) que decidiu sua vitória e seu título. A parcial de 32.67 foi suficiente para seu título, com tempo total de 1:55.56. Kosuke Hagino (JAP) liderou os 100 primeiros metros, mas se contentou com a prata mesmo com melhor crawl (28.18): 1:56.01. Completou o pódio Shun Wang (CHN), com 1:56.28, repetindo a medalha do RIO 2016. Já nos 200 borboleta delas, Katinka Hosszu (HUN) até começou na frente na primeira piscina, mas o final de Mireia Belmonte (ESP) é impressionante. Dos 100 para os 200, a espanhola foi ferrenha, e faturou com 2:05.26, seguida da alemã Franziska Hentke, que chegou 13 centésimos depois, para estrear em pódio nos Mundiais. À Iron Lady, coube o bronze, com 2:06.02.
Na semifinal dos 200 costas masculino, Xu Jiayu (CHN) mostrou ter a melhor saída da atualidade. Disparou e foi o mais rápido, com 1:54.79, seguido de Ryan Murphy (EUA, 1:54.93), Evgeny Rylov (RUS, 1:54.96) e pelo agora recordista mundial júnior Kliment Kolesnikov (RUS, 1:55.15). É a primeira vez que falo dele nestas linhas, e com certeza não será a última. Leonardo de Deus (Unisanta), que dissera não estar bem pela manhã, novamente foi aquém do esperado e terminou na 11ª posição, com 1:57.89.
Nas semis dos 200 peito, só deu Rússia. No masculino, Anton Chupkov deixou o recordista mundial Ippei Watanabe (JAP) para trás por 30 centésimos: 2:07.14 x 2:07.44. Thiago Simon (Unisanta) ficara nas eliminatórias com 2:14.23, 26º posto. Já no feminino, Yuliya Efimova continua tendo o melhor final de todas: de oitavo nos 100 metros, venceu os 200 fazendo excepcionais 2:21.49, seguida de Bethany Galat (EUA) - outra de quem falo pela primeira vez, com 2:21.86 e de Taylor McKeown (AUS), com 2:22.10.
Por fim, no revezamento 4 x 200 feminino, Katie Ledecky (EUA) voltou a ser Katie Ledecky. Foi dela o melhor parcial (1:54.02) na vitória dos EUA com 7:43.39, tendo a companhia de Leah Smith (1:55.97), Mallory Comerford (1:56.92) e Melanie Margalis (1:56.48). Se ela tivesse repetido esse tempo ontem, continuaria invicta. A China veio logo atrás, com 7:44.96 e a Austrália completou o pódio com 7:48.51.
Amanhã temos mais motivos para vibração, porque Cesar Cielo (Pinheiros) e Bruno Fratus (Internacional/Auburn) estreiam nos 50 livre e Henrique Martins (Minas) volta nos 100 borboleta. Mas ainda temos os 50 borboleta, 200 costas e 800 livre femininos, com expectativa de recordes de Sjostrom e Ledecky, além do revezamento 4 x 200 masculino. E temos certeza de que vem aí mais triunfos para a natação brasileira e mais recordes para as feras mundiais!

(informações do Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam, Swim Channel e Globo.com - foto da transmissão do SporTV e de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário