domingo, 19 de julho de 2015

JOGOS PAN-AMERICANOS: O maior da história!

Agora ninguém pode mais tirar. Thiago Pereira (Minas/Florida) é, oficialmente, o maior medalhista da história dos JOGOS PAN-AMERICANOS. Contra tudo e contra todos, principalmente uma arbitragem mal-preparada, ele finalmente conseguiu as 23 medalhas que o fazem superar o ginasta Erick Lopez (CUB). A prova da consagração foram os 200 medley, quando Thiago dominou sete oitavos da prova e no final só foi superado por um crawl espetacular de Henrique Rodrigues (Pinheiros), que faturou com 1:57.06, terceiro melhor tempo do mundo e novo recorde Panamericano. O 1:57.42 de Zora (como é conhecido no meio da natação) foi o quarto tempo do ano. Isso dá uma grande moral para eles no MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS de Kazan que começa daqui há 11 dias. "Quero agradecer a todos vocês pelo apoio e pelas mensagens, especialmente depois dos 400 medley. Tudo isso nos dá forças para conseguir essas vitórias", disse Thiago, que recebeu uma linda homenagem do evento e da CBDA após o 4 X 100 medley deles, vencido por Guilherme Guido (Pinheiros), Felipe França (Corinthians), Arthur Mendes (Corinthians/Auburn) e Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), com o tempo de 3:32.68 (novo PR), e ao qual Thiago participou pela manhã, lhe credenciando a vigésima terceira medalha.
Nos 200 medley feminino, inconteste vitória de Caitlin Leverenz (EUA), com um novo PR de 2:10.51. Já Joanna Maranhão (Pinheiros) terminou sua excepcional jornada com um bom quarto lugar, tendo 2:12.39, quase um recorde Sulamericano, e seu 30.59 foi o melhor tempo da final. A aniversariante de hoje Gabrielle Roncatto (Pinheiros), a Iron Baby, teve seu melhor tempo ever, 2:17.02, lhe dando um bom sétimo lugar. 
Nos 800 livre delas, deu zebra: Sierra Schmidt (EUA), com sua dancinha, conseguiu destronar Kristel Kobrich (CHI), campeã de Guadalajara, com novo recorde Pan-Americano: 8:27.54, contra 8:29.79. Carolina Bilich (Minas) teve o sétimo melhor tempo da série com 8:47.94, mas a melhor brasileira foi Bruna Primati (SESI), com 8:40.75 nadados pela manhã, sétimo lugar geral.
No 4 X 100 medley delas, não houve ameaças aos EUA, com Natalie Coughlin (EUA) dando show e batendo PR nos 100 costas com 59.05, e colaborando com 3:56.53. As locais vieram logo atrás (3:58:51) e o Brasil de Etiene Medeiros (SESI, 1:00.65), Jhennifer Alves (Flamengo, 1:08.50), Daynara de Paula (SESI, 58.41) e Larissa Martins Oliveira (Pinheiros, 54.96) foram bronze com um tempo regular, mas o melhor sem trajes, de 4:02.52.
Nos 1500 livre, brilhou a estrela de Brandonn Pierry Almeida (Corinthians). Já era fato a vitória de Ryan Cochrane (CAN), com novo PR de 15:06.40, mas, depois de uma primeira metade de estudo, o Tsunami mostrou o porquê do apelido: veio engolindo os adversários e só não conseguiu superar Andrew Gemmell (EUA), prata com 15:09.92, porque não deu tempo. Enfim, o bronze com 15:11.70 foi a coroação de um novo talento da natação.
O Brasil sai mais medalhado do que nunca: 26 medalhas, sendo 10 medalhas de ouro, 6 de prata e 10 de bronze, 26 no total. A melhor atuação brasileira no Pan. Contra tudo e contra todos. O que nos credencia a uma grande atuação em Kazan. Esperemos que o clima de festa siga além da Olimpíada do ano que vem, porque só cego não vê que nossa natação está evoluindo. Só precisa de um incentivo a mais!

(Informações da Best Swimming, do Yes Swim e foto de Satiro Sodré)

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